Penso, que bacalhau é o ingrediente que mais receitas tem, talvez porque quando eu era criança ouvia dizer que era o comer dos pobres, daí inventarem 1001 maneira de fazer tal iguaria. Hoje como de comida dos pobres não tem nada (pois pobres somos todos nós, mais que não seja de espírito). Já há mais outras tantas maneiras de cozinhar o fiel amigo. A verdadeira receita de bacalhau de abade, passa-se tudo pela máquina, eu faço de maneira diferente. Deixo o bacalhau às lascas e batatas aos quartos. Além que tanto posso fazer com nabiças (a verdadeira receita) como com grelos ou o caso com espinafres. Vamos ver como fiz.
Cozi o bacalhau e batatas com água e sal. Cozi os espinafres à parte do bacalhau. Depois retirei peles e espinhas do bacalhau, cortei as batatas em quartos e reservei. Coei os espinafres com um coador de rede, e deixei reservado para coar o excesso de água (com as nabiça ou grelos, não precisa de tanto tempo). Num tacho coloquei uma cebola picada 3 dentes de alho também picados e reguei com azeite, levei a lume brando o tempo de murchar a cebola, ficar translúcida. Juntei 2 c. de sopa de leite, e mexi. Juntei o bacalhau, batatas e os espinafres e envolvi muito bem. Temperei com pimenta-preta moída na hora e noz-moscada ralada também na hora, envolvi mais uma vez para harmonizar sabores. Coloquei em pratos de barro, polvilhei com pão ralado e ralei com um (queijo de vaca, ovelha e cabra curado) que chegou cá a casa, a nota dizem que é excelente, mas para apreciadores de queijo, deixa muito a desejar, serve para estes fins, :) e levei ao forno a gratinar. Servi com azeitonas. A verdadeira receita: não é polvilhado com pão ralado e queijo, nem vai ao forno a gratinar. Mas como disse no titulo, esta receita é à minha maneira.
"Não há comparação entre o que se perde por fracassar e o que se perde por não tentar."
(Francis Bacon)