Tinha chegado metade dum borrego a minha casa como disse aqui! Os meus filhos não gostam nem nunca gostaram. Quando o meu filho esteve a viver fora do Pais, em conversas comigo no Skype dizia-me que tinha comido, mas que não sabia a borrego, nem a cabrito. Ok os bichinhos andavam disfarçados com as especiarias. Quando o meu filho já estava em Portugal, resolvi fazer cabrito Marroquino louco, as especiarias reinavam na receita e diversidade de ingredientes. Adorou, e a mãe (eu) fiquei contente. Depois voltei a fazer já sem especiarias, o nosso tradicional, já não gostou de novo. Haja paciência, o que eu tenho carradas dela com os filhos. :) No Natal o filho passou todo cá em casa expecto o jantar de 25, foi jantar a casa de amigos, ao qual depois me disse que provou o borrego, que tinham lá por casa e que não sabia ao dito. Como o pessoal era do Norte, e sei que utilizam muito os cominhos uma especiaria excelente com um sabor muito característico, mas que absorve todos os outros sabores. Resolvi mais uma vez fazer o borrego. Tinha ainda uma mão do bichito congelada, o filho vinha jantar. Vamos ver como fiz.
Modo de fazer:
No meu almaforiz coloquei, 1 c. de sobremesa de pimenta rosa em grão, 1 c. de sopa de sementes de cominhos, sal marinho (ao gosto de cada), com as especiarias eu corto no sal. 4 dentes de alho descascados e picados e 2 c. de sopa de azeite, moí tudo muito bem até fazer uma pasta que besuntei os bocados de uma mão de borrego. Coloquei dentro de um saco de plástico, fechei e coloquei no frigorífico a descansar :) de um dia para o outro. No outro dia coloquei o borrego num tabuleiro de barro, e borrifei com um pouco de vinho branco. Levei o tabuleiro ao forno a 180ºC. Fui regando a carne com o molho que se formou. Como o borrego era caseiro foi um instante que assou. Servi acompanhado com batatas doces assadas com casca e depois descascadas, e uma salada verde.
P.S. O meu provador oficial (filho) disse: brutal!
"Eu prefiro as pessoas que conseguem ver o lado claro das coisas mesmo que todo dia anoiteça. Gente que se abala com os fatos sim, mas que não quer derrubar a estrutura do outro só pra vê-lo no mesmo nível em que estão. Com o tempo a gente aprende que todos têm o ônus e o bônus, mas poucos conseguem carregar dores e doçuras sem despejar em ninguém suas amarguras. Eu ainda acredito mais em sonhadores incuráveis do que em caçadores de mágoas..."
(Bárbara Coré)