segunda-feira, junho 17, 2013

SANTIAGO DE COMPOSTELA























Tenho umas dezenas de cassetes VHS que filmei, quando os filhos eram pequenos, viagens, datas, situações, e sei lá mais o quê?!?!?!? Só que passado uns anitos não se vê, o leitor VHS deu o «berro» já há uns anitos. Claro, que não comprei outro VHS, comprei um leitor de DVD. Só que o tempo foi passando, e a Isabel deixou de ver os filmes que tanto gostava. Gostava sim, adorava ver as filmagens dos filhos em pequenos, ouvir as vozes, as manias deles com som, (sorrisos). Mas, agora o filho quando chegou, passado uns tempos disse: -Gostava de voltar a ver os nossos vídeos, tenho que comprar uma peça que se liga ao computador e passa-se os VHS para DVD. Ok, tudo bem, disse eu! Só que eu não percebo nadica destas tecnologias, e não sabia que tinha que ter um vídeo VHS, bolas, pensei logo eu, gastar dinheiro num «mono» para se passar os vídeos é um pouco, se não muito aborrecido. Falamos e pensamos quem poderia ter um que empresta-se para fazer o trabalho, sem gastar o dinheiro e sem ter que ficar com um «mono», pois se há coisa que detesto mesmo, é ter monos em casa, despacho tudo, para arrecadação ou garagem, e é se estiver numa maré boa (telha), pois por vezes vai logo direitinho para o contentor do lixo, e que desaparece do mesmo estilo vapt-vupt. Pois, mas por vezes já dei por mim à procura, de coisas que deitei fora, (sorrisos). Mas, continuando com a minha pequena estória, o filho arranjou um amigo que lhe emprestou um e lá estava ele a passar os VHS alguns já perderam a qualidade infelizmente, mas, estava eu a dizer (escrever), estando eu com o filho a ver os filmes, claro recordações boas, momentos bons, estava a recordar/ver pessoas que passaram pela minha vida, que tiveram a sua importância naquela altura e que se foram perdendo no tempo, outras que continuam, pois a sua importância continua bastante grande nas nossas vidas. Outras que já partiram (o caso dos meus saudosos pais). A filha quando soube o que íamos fazer, disse logo:- Mãe, vais ficar triste, eu pensando que sei tudo disse-lhe logo:- Não, não vou ficar, vou é ficar feliz de voltar a ver os filmes de quando vocês eram pequenos. Mas, mais uma vez ela tinha razão! Infelizmente o filho tirou um vídeo ao acaso (pois são todos para passar), e foi logo um aniversário deles onde vi a minha mãe a rir-se, o riso dela que saudades, claro, feliz de ver os filhos, e de alguns amigos e família que continuam, outros foram-se perdendo no tempo, agora claro, escusado será dizer, que a tristeza que me acompanhou ao ver o mesmo  vídeo onde a minha mãe estava doeu, chorei, o filho disse logo:- Mãe, se não quiseres ver, eu faço no quarto (estávamos a ver os filmes enquanto passavam no LCD na sala), mas, eu disse logo:- Não, eu quero ver, pois sei que os meus pais partiram, mas, foi só para outra dimensão, pois continuam vivos sempre dentro de mim. Mas, continuando, estávamos já num vídeo das férias em que fomos à Disneyland Paris no ano de 1994, quando o filho comenta comigo:- Mãe, tu gostavas tanto, já há uns anos que querias ir a Santiago de Compostela, será óptimo irmos agora, começamos a falar sobre a ida, e eu disse:- Marca alojamento e vamos lá uns dias, pois estamos a precisar de mudar de ares (sorrisos). Se eu o disse, muito mais depressa o filho o fez. Assim fomos passar uns dias, a Santiago de Compostela que eu não conhecia e fiquei apaixonada (aliás, ficamos, até a filha que estava reticente em ir, adorou). Superou a milhas o que eu tinha lido sobre Santiago, simplesmente a energia que se sente, não falando da visual, é qualquer coisa de brutal mesmo. Ficamos numa zona da Galiza que se chama BOA, que se situa perto de NOIA. Uma Aldeia tranquila com umas praias lindas, que a pé ficavam a dois minutos, era só atravessar a estrada, e ir por um carreirinho. Ver o Pôr-do-Sol, e Nascer-do-Sol, mal abria as janelas, ai, ui, era qualquer coisa, de bom. Agora, sobre Santiago,  simplesmente senti-me num sitio mágico, a Catedral com o seu estilo Romaníco (Barroco) que eu AMO, é lindíssima, quem me segue sabe que eu adoro conhecer igrejas, capelas, entrar em todas, mas sem padres, sou Católica, mas sem padres, ok? Eu sei que sou uma chatinha, que me desculpem os padres, mas para mim são homens como outros quais queres, pecam igualmente como o comum dos mortais, mas, só sabem apontar o dedo, abomino. Estávamos, a visitar e tirar fotos dentro da Catedral, quando em silêncio os seguranças pedem para não se passar, pois estava na hora da missa, o filho é como eu, disse logo:-Mãe, missa não, mas mal começamos a ouvir a mesma, sentamos-nos hipnotizados, a missa em Latim e cantada em Gregoriano, que quem me conhece sabe que eu adoro a música. Ouvimos, simplesmente brutal. Assim se passou uns dias fantásticos com muita essência.

P.S. As fotos abaixo, são da minha vista matinal e nocturna, a praia chama-se Praia da Boa, e podem crer que era mesmo boa ;) um dia eram 21 horas (lá) 20 horas em Portugal, ainda a Isabel andava com os pés dentro de água, uma temperatura brutal.