Ofereceram-me umas couves Portuguesas (filhas) pois eram pequenas só mesmo as folhas de dentro. Pensei logo seguir para o laboratório (cozinha) para fazer um arroz de pato. Vamos lá à receita.
Limpar um pato e cozer em água e sal marinho. Quando cozido, retirar ossos, cartilagens e peles, e desfiar o bichinho. Reservar. A água da sua cozedura também se reserva. Num tacho coloquei as folhas de couve lavadas e cobri com água de cozer o pato e juntei um copo de vinho tinto, juntei umas pedrinhas de sal marinho. Depois de cozidas reservei as couves e a sua água da cozedura. Entretanto medi a água de cozer as couves (com o vinho) e juntei mais água de cozer o pato, 3 de água para 1 de arroz. Levei um tacho ao lume com uma cebola picada, 3 dentes de alho picados, 1 folha de louro e regado com azeite. Quando a cebola está translúcida, juntei o pato desfiado reservado as couves e a água reservada das cozeduras, quando levantou fervura juntei o arroz (carolino). Retifiquei, o sal e temperei com um pouco de pimenta Cayene. Quando o arroz está al dente desliguei o lume e tapei o tacho. O tempo para harmonizar sabores e acabar de cozer o arroz sem ficar espapaçado.
Notas: eu no meu arroz de pato utilizo sempre o arroz Basmatti, mas neste estilo de arroz que gosto que fique cremoso, só utilizo o arroz Carolino, pois é o que gosto! Agora sobre a opinião do meu pessoal. A minha filha, que é uma doida por arroz de pato disse:-Mãe, está bom, mas, gosto muito mais do teu arroz de pato. O meu filho e meu provador oficial disse:-Mãe, gosto, mas de pato prefiro o teu arroz, pois do mesmo, gosto do sabor do chouriço e a textura do arroz (solto). Agora eu: gostei e muito, o arroz ficou com a textura de um rissotto, além que o vinho tinto deu-lhe um "quase" sabor de cabidela que eu adoro, mas sou só eu, daí talvez os meus filhos não terem ficado fãs deste arroz. Mas, eu fiquei e muito.
P.S. Eu usei estas couves pois eram caseiras sem químicos, mas usem a qualidade que mais lhes agradar, ok? Mas, experimentem pois vão gostar, e quem for fã de cabidela, vai adorar, e quem não é fã e nem experimenta a cabidela pois faz-lhe impressão o sangue, tem aqui uma boa maneira de saborear um sabor muito parecido, não se esqueçam que eu disse: parecido, ok?
"As coisas mais simples da vida são as mais extraordinárias, e só os sábios conseguem vê-las."
Paulo Coelho