quarta-feira, abril 06, 2016

GRANOLA





Recebo alguns e-mails a perguntarem-me se gosto e como, e se faço granola. Eu respondo sempre afirmativamente, depois de seguida perguntam o porquê de eu nunca colocar a receita no blog. Então é assim: eu penso (se não, tenho a certeza) há receitas de granola a dar com um pau na blogosfera, as modas pegam-se. :) "Se está na moda ponha-se na minha senhora" uma expressão popular que sempre ouvi a minha saudosa mãe dizer. Então vou contar uma pequena história minha. Há 10 anos quando o meu saudoso pai adoeceu e foi operado, eu tinha que ir para a Amadora de madrugada, e quando há 8 anos o meu pai voltou adoecer o que esteve entre nós 3 meses até à sua partida, eu saia de casa às 3 horas da manhã para tratar do meu pai (para a minha mãe descansar) e depois o levar com o meu irmão à radioterapia na Cuf, voltar para casa dos meus pais, e regressar ao fim do dia para minha casa, e eu sendo a eterna chatinha (gosto de ter tudo em ordem) tratar da minha casa, deixar comida feita para o outro dia etc, foi os meus grandes pequenos almoços (antes de sair de casa às 3 horas da manhã) comia (engolia) a minha tigela cheia de Weetabix com uma banana e um iogurte, ou um prato de aveia que fazia sempre na véspera e aquecia no micro-ondas, com uma banana e um iogurte, ou então a granola que quando tinha tempo de fazer também misturava com a banana e iogurte, e quem durante 3 meses só dormia 2 horas por noite, e sem apetite nenhum (os meus nervos, por magia fico sem fome, sempre fui, sou e serei assim), podem crer que foi mesmo estes pequenos almoços (de madrugada) que me manteve com força para tratar do meu pai e logo de seguida da minha mãe. Pois eu não comia, a minha mãe perguntava-me já comeste Bela, eu dizia que sim, e disfarçava pois não conseguia passar nada pela minha garganta. Quando o meu pai esteve internado, a minha mãe à hora do almoço ia ao refeitório do hospital almoçar, eu ficava a fazer companhia ao meu pai, depois chegava ela e o meu pai dizia logo: Bela, vai almoçar que o pai não gosta de te ver assim tão magrinha (sempre preocupado com os outros e nunca com ele) eu ia para o meu pai ficar descansado, mas passava pelo refeitório e ia à cafetaria pedir um chá, era o que eu conseguia, fazia um pouco de tempo e lá voltava eu para perto do meu pai, e ele contente a pensar que eu tinha almoçado. Quando foi para casa, continuei com o teatro, mas aí era para os dois, pois a minha mãe fazia a comida, mas eu não conseguia, dizia sempre já comi. Nos últimos dias o meu pai estava sempre de olhos fechados. Houve um dia quando ao fim da tarde me despedi dele para ir para minha casa, abriu os olhos e disse: O pai está mais contente, estás mais gordinha, tinha eu um lenço enrolado no pescoço e ele na sua tristeza da partida viu o que queria ver, a filha bem. Só para terem uma noção, eu tenho 1,67 de altura e na altura estava com menos de 50 kg daí não estava nada mais gordinha como ele imaginou. Fui para casa todo o caminho a chorar, pois senti que o meu pai se estava a despedir de mim. Cheguei a casa, tratei de tudo dei jantar à minha família e voltei logo de seguida para a Amadora eram 21,30 h estava eu a entrar em casa dos meus pais. Cheguei, abri a porta e diz logo a minha mãe: então Bela, já? Sim mãe, assim a mãe descansa que fico eu com o pai. Ela foi-se deitar, e fiquei a noite de vela a sentir o meu pai a partir. Às 6,30 horas da manhã ligo, para o Dr. H.G. e conto que já não conseguia dar a medicação das dores e que o meu pai estava em grande sofrimento, onde ele disse para eu chamar uma ambulância e leva-lo para o hospital, para dar entrada pelas urgências que ele ia tratar de tudo. Assim lavei o meu pai a muito custo com a ajuda do meu marido, dei-lhe banho (à gato) mudei a fralda, vesti-lhe um pijama lavado, e só depois chamei a ambulância, nessa altura acordou a minha mãe que não deu por nada. O meu pai partiu nessa madrugada de Domingo dia 2 de Março de 2008.  Isto tudo para quê? Só para dizer, não sou mulher de modas, as modas são as minhas, dai eu nunca ter colocado aqui a minha granola pois se já a comia há anos, não é porque de repente passou a ser moda que vou falar. Agora vão pensar, não fala, mas está aqui a falar é doida. Sou sim senhora, mas uma doida saudável, estou a passar a minha receita a pedido de algumas seguidoras, que tenho o maior respeito. Passado uns anos o único que alterei foi o óleo uso o de coco. Sementes? Já coloquei, hoje não coloco mesmo. Não estou interessada que digam que fazem maravilhas, estou muito desconfiada sobre as ditas. Quando era pequena, sempre ouvi a minha mãe dizer: Belinha, não comas os caroços (eu por vezes engolia os caroços das cerejas) :) Não comas as sementes da melancia etc, era o que eu sempre ouvi. Agora passou tudo a fazer bem. Até quando? Pois, não sei.



Ingredientes:
-1 xícara de flocos de aveia
-4 c. de sopa de mel
-3 c. de sopa de óleo de coco
-80 g de miolo de amêndoa com pele
-80 g de miolo de avelãs

Coloquei os flocos numa tigela, deitei o óleo de coco aquecido com o mel, envolvi muito bem. Deitei a mistura espalhada num tabuleiro forrado com papel vegetal, e levei ao forno pré-aquecido a 180ºC durante vinte minutos, ao fim de 10 minutos com a ajuda de um garfo mexi a mistura para cozinhar por igual. Quando fez os vinte minutos juntei as amêndoas e avelãs cortadas grosseiramente e envolvi muito bem na mistura dos flocos. Levei de novo o tabuleiro com a mistura ao forno durante mais 15 minutos. Assim faço a minha granola. Simples.

P.S. Não liguem ao que está escrito na ardósia: amêndoas com casca, é pele ok? :)

"A arte de escutar é como uma luz que dissipa a escuridão da ignorância"

(Dalai Lama)

segunda-feira, abril 04, 2016

DOCE DE ABÓBORA COM AMÊNDOA QUINTA DE JUGAIS NUMA ENTRADA :)




Cá em casa o meu pessoal adora uma entrada com doces/compotas com queijo, seja queijo fresco, seco ou requeijão. Utilizei o Doce de Abóbora com amêndoas Quinta de Jugais, numa entrada que fez sucesso. Todos adoraram! Vamos ver como fiz!


Ingredientes:
-1 tábua (ao vosso gosto) :)
-Doce de abóbora com amêndoas Quinta de Jugais
-queijos (usem o que mais gostarem)
-presunto
-azeitonas temperadas (há minha maneira)
-ovos de codorniz
-pickles
-1 malagueta picada sem sementes
-salsa picada
-pimenta preta moída
-paio york



Cozi os ovos descasquei-os e temperei com a malagueta picada, salsa picada, pimenta-preta moída na hora, e reguei com azeite extra virgem. Reservei 1 hora (mínimo). Na tábua coloquei o Doce de abóbora com amêndoas Quinta de Jugais,  e os restantes ingredientes como vêm na foto. O queijo de cabra reguei com o doce, o que no final sobrou muito pouco doce, pois foi servirem-se à vontade com o queijo e não só. Agora vocês coloquem nas vossas tábuas o que a vossa imaginação ditar, mas não deixem faltar o Doce de abóbora com amêndoas Quinta de Jugais, pois é brutal como o meu provador oficial (filho) disse.


"A humildade é a única base sólida de todas as virtudes. Não corrigir nossas faltas é o mesmo que cometer novos erros."

(Confúcio)

sexta-feira, abril 01, 2016

TÉCULA MÉCULA




 A falar com uma amiga, disse-me o nome de um  bolo que tinha comido. Eu fui pesquisar, onde encontrei este blog e enviei logo para ver se tinha a ver algo com o bolo que a tinha encantado. Bingo. Só que ela fez as suas alterações. Eu segui com as alterações feitas, mas também fiz a minha que enriqueceu o bolo e muito! Em vez da massa quebrada a forrar a forma untei e forrei com papel vegetal.



Alterações da amiga: usei raspa de metade de um limão pequeno; não usei farinha; usei 2 batatas médias cozidas e reduzidas a puré. Usei 100gr de manteiga sem sal (em substituição dos 50gr de manteiga+50gr de banha); como os ovos que utilizei eram médios usei mais 2 gemas do que na receita. Portanto, parti da receita original e refiz uma outra que ficou bastante semelhante à original (a única diferença foi que não usei a calda de açúcar e sim uma base de massa quebrada. Numa próxima não uso a base que não vai acrescentar nada ao bolo, antes pelo contrário!)



Ingredientes:
-250 gr. amêndoas descascadas
-500 gr. açúcar
-250 gr. de água
-6 gemas de ovo e 1 ovo (XL)
-50 gr. banha de porco(não usei)
-50 gr. manteiga (usei 100g de manteiga sem sal)
-70 gr. farinha (não usei farinha, foi substituída por duas batatas médias cozidas e feitas em puré)
-raspa de 1 limão



Preparação:
Num tacho fiz o xarope com o açúcar e a água. Colocar o açúcar com a água (1 copo cheio). Deixar ferver aproximadamente 14 minutos. Retire do lume e deixe arrefecer um pouco.

Piquei as amêndoas (quase em farinha, mas a encontrar bocaditos da mesma). Numa tigela coloquei a manteiga e bati com a colher de pau, juntei a mistura das amêndoas, raspa do limão e o puré de batata, envolvi muito bem. Juntei a mistura anterior ao xarope e voltei a envolver bem. Adicionei as gemas e ovo batido, e voltei a envolver  bem a mistura. Deitei a mistura na forma previamente untada com manteiga e forrada com papel vegetal, e levei a forno pré-aquecido a 180ºC. Mais ou menos 35 minutos. Deixar arrefecer e desenformar. Deitei por cima um glacê só não escrevi o nome do bolo com chocolate como é tradição, enfeitei com fios de ovos, pois foi um bolo que fiz para enriquecer a nossa mesa da Páscoa, e foi só para dar aquele toque (tcham) podem crer que o bolo não precisa de todo. Só por si é um bolo rico. Comentário do meu provador oficial (filho): Brutal! :)

"Não é a primeira impressão a que fica. É a última. Apenas certifique-se de que a primeira não seja a última."

(Aldo Novak)

quarta-feira, março 30, 2016

FABADA ASTURIANA [FEIJOADA ESPANHOLA]





A fazer uma limpeza ao interior dos armários e móveis (não sei se vos acontece, a mim sim, mas as loiças (copos) que não estão a uso diariamente, ficam baços, e eu sendo uma eterna chatinha, faço limpeza mesmo ao que não se vê neste caso dentro dos móveis e armários. Depois é limpar copo por copo, o que leva umas boas horas, se não um dia, à quantidade de loiça que tenho. Foi num desses dias que vi os copos da Sidra que comprei quando fui às Astúrias ( Picos da Europa), de férias no ano 1995. Eu a partir loiça é mágico, parece que tenho buracos nas mãos, mas estes copos são tão frágeis e nem com a mudança para esta minha casa, parti algum, outros e loiça, partiram-se estes não. :) Mas ao  limpar os copos (re) lembrei a tão afamada fabada Asturiana, que comemos quando as nossas férias a tão precioso lugar. Não fiquei encantada, pois penso que a "nossa" feijoada, ganha aos pontos, o mesmo não se passou com as Astúrias que adorei. O leite, a manteiga que comia ao pequeno-almoço era de um sabor brutal. O leite e manteiga quando cheguei a Portugal, encontrei na Makro de Alfragide comecei a comprar, era/é umas garrafas de 1,5 L  mais tarde o Continente também começou a ter, o nome é Asturiana, mas quando abriu o ECI, só mesmo lá é que se encontra, como o feijão para fazer a fabada, mas não me apeteceu ir para Lisboa para satisfazer um desejo. Resolvi fazer com a "nossa" feijoca. O meu tio espanhol, explicou-me uma vez, que a fabada era tudo cozido, já a feijoada Portuguesa também os ingredientes são cozidos, mas são transformados num guisado. Vou dizer como fiz, as quantidades, cada um faça a vossa.


Ingredientes:
-feijoca
-1 tira de toucinho (entremeada)
-1 tira generosa de bacon fumado
-chouriço de carne picante (usei chouriço picante da zona de Cinfães)
-morcela (não de arroz)
-sal marinho
-açafrão em farripas
-pimenta cayenne (usem o picante ao vosso gosto, ou nem usem, fica ao vosso gosto)


Demolhei a feijoca e temperei o toucinho (entremeada) com sal marinho. Deixei de um dia para o outro. Num tacho largo, coloquei o feijão, o toucinho, o bacon, o chouriço e a morcela, e cobri dois dedos acima dos ingredientes com água. Levei ao lume a cozer, com a escumadeira fui eliminando a espuma que se forma na superfície. Ao fim de 40 minutos fui retirando os chouriços e carne que estivesse cozida, reservei e deixei o feijão continuar a cozer na água com o sabor e gordura que os enchidos e carnes largaram. Nessa altura adicionei o açafrão esfarelado e a pimenta cayenne e envolvi bem, deixei continuar a cozinhar em lume brando, para os sabores se misturarem. Quando o feijão estava cozido, adicionei as carnes cortadas em pequenos pedaços e enchidos cortados em rodelas largas e rectificar o sal. Não utilizei mais sal, pois o dos enchidos, bacon e do sal marinho da entremeada, para mim mais que suficiente, mas cada um sabe dos seus gostos. Deixar o tempo de harmonizar sabores.

P.S. Quando estivemos nas Astúrias o filho nem provou a fabada (ainda estava na idade que sem provar dizia: não gosto) :) e eu nunca fui mãe de obrigar os filhos a comerem seja o que fosse. Pensava, quando chegar o tempo vão aprender a gostar. Mais uma vez o (tempo) deu-me razão, o filho hoje é um grande apreciador de feijoadas, e esta comeu e disse: Brutal.

Eu quando digo: que nunca obriguei os meus filhos a comerem algo que não queriam ou diziam que não gostavam, não estou a dizer que sou melhor mãe ou pior mãe que as outras. Só nunca compreendi aquelas mães que obrigavam (tinha uma amiga que o fazia) os filhos a comer algo, e se não comessem ao almoço, o prato passava para o lanche, jantar, e se fosse preciso para o pequeno-almoço e assim andava um prato com a comida fria o requentada, que a mim me dava vómitos quanto mais a uma criança. Nunca fui de gostar nada que me obrigassem, então se eu não gostava, porquê obrigar os filhos a fazer algo que eu detestava. Já a minha avó dizia:" não faças aos outros aquilo que não gostas que te façam a ti".

"A Saudade"
A saudade é o que faz as coisas pararem no Tempo.

(Mario Quintana)

quarta-feira, março 16, 2016

FELIZ PÁSCOA



Desejo uma Santa Páscoa, com muita tranquilidade e serenidade a todos os que passam por aqui, seja em silêncio ou não. Vou estar ausente uns dias mas depois volto. Um bem-haja.


"Páscoa é para você lembrar, que existe um
Deus capaz de morrer para te salvar."


(Marta Felipe)

segunda-feira, março 14, 2016

BOLINHOS DE COCO DE ARCOS




Uns bolinhos que são brutais, para "amantes" de coco, são os tais. :) A receita saltou do meu livro "Cozinha Regional Portuguesa" de Maria Odete Cortes Valente. Vamos à dita que é o que vos interessa. :)


Ingredientes:
-130 g de coco ralado (usei 230 g)
-160 g de açúcar
-2 ovos

Batem-se os ovos até ficarem esbranquiçadas. Vão-se misturando ao coco, que já deve estar envolvido com o açúcar. Mexe-se e deixa-se repousar de um dia para o outro. Fazem-se uns bolinhos do feitio de croquetes, que vão ao forno a cozer em tabuleiro polvilhado com farinha. Forno quente para ficarem louros.

P.S. Deixar a descansar no frigorífico.


Nota: Utilizei 230 g de coco, foi a quantidade que achei necessária. Penso que talvez seja por ter usado ovos XL, se usarem ovos pequenos com certeza que as 130 g que a receita pede deve ser suficiente. No meu forno a temperatura foi de 180ºC, e forrei o tabuleiro com papel vegetal, não usei a farinha como a receita pede. Deu 20 bolinhos.

"Não exijas dos outros qualidades que ainda não possuem."

(Chico Xavier)

sexta-feira, março 11, 2016

BOLO DE LIMÃO RECHEADO COM LEMON CURD E COBERTO COM BUTTERCREAM





Limões, não faltam cá em casa. Quando chegam, é  às carradas.  Há que dar uso. Resolvi fazer um bolo para o fim de semana (nós) sim, que o fim de semana não come bolo. 😎 Ficou uma delicia, foi o que a minha filha disse. Vamos ver como fiz. A receita do bolo já tinha feito aqui no aniversário da filha.

Ingredientes: bolo
-2 chávenas de farinha
-1 chávena de açúcar amarelo
-150 g de manteiga (amolecida) (usei sem sal)
-4 colheres de sopa de leite
-4 ovos grandes
-1 c. de chá de baunilha líquida)
-1 colher de chá de fermento
-raspas de 2 limões

Começar por misturar o leite (morno), os ovos e a baunilha. Bater bem. À parte misturar a farinha, o açúcar, o fermento e as raspas de limão. Bater tudo muito bem. Adicionar a manteiga amolecida e ir juntando à mistura aos poucos até ficar tudo bem ligado.
Levei a cozer a forno pré-aquecido a 180ºC, em forma untada e polvilhada de farinha. Levou 50 minutos.


Ingredientes lemon curd:

-3 limões grandes (sumo e casca)
-300 g de açúcar
-3 c. de sopa de manteiga
-3 ovos

Levar o tacho ao lume com o sumo e raspa dos limões, açúcar e manteiga. Mexer muito bem até estar tudo bem misturado. Numa tigela bate os ovos, e deita uma concha do preparado de limão na tigela dos ovos e mexe energicamente para não cozer os ovos, depois deita a mistura dos ovos devagar no tacho ao lume sempre a mexer com a vara de arames, até cozer os ovos e engrossar. Nota: esta receita é daqui.


Buttercream
-250 g de manteiga
-2 chávenas de açúcar em pó
-1 c. de chá de baunilha liquida
-100 g de queijo creme
-100 ml de natas para bater

Bati a manteiga com a baunilha numa batedeira em velocidade baixa. Fui adicionando o açúcar em pó aos poucos, quando estava bem envolvido, adicionei o queijo creme e continuei a bater até encontrar a mistura homogénea. Nessa altura fui juntando as natas frias sem deixar de bater com a batedeira a uma velocidade média até o creme ficar fofo.


Montagem:
Depois de frio cortei o bolo em 3 partes. Coloquei o creme num saco pasteleiro. Coloquei uma parte do bolo no prato e coloquei curd de limão no meio do bolo deixei as bordas para colocar o Buttercream com a ajuda do saco pasteleiro (fiz um circulo). Coloquei a segunda parte do bolo e fiz o mesmo processo descrito anteriormente. Coloquei a ultima parte do bolo e cobri com o restante creme que alisei e retirei o excesso de creme. O alisar, foi mais complicado, tenho que comprar um prato giratório, mas como eu digo: quando não se tem cão, caçasse com gato, o que até me sai muito bem, mesmo sem pratito giratório. :)

P.S. Já tinha feito aqui o Buttercream de chocolate.

"Em estado de dúvida, suspende o juízo." 😎

(Pitágoras)


quarta-feira, março 09, 2016

QUEQUES DE MARACUJÁ




Uns queques, que estão em rascunho há mais de um Ano. Chegou a altura de verem a luz do dia (blog). :) São de uma simplicidade que dói, e sabor igualmente. Vamos ver como fiz.

Ingredientes:
-2 chávenas de farinha
-1 chávena de açúcar amarelo
-150g de manteiga sem sal
-130 ml de polpa de maracujá (sem sementes)
-4 ovos
-1 colher de chá de fermento


Bati com a batedeira os ovos,  a polpa de maracujá e açúcar até fazer uma mistura homogénea. Juntei a farinha com o fermento e continuei a bater. Adicionei a manteiga derretida e envolvi muito bem na mistura. Deitei a mesma nas formas de papel previamente colocadas nas formas dos queques. Levei ao forno previamente aquecido a 180ºC. No meu forno levou 30 minutos, já sabem o teste do palito. Deu 18 queques.

"Viva o hoje,
pois o ontem já se foi
e o amanhã talvez não venha."

(Antoine de Saint-Exupéry)

segunda-feira, março 07, 2016

FEIJOADA




Feijoadas, é daqueles comeres que a filha adora e o filho idem. São comidas reconfortantes. Com a "tanga" de tempo que tem estado, (volta Verão, que estás perdoado, aliás nem nunca te castiguei, pois adoro-te) :) resolvi fazer. Só que faço quase sempre com couve lombarda, mas tinha chegado cá a casa, umas couves e uns espigos, que resolvi alterar. Vou dizer como fiz as quantidades cada qual sabe as suas necessidades ok?



Ingredientes:
-carne de porco da pá
-chispe
-rabo de porco
-orelha 
-entremeada
-chouriço de porco preto (era o que tinha em casa, usem o que preferirem)
-farinheira
-feijão encarnado de lata (usem o de lata ou cozam, eu quando estou com pressa, uso de lata)
-couve e espigos
-cebola (1 grande ou 2 médias)
-1 folha de louro
-azeite
-sal marinho
-2 c. de sopa de polpa de tomate
-piripiri

Primeiro de tudo lavei muito bem o chispe, o rabo e a orelha. Fiz a depilação (não, não foi de cera e sim de gilete) mas não satisfeita ainda passo no lume, não vá ficar algum pelito. A orelha, é um Carnaval a lavar a dita, mas que fica desencardida ai isso fica. :) Depois de tudo limpinho tempero as carnes com sal marinho e deixo no mínimo 5 horas. Depois sacudo bem o sal e levo as carnes a cozer numa panela com água, junto com a carne de porco da pá. Vou retirando conforme estão cozidas e reservo. Quando cozidas, parto em bocados e reservo a água da sua cozedura. Num tacho coloco cebola picada, louro, o chouriço cortado às rodelas, azeite, e levo o tacho ao lume até a cebola murchar. Adiciono a polpa de tomate e um pouco da água das carnes reservada. Juntei a couve e espigos e deixei cozinhar, depois junto as carnes e envolvo nessa altura juntei mais um pouco da água das carnes. Adicionei um pouco de piripiri e envolvi. Numa tigela coloco a farinheira sem pele e desfeita num pouco do caldo da cozedura anterior e reservo. Adicionei o feijão às carnes e hortaliça, envolvi bem e deixei harmonizar sabores, nessa altura juntei a mistura reservada da farinheira e envolvi muito bem, deixei levantar fervura e que os sabores dançassem um chá-chá-chá. :) Rectificar o sal nessa altura, eu não utilizei mais sal, além do que a água tinha cozido as carnes salgadas, chouriço e farinheira, para mim mais que suficiente, mas cada um sabe dos seus gostos. Assim ficou uma feijoada à minha maneira brutal.

"Procure descobrir o seu caminho na vida.
Ninguém é responsável por nosso destino, a não ser nós mesmos."

(Chico Xavier)

sexta-feira, março 04, 2016

COOKIES DE AVEIA COM PEPITAS DE CHOCOLATE





Uns cookies bolachas o que quiserem, mas que são uma maravilha, são! Uma receita do meu livro "Paixão pelo Chocolate". Vamos ver a receita, que é o que vos interessa. :)


Ingredientes:
-50 g de ovo (1)
-120 g de manteiga amolecida (usei sem sal)
-70 g de farinha (usei farinha de trigo integral)
-300 g de flocos de aveia
-200 g de açúcar amarelo (utilizei 150 g)
-150 g de pepitas de chocolate (utilizei chocolate negro/preto 74% de cacau Lindt partido aos bocados pequenos)
-1 g de bicarbonato
-1 pitada de sal


1. Aqueça o forno a 190ºC e forre um tabuleiro com papel vegetal.
2. Bata a manteiga com o açúcar até obter uma mistura homogénea e cremosa adicione o ovo e continue a bater. Peneire a farinha com o bicarbonato e o sal e junte à mistura anterior, mexendo bem. Junte a aveia e as pepitas (juntei o chocolate).
3. Com uma colher de sopa humedecida, disponha a massa em pequenos montes sobre o tabuleiro.
4. Leve ao forno durante 10 ou 12 minutos, até os cookies ficarem dourados.

P.S. Comentário do meu provador oficial (filho): Brutais.


Notas: Tenho "quase" sempre estas pepitas de chocolate em casa, mas quando não tenho, só utilizo o chocolate negro partido.

"O importante não é vencer todos os dias, mas lutar sempre."

(Waldemar Valle Martins)

quarta-feira, março 02, 2016

PAI, 8 ANOS SE PASSARAM, MAS A DOR CONTINUA...



Pai, 8 anos se passaram desde que nos deixaste fisicamente. O tempo como sempre ouvi dizer, serve para atenuar a dor, só se for para as pessoas que não amamos, pois para aquelas que amamos como o teu caso meu PAI, a dor continua e no alto dos meus 57 anos digo: Continua a doer, continuo a sentir a tua falta, continuo a sentir falta das nossas teimosias, que por termos o feitio tão parecido, discordávamos e refilávamos, e eu na minha ignorância (a da idade) tinha que ter sempre razão. Sabes? Aprendi muito com a tua doença e partida. Senti e sinto que te amava/amo mais que alguma vez imaginava. Pai, sinto muito a tua falta. Até um dia meu pai, amo-te.

Notas: Esta foto tem 49 anos, o meu saudoso pai a festejar um novo ano, onde a minha saudosa mãe também estava presente . A qualidade da foto não está boa, mas continuo a dizer tinha/tenho uns pais lindos.

Como é que se Esquece Alguém que se Ama?
Como é que se esquece alguém que se ama? Como é que se esquece alguém que nos faz falta e que nos custa mais lembrar que viver? Quando alguém se vai embora de repente como é que se faz para ficar? Quando alguém morre, quando alguém se separa - como é que se faz quando a pessoa de quem se precisa já lá não está?
As pessoas têm de morrer; os amores de acabar. As pessoas têm de partir, os sítios têm de ficar longe uns dos outros, os tempos têm de mudar Sim, mas como se faz? Como se esquece? Devagar. É preciso esquecer devagar. Se uma pessoa tenta esquecer-se de repente, a outra pode ficar-lhe para sempre. Podem pôr-se processos e acções de despejo a quem se tem no coração, fazer os maiores escarcéus, entrar nas maiores peixeiradas, mas não se podem despejar de repente. Elas não saem de lá. Estúpidas! É preciso aguentar. Já ninguém está para isso, mas é preciso aguentar. A primeira parte de qualquer cura é aceitar-se que se está doente. É preciso paciência. O pior é que vivemos tempos imediatos em que já ninguém aguenta nada. Ninguém aguenta a dor. De cabeça ou do coração. Ninguém aguenta estar triste. Ninguém aguenta estar sozinho. Tomam-se conselhos e comprimidos. Procuram-se escapes e alternativas. Mas a tristeza só há-de passar entristecendo-se. Não se pode esquecer alguém antes de terminar de lembrá-lo. Quem procura evitar o luto, prolonga-o no tempo e desonra-o na alma. A saudade é uma dor que pode passar depois de devidamente doída, devidamente honrada. É uma dor que é preciso aceitar, primeiro, aceitar.
É preciso aceitar esta mágoa esta moinha, que nos despedaça o coração e que nos mói mesmo e que nos dá cabo do juízo. É preciso aceitar o amor e a morte, a separação e a tristeza, a falta de lógica, a falta de justiça, a falta de solução. Quantos problemas do mundo seriam menos pesados se tivessem apenas o peso que têm em si , isto é, se os livrássemos da carga que lhes damos, aceitando que não têm solução.
Não adianta fugir com o rabo à seringa. Muitas vezes nem há seringa. Nem injecção. Nem remédio. Nem conhecimento certo da doença de que se padece. Muitas vezes só existe a agulha.
Dizem-nos, para esquecer, para ocupar a cabeça, para trabalhar mais, para distrair a vista, para nos divertirmos mais, mas quanto mais conseguimos fugir, mais temos mais tarde de enfrentar. Fica tudo à nossa espera. Acumula-se-nos tudo na alma, fica tudo desarrumado.
O esquecimento não tem arte. Os momentos de esquecimento, conseguidos com grande custo, com comprimidos e amigos e livros e copos, pagam-se depois em condoídas lembranças a dobrar. Para esquecer é preciso deixar correr o coração, de lembrança em lembrança, na esperança de ele se cansar.

Miguel Esteves Cardoso, in 'Último Volume'

segunda-feira, fevereiro 29, 2016

MOUSSE DE PERA ABACATE E CHOCOLATE




O meu filho comeu uma mousse de chocolate feita pelo R. que disse-me logo:- Mãe, tens que fazer é brutal, é com pera abacate. Eu já há muito que vejo na blogosfera, a mousse de pera abacate com chocolate, ok, nunca me despertou grande interesse...mas agora foi diferente, foi o filho a dizer, e pedir. Aí fico logo de antenas no ar. :) Disse-lhe: Pede a receita ao R. para a mãe fazer e para a semana levo a mousse para sobremesa.  Vamos ver como me foi passada a receita. As quantidades tripliquei, mas vou colocar as medidas, e depois cada um faz à sua medida.


Ingredientes:
-1 pera abacate madura
-2 c. de sopa de cacau
-2 c. de sopa de mel
-1 pitada de sal (usei flor-de-sal)
-1 pitada de canela
-raspa de 1 laranja

Coloquei a polpa do abacate e restantes ingredientes no processador de alimentos e misturei até obter um creme. Deitei nestes copinhos de iogurte que falei aqui, e polvilhei com pistácios sem sal.

Notas: A mousse do R. estava polvilhada com nozes, eu preferi com os pistácios,e também disse que se pode colocar chocolate negro/preto. Eu juntei 100 g de chocolate negro/preto 74% de cacau Lindt derretido em banho-maria e adicionei junto dos restantes ingredientes no processador.

"É erro vulgar confundir o desejar com o querer. O desejo mede os obstáculos; a vontade vence-os."


(Alexandre Herculano)