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segunda-feira, outubro 17, 2016

FOFOS QUADRADOS :) [DE BELAS] 2º






Chegaram cá a casa 13 ovos caseiros [adoro o nº, é dia de Nossa Senhora de Fátima] e nunca aquele dia ( ) que certas pessoas dizem e que eu não gosto de dizer a palavra, nem escrever, aliás que me lembre nunca disse (só se foi em criança). 13 porquê? Foi os ovos que a galinha resolveu pôr. :) Ovos caseiros não me passam pelo estreito nem pelo largo. Quando olhei para os ovinhos (eram pequenos, mas mesmo pequenos) apaixonei-me por eles, e pensei, tenho que fazer um bolo, para ver se são amarelinhos. :) Sou mesmo uma menina da cidade. Resolvi fazer esta receita que já tinha feito aqui! Só que cortei em quadrados mais ou menos e não polvilhei com açúcar branco refinado, fiquei-me só pelo açúcar em pó..

                                          (os ovinhos que chegaram cá a casa)

Estes ovinhos trouxeram-me à lembrança uma, aliás duas histórias (estórias) uma de criança e outra já com a minha filha. A primeira história foi com galinhas. Na casa dos meus saudosos pais tinha um terraço enorme, O tamanho "quase" de um ringue de patinagem. Adorava andar de patins quando criança e já jovem (12/13 anos). A minha mãe costumava-me levar a mim e à minha irmã ao jardim de Queluz, que tinha um ringue de patinagem e eu adorava. Mas voltando ao terraço A minha saudosa mãe achou por bem ter um galinheiro, mandou fazer um que não me lembro quem fez (eu devia ter uns 5 anos, a minha irmã 4 e irmão 6, temos diferencia uns dos outros de ano e meio) para ter ovos caseiros e galinhas. Foi tudo muito giro principalmente com os pintainhos, nós os três não os deixávamos descansar a brincar com eles mal abríamos os olhos, era correria daqui e dali, apertão daqui e dali, mas eles lá cresceram e deixamos de achar graça, já as galinhas não saiam do galinheiro que era ao fundo do terraço e grande, precisávamos de espaço para brincar sem andar a pisar caca de galinha. O tempo foi passando e estava na altura de os frangos/galinhas seja o que for de irem para o tacho. Não falo pelos meus irmãos, mas falo por mim. Não sabia que os pintainhos e depois galinhas era para comermos. Há um belo dia, que chega lá a casa uma vizinha a A. que morava em frente de nós, era Alentejana e tinha também 3 filhos, achei estranho, pois não era hábito vizinhas irem lá a casa ou nós a casa de vizinhas, nunca foi do agrado do meu saudoso pai, mas seguindo. Só me lembro de ela ir para a cozinha e pedir à minha mãe um alguidar, tigela e vinagre e a minha mãe dizer que não podia-mos entrar na cozinha. Lá ouve a tal matança na cozinha, que nós crianças não vimos, mas eu sempre muito curiosa lembro-me de perguntar à minha mãe mal a A. saiu o que se tinha passado, e o porquê do sangue, e porquê faltava uma galinha do galinheiro, não me recordo o que a minha mãe disse, só sei que nunca mais quis comer frango (quando a A. ia lá a casa e desaparecia do galinheiro algum). Só comia a sopa e o acompanhamento do dito. A minha mãe dizia come Belinha, a Belinha não comia. Não me recordo se os meus irmãos comiam, só sei que quando acabou as galinhas (não eram muitas) a minha mãe desfez o galinheiro e nunca mais ouve pintos nem galinhas. :) Quando me casei (17 anos) o meu marido era de Coimbra e íamos muito lá, os padrinhos e tios dele tinham um talho no Mercado de Coimbra, e tinham criação lá na Quinta deles para consumo próprio. Não comiam o que vendiam no talho (criação), e por simpatia delicadeza, eu sei lá tinham a mania de matar galinha, pato, coelho, para trazer-mos para Lisboa e recordo-me da tia dizer: A Isabel nem calcula o sabor destas carnes, lá por Lisboa não há disto (ok, devia pensar que em Lisboa eram tansinhos) :) eu envergonhada nunca disse nada, mas mal chegava a Lisboa, passava por casa do meus pais e deixava lá os bichitos. :)) Nunca os comi. Quando comia em casa deles (tios do marido) se era criação, eu nunca tinha fome, comia a sopa e sobremesa e dizia que estava sem fome. Posso dizer que só há muitos poucos anos é que consigo comer, um dos petiscos que adoro é cabidela, e só consigo comer com confiança, não consigo comer e comprar os frangos com o sangue nos talhos e nem em restaurantes. Sei lá de onde vem o sangue. Daí eu sempre dizer: sou menina da Cidade, pois desde os 17 anos que ouvi: é a menina de Lisboa. :)


A segunda história (estória) foi passada com a minha filha. Tinha ela 4 anos  pediu 2 patinhos (ela gostava de pares), tanto pediu que num dia de Mercado da Falagueira lá vou com ela comprar dois patinhos escolhidos por ela. Cheguei a casa da minha mãe com os ditos numa caixa de papelão. Diz logo a minha saudosa mãe: Ai Bela, nem sabes onde te meteste, o chiqueiro que eles fazem, e tu sem varanda (a minha casa da Amadora era enorme 5 assoalhadas e 2 casas de banho, mas só tinha janelas, varandas népia) :) respondo logo: ó mãe a Vivi queria tanto, e lá fomos para casa as duas mãe (eu) e filha. Chegamos a casa e disse logo à filha, os patinhos vão ficar na casa de banho, coloquei comida, água e um alguidar grande com água para eles serem asseados e tomarem o seu banho diário, já que estavam na casa de banho. :))) Bem, não precisei de muitos dias para dar razão à minha saudosa mãe, o chiqueiro e cheiro, era mais que muito, a uma certa altura já tinha patos pela casa, e eu a limpar a caca dos ditos. Lá falei com muito jeitinho e carinho com a filha e disse-lhe que os patinhos seriam mais felizes no terraço dos avós. Consegui convencer e lá foram os patos (sim de patinhos já não tinham nada ao fim de 15 dias) para casa dos meus pais. A minha mãe não achava muita graça, mas o que ela não fazia pela neta (na altura única) e mais tarde 4: fazia tudo. Mas os patos cresceram, e mais tarde, um dia dos que eu não fui lá a casa, lá vai a A. fazer a matança dos ditos. Quando chegamos no outro dia a filha corre logo para o terraço e não vê os patos, lá arranjamos uma história (mentira branca) que os patos tinham saltado os muros e fugido, para o pé dos outros patinhos que ela tinha visto no Mercado. Não, não comi os patos, não era capaz, por isso continuei a ser menina da Cidade. :)) 


                                (foto da filha com 4 anos e os ditos patos, hoje tem 37)

 Agora vamos ao que vos interessa: receita. :))


Ingredientes massa:
-250 g de açúcar
-200 g de farinha de batata
-3 c. de chá cheias de farinha de trigo Branca de Neve [uma Marca de Excelência, distinguida com o selo Superbrands]
-2 c. de chá de fermento em pó
-5 ovos (usei 12, eram caseiros e minorcas) :)

Bati as gemas com o açúcar até ficar uma mistura esbranquiçada desta vez não consegui que ficasse esbranquiçada, sempre amarelinha. :) Juntei as farinhas peneiradas com o fermento e por fim as claras batidas em castelo firme, mexendo levemente só mesmo para envolver. Deitei a massa num tabuleiro untado e forrado com papel-vegetal e levei ao forno pré-aquecido a 180ºC, até cozer o que foi rápido (teste do palito). Retirei o tabuleiro do forno e deixei arrefecer. Depois de frio desenformei e com a ajuda de uma faca cortei os quadrados mais ou menos. Abri ao meio e recheei com o creme de pasteleiro. Uni e polvilhei com açúcar em pó. Deu 16 fofos.



Creme pasteleiro da receita do livro Pantagruel:
-130 g de farinha Branca de Neve
-150 g de açúcar
-1/2 L de leite
-4 ovos
-1 pitada de sal
-baunilha
Desfiz a farinha Branca de Neve [uma Marca de Excelência, distinguida com o selo Superbrands] num pouco de leite frio, levei o tacho ao lume em banho-maria, batendo sempre com a vara de arames, juntei os ovos um a um batendo sempre entre cada adição. Depois uma pitada de sal outra de baunilha (usei liquida) e o resto do leite com o açúcar. Bati até começar a ficar espumoso.

Notas: o creme de pasteleiro fiz antes e reservei, pena tenho é de ter sido feito já com ovos de supermercado.. :(
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sexta-feira, setembro 26, 2014

FOFOS [DE BELAS]


Fofos de Belas desde que me conheço por gente lembro-me de comer sempre tal iguaria. O meu saudoso pai, não havia semana que não fosse a Belas buscar os tão afamados fofos de Belas. Mais tarde quando íamos a casa do C.M. em Belas lá se comia os fofos, era, é, uma delicia, apesar de talvez há uns 10 anos não comer tal iguaria, não vou para aqueles lados, quando morava na Amadora até era capaz de ir comprar, agora desde que me mudei para a Charneca de Caparica tornei-me preguiçosa. :) Mas isto tudo para quê? Estava a ler (sim, eu leio os meus livros de cozinha) o meu livro de Pantagruel quando os meus olhos batem na receita dos fofos com creme. Ao ler a receita lembrei-me logo das minhas memórias de infância. Li a receita e faltava-me as ditas formas dos fofos, agarrar no carro para ir comprar, não me apetecia. Lembrei-me de colocar a massa num tabuleiro untado e forrado com papel vegetal e depois cortar com o corta redondo. Ah, pois já a minha avó dizia:" mulher enrascada é pior que uma barata de pernas para o ar" :) "enrascada" ? Nunca fui dessas mulheres. :) Então vamos lá à receita.

Ingredientes massa:
-250 g de açúcar
-200 g de farinha de batata
-3 c. de chá cheias de farinha de trigo
-2 c. de chá de fermento em pó
-5 ovos
Bati as gemas com o açúcar até ficar uma mistura esbranquiçada. Juntei as farinhas peneiradas com o fermento e por fim as claras batidas em castelo firme, mexendo levemente só mesmo para envolver. Deitei a massa num tabuleiro untado e forrado com papel-vegetal e levei ao forno pré-aquecido a 180ºC, até cozer o que foi rápido (teste do palito). Retirei o tabuleiro do forno e polvilhei com açúcar. Depois de frio desenformei e com o corta redondo cortei rodelas. Abri ao meio e recheei com o creme de pasteleiro. Uni e polvilhei com açúcar em pó. Deu 10 fofos se fosse em formas dava uns 14 pois desperdiça-se bolo que sobra dos cantos e afins (cá em casa não se desperdiçou pois a filha juntou a cada bocadinho de bolo um pouco de creme e ups) ;)


Creme pasteleiro da receita do livro Pantagruel:
-130 g de farinha
-150 g de açúcar
-1/2 L de leite
-4 ovos
-1 pitada de sal
-baunilha
Desfiz a farinha num pouco de leite frio, levei o tacho ao lume em banho-maria, batendo sempre com a vara de arames, juntei os ovos um a um batendo sempre entre cada adição. Depois uma pitada de sal outra de baunilha (usei liquida) e o resto do leite com o açúcar. Bati até começar a ficar espumoso.

Notas: o creme de pasteleiro fiz antes e reservei.

P.S. O meu provador oficial (filho) gostou. :) O sabor estava lá. 

                        (Aros para empratar a medida do meio serviu como cortador dos fofos)

"Todos nós temos nossas máquinas do tempo. Algumas nos levam pra trás, são chamadas de memórias. Outras nos levam para frente, são chamadas sonhos."

(Jeremy Irons)