Esta semana foi um pouco complicada, para mim. Quando tinha 9/10 anos fui operada às amígdalas. Fui com a minha mãe ao Hospital Ordem Terceira, ia toda contente, pois sabia que depois do dói, dói, ia só poder comer gelados, uma das minhas iguarias preferidas desde de sempre. A operação foi depois do almoço, sei que cheguei com a minha mãe com um pouco de medo, apesar de me armar em forte, para não preocupar a minha mãe. Mas, sempre fui assim, gostava de poupar a minha mãe. Chegou a minha vez da intervenção, chamaram a Isabel Maria, lá fui eu, deitaram-me numa marquesa, o médico falou comigo eu conhecia-o do consultório, das consultas prévias que tinha feito, entretanto sempre a falar comigo, colocou-me uma máscara na cara, que a Isabel só se lembra de começar a ouvir tudo muito longe até que apaguei de vez. Quando acordei, estava numa sala de recuperação, onde a minha mãe estava ao pé de mim. Só sei que o que disse logo à minha mãe:-Mãe, o Doutor, cheirava a vinho. Foi, o último cheiro que me lembro (esquecendo o eter). Passado o tempo que acho que foi uma hora fui para casa de taxi com a minha mãe. Sabia que não podia falar, gritar, etc. Quando precisa-se de algo, tinha uma colher, para bater num objecto na mesinha de cabeceira, que a minha mãe colocou para esse fim. Ok, a Isabel estava deitada, quando a minha mãe diz:-Belinha, a mãe vai à rua vem já, não sais daí nem atendas o telefone, deixa-o tocar, está bem? Eu com a cabeça fiz o sinal que sim. Só que mal a minha mãe saiu, o telefone começa a tocar e não parava (naquele tempo os telefones, só desligavam, quando se atendia, ou a pessoa que estava a fazer a chamada desligava, não é como agora, ao fim de X tempo desliga). Bem, aquele som irritante, não se calava, e eu farta, fui atender, claro, que fiz burrada, era um fornecedor do meu pai, de Oliveira de Azemeis, quando começo a falar baixinho, o sr. não percebia e a Isabel toca de falar alto e em bom som. Recebi o recado, e quando a minha mãe chega lá levei um ralhete, mas, o mal já estava feito. Passado, três dias tinha consulta, nesse dia tive muitas hemorragias...O médico viu-me e disse que era normal e que estava tudo bem. Ok, ele é que era o médico, por isso acreditei.
Mas, pela minha vida fora, a amígdala que sangrou nunca ficou bem, pois até hoje com 54 anos ela (eu sei que o médico tirou as amígdalas) mas, o que é certo, é que sempre inchou e doeu. No Domingo passado, começou-me a doer a garganta (do tal lado), mas, não liguei, segunda continuou, mas, como era normal com o tempo passava sem ter que tomar nada. Os filhos vinham dar beijinhos e eu a dizer: Não, dói-me a garganta. Na terça continuava, era dez horas, estava eu sentada a escrever no blog, quando deixo cair uma caneta, baixo-me para apanhar e ao engolir a saliva, doeu-me, naquela altura levei a mão ao sítio certo onde doía, quando dou com um grande nódulo. Nessa altura, fiquei sem chão, caiu-me tudo em cima, pensei em tudo (nada de bom) Comecei, a pensar o que fazer, fui pra cozinha e resolvi ir adiantando o jantar (peixe espiritual), fiz o jantar, quando o terminei eram umas 11,30 h, já tinha decidido o que fazer: ir ao médico. Se não, quando os filhos chegassem à noite bem tinha que ouvi-los, se fossemos nós fosse a que horas fosse ias logo a correr, e tinham toda a razão! Resolvi ir ao meu médico de família Dr. C.N.A. um médico que confio muito. Quando sou atendida (não tenho problema com o meu médico, atende-me sempre, ou aos filhos). Falamos sobre o que se passava, apalpa, e apalpa, e depois continuamos a conversar, e ele a prescrever a medicação (.....) e os exames, tinha que ir fazer uma ECO de urgência, além das análises, e disse:-Isabel mal tenha as análises, venha logo ter comigo, e bate à porta, que eu atendo-a logo. Pois a ECO vai demorar mais um pouco. Só que a Isabel, como sempre, é uma chatinha, e liguei logo para clínica para marcar, quando me dizem que só dalí a oito dias é que havia vaga. Mas, com os cortes da
Ligo logo para o filho, a contar, e para a filha, e também para a minha amiga Manuela. Isto tudo para quê? Nós somos tudo, e não somos nada de um momento para o outro. Foi uma semana, assim para o esquisito, pois foi uma montanha-russa de sensações, que não desejo a ninguém, nem mesmo a quem não gosta de mim. Só hoje com o resultado dos restantes exames tranquilizei. Agora é continuar, e saber que (ELE) está sempre ao meu lado. Nunca questionei o porquê comigo (quando algo corre menos bem), pois eu penso que são provas, que (ELE) coloca, para que eu as ultrapasse, ou não! Mas, uma coisa tenho eu a certeza, todas elas (provas) me tornam uma mulher mais forte, e ser a Mulher que sou hoje! Obrigada meu Deus🙏🙏