Empadão, adoro! Aliás desde que me conheço por gente que assim é. Então se for com "restos" da carne do cozido, ainda melhor. Quando era criança, no dia que a minha mãe fazia cozido, eu ficava logo a pensar no dia a seguir, pois sabia que uma das refeições seria empadão ou pasteis de massa tenra, o que a minha saudosa mãe fazia na perfeição. Como fiz cozido à Portuguesa no dia que o filho veio jantar, mesmo fingido, ou pouca a quantidade que façamos é uma comida que sobra sempre muito, pelo menos na minha casa, o que neste dia não foi exceção. A filha sempre adorou empadão, há um tempo para cá, deixou de lhe agradar (haja paciência). Mas a mim apetecia-me, e não fui de modas, alterei o sabor do puré (o que ela agora diz não gostar, simples pois quando é com azeitonas já gosta), bolas, mãe tem paciência até mais não. Vamos ver como fiz este, que até comeu sem eu ouvir: não quero muito.
Desfiei a carne e retirei todas as gorduras (o que eram inexistentes), mas tirei os nervos, cortei o chouriço de carne em bocados pequenos. Reservei. Num tacho coloquei uma cebola picada, 1 folha de louro e azeite. Levei o tacho ao lume a cozinhar a cebola até a mesma murchar (nunca deixo alourar) nessa altura juntei 100 ml de polpa de tomate e envolvi muito bem. Adicionei a carne e chouriço e em lume brando mexi só mesmo para envolver. Reguei com 50 ml de vinho branco, em lume brando deixei harmonizar sabores, no final retifiquei o sal (em causa a carne e chouriço já terem sal) e temperei com pimenta preta moída na hora e juntei um molho de coentros picados, envolvi já com o lume apagado. Fiz um puré normal, quando terminei o puré juntei coentros picados e envolvi.
Montagem: Num tabuleiro de barro cobri o fundo com puré, depois foi cobrir com a mistura da carne (mas não escorro totalmente o molho (grosso) gosto do empadão húmido) e voltei a cobrir com o resto do puré de batata. Bati uma gema e pincelei a superfície, com um garfo fiz uns enfeites. Levei ao forno até alourar o ovo. Servi com uma salada verde.
"Imagine uma nova história para sua vida e acredite nela."
(Paulo Coelho)