segunda-feira, maio 04, 2015

CARNE GUISADA COM ARROZ E ESPIGOS



Como disse aqui, chegou a minha casa uns legumes da quinta do L. Enquanto tive couves e espigos foi fazer "quase" todos os dias para acompanhamentos, sopas ou misturados em arroz que eu simplesmente adoro! Neste dia pensei fazer carne guisada com massa. Abri o frigorífico e vi um saco com resto de espigos, dei logo a volta. :) De massa passou a arroz. Parece a história que a minha saudosa mãe contava, e que eu adorava ouvir.

Era uma vez um macaco que queria ir para a escola, mas muitos meninos faziam troça dele porque tinha um rabo comprido. Então ele resolveu ir ao barbeiro e pedir para lhe cortarem o rabo. O barbeiro perguntou se tinha a certeza, e como o macaco respondeu que sim, o barbeiro, trás! Cortou-lhe o rabo com uma navalha.

No outro dia, quando o macaco chegou à escola, os meninos riram-se por ele ter o rabo cortado, e chamaram-lhe “o macaco do rabo cortado”. Então, resolveu ir ao barbeiro buscar o seu rabo, mas o barbeiro disse-lhe que já não tinha o rabo, que tinha ido para o lixo. Então o macaco ficou furioso, pegou na navalha do barbeiro e fugiu com ela.

Na rua encontrou uma varina que o viu com a navalha na mão e lhe disse: “ó macaquinho, para que queres tu essa navalha? Não te serve para nada! A mim é que fazia falta para eu amanhar o meu peixe”. O macaco deu-lhe razão e entregou-lhe a navalha. Mas mais tarde, começou a sentir fome e
para descascar uma maçã, precisou da navalha. Foi ter com a varina e pediu a navalha, mas a navalha estava partida. Então ficou furioso e levou a canastra das sardinhas da varina.

Quando ia na rua com a canastra de sardinhas, encontrou o padeiro, que lhe disse: “olha coitado, vais tão carregado com as sardinhas, se quiseres eu guardo essa canastra na minha casa.” E assim foi. Agora o macaco sentia-se mais à vontade e podia ir de um lado para o outro, sem ter de transportar as sardinhas. Mas um tempo depois, começou a ter fome. O peixe dava-lhe jeito para comer e por isso resolveu ir buscá-lo a casa do padeiro. Mas o padeiro, com a família, tinha comido as sardinhas. Então furioso, tirou um saco de farinha ao padeiro.

Quando ia pelo caminho com o saco de farinha, encontrou a senhora professora que lhe pediu a farinha para fazer uns bolinhos. Como o macaco não sabia fazer bolinhos com a farinha, deu a farinha à senhora professora. Mais tarde, quando voltou a ter fome, resolveu ir ter com a senhora professora e pedir-lhe alguns bolinhos. Mas os bolinhos já tinham sido todos comidos. Ninguém tinha guardado uns bolinhos para oferecer ao macaco. Então ficou furioso e roubou uma menina da senhora professora.

Só que, para espanto do macaco, a menina começou a chorar. Teve pena da menina e foi levá-la à mãe. Para que é que quereria uma menina? Mas mais tarde, quando chegou a casa e viu tudo desarrumado, pensou que a menina poderia trabalhar para ele e ajudá-lo a limpar e a arrumar a casa e por isso resolveu ir buscá-la. Quando foi buscar a menina, a mãe não lha deu, claro, e então, furioso, levou–lhe a camisa do marido que estava pendurada na corda da roupa.

No caminho, encontrou o músico com uma viola que lhe pediu a camisa. Como a camisa do músico já estava muito velhinha o macaco deu-lhe a camisa. Mas o músico quando foi para casa vestir a camisa, ela rompeu-se, e teve de a deitar fora. Quando chegou a noite e o macaco sentiu frio, quis a camisa de volta, mas o músico já não a tinha porque a camisa tinha–se rompido. Então, tirou a viola ao músico e fugiu.

O macaco subiu então para cima do telhado e cantou:

"Do rabo fiz navalha,
da navalha fiz sardinha,
da sardinha fiz farinha,
da farinha fiz menina,
da menina fiz camisa,
da camisa fiz viola,
e eu vou para Angola".


(história retirada da net)

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Receita!

Cortei um bocado de carne de porco (pá) em bocados. Reservei. Num tacho coloquei uma cebola picada, uma folha de louro e azeite. Levei ao lume até murchar a cebola. Juntei 1 c. de sopa de polpa de tomate, envolvi e juntei a carne. Em lume brando deixei refogar a carne juntado golinhos de água, sempre que precisava (nunca deixar a carne a nadar). Quando a carne estava a começar a ficar mais macia, juntei 200 ml de vinho tinto. Na altura que começou a ferver, juntei água suficiente para cozer o arroz e juntei os espigos previamente lavados, temperei com sal marinho e pimenta preta moída na altura. Deixei levantar fervura e juntei o arroz envolvi muito bem e deixei cozinhar até o arroz estar "quase" nessa altura apago o lume e tapo o tacho. O arroz acaba de cozer.

"O mundo pertence a quem se atreve, e a vida é muito para ser insignificante."
 
(Charles Chaplin)