Dobrada (tripas) adoro, a filha idem, o filho nem tocar, quanto mais comer...Quando faço dobrada (tripas), lembro-me sempre que em criança, como não sabia o nome da mesma, pedia à minha saudosa mãe:- Mãe, quero a carne dos piquinhos. :) ah pois, a Isabel não era parva, não sabia o nome, mas sabia dizer bem o que queria. Bem neste dia resolvi fazer, apesar de já ter no blogue, mas sai de novo. O que é bom nunca é demais (re)lembrar.
Lavei muito bem a dobrada (tripas) com vinagre de vinho branco. (Estilo, "quase" como se lava a roupa à mão.) Depois deixei uma meia hora demolhada em água e vinagre. Ao fim desse tempo passei a dobrada (tripas) por várias águas limpas e levei a cozer na panela de pressão com água e sal. Quando cozida, reservei um pouco da água da cozedura e cortei a dobrada (tripas) em bocados. Num tacho coloquei uma cebola picada, ½ chouriço de carne cortado às rodelas, 1 folha de louro e reguei com azeite. Levei ao lume até a cebola murchar, ficar translúcida. Nessa altura juntei uma colher de sopa de massa de pimentão, e envolvi muito bem. Juntei a dobrada (tripas) e juntei um pouco da água da cozedura da mesma. Deixei cozinhar um pouco em lume brando, só para os sabores se misturarem. Juntei o grão cozido, temperei com pimenta cayenne moída e deixei harmonizar sabores sempre em lume brando. Assim ouvi a filha a dizer: Mãe, está delicioso...
Nota: Não temperei com sal, pois o sal da massa de pimentão, e o sal da água de cozer a dobrada é mais que suficiente para mim. Mas, já sabem cada qual sabe o seu gosto,ok?
______Algumas pessoas se destacam para nós.(…) Não importa quando as encontramos no nosso caminho. Parece que estão na nossa vida desde sempre e que mesmo depois dela permanecerão connosco. É tão rico compartilhar a jornada com elas que nos surpreende lembrar de que houve um tempo em que ainda não sabíamos que existiam. É até possível que tenhamos sentido saudade mesmo antes de conhecê-las. O que sentimos vibra além dos papéis, das afinidades, da roupa de gente que usam. Transcende a forma. Remete à essência. Toca o que a gente não vê. O que não passa. O que é.____
Ana Jácomo