quinta-feira, janeiro 16, 2014

BOLACHAS DE MANTEIGA COM PEPITAS DE CHOCOLATE DE LEITE [I LOVE YOU]


O filho há 15 dias, a meio da semana quando andava nas mudanças pediu-me:-Mãe, fazes umas bolachas para eu levar na segunda-feira para o atelier? Claro que faço! Mas perguntei-lhe quando e como é que levava, pois estando já a viver na casa dele e não é ao pé de mim. Respondeu:-No Domingo quando vier deixar o meu carro na garagem e levar a moto levo dentro da mochila. Ok, a mãe Isabel (euzinha) fiz uma fornada de bolachas (52), mas quando o filho chegou começou a colocar coisas na mochila que lhe fazia falta e catrapúm as bolachas não cabiam, ou se coubessem chegariam todas em fanicos. Pronto, estas ficaram cá por casa ao que a filha lhes chamou um figo :). Tenho de voltar a fazer, mas vai ser um pouco complicado chegarem ao atelier :). A mãe faz com todo o gosto e prazer. Pois tenho que dar uso ao carimbo que o filho trouxe da Suíça. Já fiz estas bolachas.

Ingredientes:
-350 g de manteiga sem sal amolecida
-300 g de açúcar branco
-1 pitada de sal
-2 ovos grandes
-1 colher de chá de fermento
-1 mão-cheia de pepitas de chocolate de leite
-1 colher de chá de baunilha líquida
-400 g de farinha de trigo (usei Branca de Neve), mais um pouco para polvilhar a banca da cozinha enquanto se estica a massa.

Bati a manteiga numa tigela grande até ficar fofa. Juntei o açúcar, fermento e o sal, sem deixar de bater. Bati os ovos e a baunilha líquida noutra tigela, depois incorporei no creme de manteiga. Peneirei a farinha e juntei na mistura do creme. Envolvi até obter uma massa macia. Polvilhei com as pepitas e envolvi bem. Embrulhei a massa em película aderente e levei ao frigorífico durante uma hora. Aqueci o forno a 180ºC, estendi a massa na superfície enfarinhada e com um cortador de bolachas redondo cortei as bolachas. Depois foi carimbar :) Coloquei as bolachas nos tabuleiros forrados com papel vegetal, levei ao forno, levou 12 minutos, depois retirei as bolachas e coloquei-as num tabuleiro de rede.

A vida tem uma sabedoria que nem sempre alcanço, mas que eu tenho aprendido a respeitar, cada vez mais com fé e liberdade. O tempo, de vento em vento, desmanchou o penteado arrumadinho de várias certezas que eu tinha, e algumas vezes descabelou completamente a minha alma. Mesmo que isso tenha me assustado muito aqui e ali, no somatório de tudo, foi graça, alívio e abertura. A gente não precisa de certezas estáticas. A gente precisa é aprender a manha de saber se reinventar. De se tornar manhã novíssima depois de cada longa noite escura. De duvidar até acreditar com o coração isento das crenças alheias. A gente precisa é saber criar espaço, não importa o tamanho dos apertos. A gente precisa é de um olhar fresco, que não envelhece, apesar de tudo o que já viu. É de um amor que não enruga, apesar das memórias todas na pele do coração. A gente precisa é deixar de ser sobrevivente para, finalmente, viver.(...)

(Ana Jácomo)