segunda-feira, outubro 29, 2012

COUVE-ROXA À ALEMÃ


 

A falar com a minha amiga Rosarinho sobre o nosso livro da 👉Pantagruel. Ela fala-me desta couve, como acompanhamento do peru no Natal, que por tradição nunca falta na sua mesa. Claro, curiosa como sou, fui logo ao livro ler a receita. Escusado será dizer que pensei logo no meu filho. Pois sei que ele adora estes sabores, mas vou fazer de novo no Natal quando o meu filho estiver. É um acompanhamento excelente para carnes assadas, para quem goste de agridoce. Esta couve serviu para acompanhar um peru assado no forno. Que por estes dias colocarei aqui.

Ingredientes:
-1 couve roxa
-1 colher de sopa de banha e outra de açúcar
-1 cebola
-3 maçãs-reinetas grandes
-1/2 colher de sopa de vinagre
-2 colheres de sopa de vinho branco
-caldo de carne
-sal marinho e pimenta q.b.

Corta-se a cebola em rodelinhas e coze-se na banha até ficar transparente. Adiciona-se a couve em tiras, o açúcar, o vinagre e o vinho branco. Tempera-se com sal e pimenta, tapa-se e deixa-se ferver em lume brando, borrifando de vez em quando com caldo. Quando a couve estiver murcha, juntam-se as maçãs em rodelas, continuando a ferver até tudo cozer sem que a couve fique desfeita. Simplesmente fantástica...

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"A primavera chegará, mesmo que ninguém mais saiba seu nome, nem acredite no calendário, nem possua jardim para recebê-la."

[Cecília Meireles]

sexta-feira, outubro 26, 2012

MADALENAS DA LOLÓ




Mais uma receita do meu livro 👉«Pantagruel», que como muito bem diz a minha amiga Rosarinho é uma "bíblia"...umas madalenas com um sabor muito subtil a canela, que são simplesmente deliciosas.

Ingredientes: 12 madalenas.
-125 g de farinha
-150 g de açúcar
-60 g de manteiga
-3 ovos
-1 colher de (café) de canela em pó
-1 colher de (chá) rasa de fermento em pó

Batem-se as gemas com o açúcar até engrossarem. Juntam-se-lhes a canela e a manteiga amolecida em banho-maria e a seguir a farinha peneirada com o fermento. Depois de bem batido, envolve-se suavemente nas claras em castelo, sem bater. Coze-se em tabuleiro de madalenas, com as cavidades untadas de manteiga. Passei essa parte coloquei as formas de papel.

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"A sabedoria superior tolera, a inferior julga; a superior perdoa, a inferior condena. Tem coisas que o coração só fala para quem sabe escutar!"


[Chico Xavier]

segunda-feira, outubro 22, 2012

MASSADA DE PEIXE [CAVALA]



Neste dia,  tinha estado a conversar com a minha amiga Manuela, outra apreciadora desta maravilha (cavala). Onde ela me fala da massada de cavala. Sendo a minha amiga da Figueira da Foz, contou-me que em Buarcos uma aldeia piscatória, era uma comida que muito os pescadores costumavam levar para o mar. Massada de peixe, adoro, agora de cavala nunca tinha comido, mas sendo um peixe gordo, só podia ficar uma maravilha, como vim a comprovar. Fiz diferente da receita original, pois o peixe é acrescentado em postas.



Temperei esta cavala com bastante sal. Ao fim de cinco horas sacudi o sal e cozi a cavala. Depois de cozida tirei as espinhas da cavala e reservei a mesma. A água coei e reservei tudo no frigorífico. Comprei as cavalas tão fresquinhas, não ia congelar o peixe. Sim, eu sou daquelas pessoas que como peixe fresco (nem sei, se é) e como peixe congelado. Acho de uma "burrice" atroz ouvir pessoal a dizer: ai, eu nunca como peixe congelado. Ok, mas compram peixe fresco e chegam a casa e catrapúm, peixe na arca. Depois quando vão consumir, dizem: é peixe fresco!!! Pois é, acabou de sair da arca/frigorífico. Há peixe congelado muito mais fresco do que o próprio fresco que dizem. Para mim peixe fresco é aquele que se compra aqui na Fonte da Telha ou Costa da Caparica, quando os pescadores puxam as redes, e vendem esse peixe a saltar ainda. O que se compra nos mercados ou grandes superfícies de fresco para mim não têm nada. Tem ótimo especto como o caso das minhas sardas, mas não me iludo. Agora o tachinho que aparece na foto, é só para fazer "bonito" para a foto. Como já disse aqui, tenho imensa loiça, mas desde que tenho o blog estou sempre a comprar, pois canso-me de estar sempre a fotografar o mesmo, por isso também penso que os meus seguidores se cansam de ver sempre o mesmo. Como sou uma mulher que liga e muito aos pormenores ando sempre a comprar loiça, mas claro que não é dúzias e sim peças soltas. Estes tachinhos comprei vários de cores diferentes. Pois acho um miminho para servir com algumas entradas individuais. Comprei na loja CASA quando comprei estes copinhos, estavam em saldo a um preço delicioso (1,99 €) cada. Bem, vamos à receita.


Receita:
Num tacho piquei uma cebola e dois dentes de alho. Juntei uma folha de louro, reguei com azeite e levei a lume brando até murchar a cebola (ficar translúcida). Nessa altura juntei 2 tomates  maduros e sem pele cortados aos bocadinhos. Deixei que os tomates deitassem o próprio suco, nessa altura aumentei o lume e juntei 100 ml de vinho branco. Juntei a água que tinha cozido a cavala e deixei levantar fervura. Nessa altura juntei massa de cotovelinhos e deixei cozinhar. Quando estava quase juntei a cavala reservada e um molho de coentros picados. Retifiquei, o sal e temperei com piripiri. Claro, que depois foi me deliciar...

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"Quem sonha de dia tem consciência de muitas coisas que escapam a quem sonha só de noite."


[Edgar Allan Poe]

domingo, outubro 21, 2012

MUSEU DO AUTOMÓVEL ANTIGO DE OEIRAS KMZ/URAL K 750







Ontem tive um assunto para tratar no Museu do Automóvel Antigo de Oeiras. Mais um dia da minha vida com muita essência. Adorei, tirei uma fotos da Sidecar do filho, junto com tantas preciosidades. Na vinda para casa apeteceu-me ir passear pela Marginal de Cascais, que quem conhece sabe a beleza que é. Fui ver o «meu» mar, e parei no LIFE Bar Tricana Barra-Carcavelos. Um bar de praia, que é uma delícia e não estou a referir-me só no Verão. Mesmo no Inverno tem condições excelentes. O dia estava lindo (sol) mas já começa a estar fresco. Quando saí de casa às 9 horas estavam 7ºC, o filho ligou-me eram 10 horas, e disse que onde está, estava 27ºC, como eu gosto. Santa Paciência, não sou mesmo mulher de frio, não gosto de todo de Inverno, só gosto de calor e sol. Por isso sempre disse e digo: se fosse milionária ninguém nunca me apanhava no Inverno em lugar nenhum. Andava sempre a viajar atrás do calor. Mas como não sou, e agora com a (Troika) é que não vou ser com certeza, só se me sair o (eurotostões), mas também convém eu jogar, o que por hábito não o faço. Bem, mais um dia, que digo:


"As vezes ouço passar o vento; e só de ouvir o vento passar, vale a pena ter nascido." 

[Fernando Pessoa]

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sexta-feira, outubro 19, 2012

SHORTBREAD ESCOCÊS








Esta receita é da minha amiga Manuela. Além da nossa grande amizade, temos em comum, a grande paixão pelos nossos filhos e cozinhar. Então estávamos a conversar e claro, a falar dos mesmos e de receitas que eles gostam. Quando a minha amiga fala destas bolachas, eu disse logo:-Quero a receita para fazer e surpreender o meu filho. Pois não é só a mãe a ter saudades, acredito que ele também têm.   Resolvi mandar um miminho, ao fazer estas bolachinhas acrescentei a tal pitada de muito amor, que só uma mãe sabe. Coloquei as bolachinhas em duas caixas de bolachas. Enviei numa encomenda bem acondicionada. Não disse nada e enviei 8 dúzias de bolachas. O que deu 2 Kg das mesmas. Claro, que nas fotos não estão as bolachas todas. Só gostava de ver a cara do filho, ok, ouvi logo a voz dele quando recebeu a encomenda e provou as bolachas:-Mãe, só tu, estão brutalissímas, obrigada! obrigada eu, por me teres escolhido e deixado ser tua mãe! Amo-te.



Ingredientes:
-2 chávenas de manteiga à temperatura ambiente
-1 1/4 chávena de açúcar em pó
-4 chávenas de farinha
Aquecer o forno a 150ºC.
Amassar a manteiga até ficar fofa. Adicionar o açúcar e bater. Aos poucos adicionar a farinha até estar encorpada. Numa superfície enfarinhada, formar uma bola e amassar com cuidado até a massa ficar macia. Embrulhar a massa em película e colocar no frigorífico durante uma hora. Retirar do frigorífico e numa superfície enfarinhada, dividir a bola em 3 a 4 partes. Com o rolo da massa estender até ter 1 centímetro de altura (não estender a massa muito fina)). Cortar com o corta bolachas (ou um copo). Colocar num tabuleiro e cozer aproximadamente 10 a 20 minutos. Ter muita atenção quantos mais finos fizer mais rápido é a cozedura. O melhor é corta-las mais grossas, têm melhor textura.

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"Não há amor mais disponível, entregue, cuidadoso e abnegado, que amor de mãe. A gente está lá, sempre, ao lado ou atrás da porta vigiando os passos. E nosso maior desejo é que nossos filhos dêem certo; amem e sejam amados; cresçam bem, saudáveis e sejam pessoas de bem. É por esse desejo que trabalhamos até o último suspiro de vida. Uma vida que deixa de ser nossa e passa a ser deles, assim que eles desocupam o nosso útero e passam a ocupar os nossos braços."

[Erica Gaião]

quarta-feira, outubro 17, 2012

GELADOS RECORDANDO [V]


     (Imagem retirada na Internet)
Continuo a recordar, e continuarei. Recordando o bom, é sempre delicioso.

GELADO DE CHÁ VERDE [OUTRO]

SORVETE DE ABACAXI.

GELADO DE GROSELHA.

GELADO DE PRALINÉ DE AMÊNDOA. 

GELADO DE CRANBARRYS.


GELADO DE CHOCOLATE [OUTRO].

GELADO DE LIMA.

GELADO DE LEITE CONDENSAD COZIDO COM PRALINÉ DE PINHÃO.

GELADO DE MOSCATEL DE FAVAIOS COM PRALINÉ DE NOZ.

GELADO DE FRUTAS CRISTALIZADAS.
GELADO DE COCO [OUTRO].

GELADO DE MANGA COM CHOCOLATE.

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"De repente, fugir tornou-se uma dignidade. Já ninguém aguenta uma derrota. A persistência; a determinação e, sobretudo, a bendita paciência são hoje qualidades desprezíveis. Aguentar e esperar pela próxima oportunidade consideram-se teimosias gananciosas; arrogâncias; estupidezes."

[Miguel Esteves Cardoso]

segunda-feira, outubro 15, 2012

OVOS ESCALFADOS EM TOMATES RECHEADOS



 
 
Mais, uma receita do livro de 👉Pantagruel. Simplesmente fantástica... como já disse: ando numa de pesquisar/ler o meu livro.

Ingredientes:
-2 ovos
-2 tomates grandes e carnudos
-recheio de carne
-água, manteiga, vinagre, sal, sal, açúcar e queijo ralado, q.b.

Cortam-se os tomates ao meio, no sentido da largura, esvaziam-se das sementes e dispõem-se, aconchegados, num pirex com a parte cortada para cima. Polvilham-se com sal e uma pitada de açúcar, deita-se em cada cavidade um pedacinho de manteiga, distribui-se todo o recheio pelos tomates, comprimindo-o por cima com uma colher. Mete-se o pirex no forno para assar os tomates, o que é rápido. Escalfam-se os ovos, um a um, em água temperada com sal e vinagre. Tiram-se com uma escumadeira, escorrem-se bem e tapa-se cada tomate com um ovo. Polvilha-se com queijo e metem-se em forno quente, para o queijo alourar rapidamente, sem os ovos secarem. Servem-se de seguida.

Recheio de carne:
-150 g de carne picada (mandei picar porco e peru, usem ao vosso gosto)
-2 fatias de presunto
-miolo de pão(usei metade de uma carcaça/papo-seco, mas usem o pão ao vosso gosto)
-ovo batido
-1 folha de salva
-1 pouco de tomilho
-1 cebola pequena picada
-1 alho picado
-leite, margarina(usei manteiga), óleo (usei azeite), sal e pimenta-da-jamaica q.b.

Cobre-se o pão com o leite. Frita-se a carne e o presunto cortado aos quadradinhos na margarina (usei manteiga). Retira-se  a carne do lume e na gordura junta a cebola e alho tudo picado. Deixa ao lume até a cebola ficar translúcida. Junta uma colher de óleo (usei azeite) à mistura anterior. Junta o pão espremido e a carne com o presunto, o tomilho e salva. Mexe-se durante 5 minutos, tira-se do lume, liga-se-lhe o ovo e volta a calor brando, mexendo sempre até enxugar. Retifica-se de sal e tempera-se com pimenta-da-jamaica.

Nota: estas medidas foram para dois tomates, agora se na vossa casa tiverem que fazer mais é só multiplicarem os ingredientes,ok?


"Não ligo que me olhem da cabeça aos pés. Porque nunca farão minha cabeça e nunca chegarão aos meus pés"

[Bob Marley]

sexta-feira, outubro 12, 2012

BOLO DE FUBÁ E BANANAS


Um bolo muito simples de se fazer e com um sabor brutal. As texturas do bolo são três, o crocante na parte superior do bolo (o polvilhar o açúcar) a nuvem que é a textura (fofinho, que até dói...) e a base húmida que é as rodelas de banana que desceram. Mais um bolo que o meu provador oficial (filho) não pode dar a sua nota. Mas com certeza utilizaria o seu termo brutalíssimo. Vamos à receita.

Ingredientes:
-3 ovos
-3 xícaras (chá) de açúcar
-1 e 1/2 xícara de (chá) de fubá
-2 xícaras (chá) de farinha de trigo
-1 xícara (chá) de leite
-2 colheres de (sopa) de óleo
-1 colher (sopa) de fermento em pó

Bater as gemas com o óleo, o açúcar, o fubá e o leite. Aos poucos coloque a farinha de trigo e o fermento. Por último as claras em neve.
Unte a forma, despeje a massa, coloque fatias de banana por cima e salpique com açúcar. Levei ao forno pré-aquecido  a 180ºC.

Notas: além de untar, coloquei no fundo da forma uma rodela de papel vegetal, também untado. No meu forno levou 45 minutos, mas já sabem que difere de forno para forno. O teste do palito é infalível.

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"Amar é deixar aqueles que amamos serem eles mesmos e não tentar moldá-los segundo nossa própria imagem. Caso contrário, amaríamos apenas o reflexo de nós mesmos."

[Thomas Merton]

quarta-feira, outubro 10, 2012

FRANGO COM ERVILHAS


Adoro ervilhas. Mas a filha não. Já gostou, mas há uns anitos deixou de gostar. Vamos lá entender os filhos, só que eu, sou uma mãe que como digo, nasci para tal, nunca obriguei nenhum filho a comer o que não gostam, nem agora adultos nem em crianças. Mesmo quando eram pequenos e o pediatra dizia: têem que comer isto e aquilo, eu dizia: ok, Sr. Doutor, mas saia do consultório e obrigar: nunca, pois o mesmo nunca gostei que me fizessem. O meu filho gosta muito de ervilhas, mas como não se encontra em Portugal, faço só "comida de mulheres"(sorrisos) estou com uma "preguicite aguda" de cozinhar. Pois, a vontade de o fazer foi a acompanhar o filho. Mas neste dia apeteceu-me e resolvi fazer para mim só, que ficaram uma delicia. Vamos lá à receita.

Num tacho de barro, piquei uma cebola e dois dentes de alho, juntei um fio de azeite e um molho de salsa e coentros picados. Levei a lume brando só até a cebola ficar translúcida o que é rápido. Depois juntei 3 bons tomates maduros sem casca e cortados em cubinhos muito pequenos, mexi e deixei harmonizar os sabores. Juntei meio frango (este foi mesmo de aviário) cortado aos bocados e sempre em lume brando deixei, misturar os sabores temperei com um pouco de sal marinho 1 colher de (café) de açúcar (em causa a acidez do tomate) e reguei com 50 ml de vinho branco. Quando começou a ferver juntei 1/2 kg de ervilhas congeladas, e deixei cozinhar sempre em lume brado com o tacho tapado. Quando estava "quase", juntei meia morcela cortada às rodelas, temperei com pimenta-preta moída na altura e juntei mais um pouco de coentros picados. Envolvi muito bem e deixei só mais uns minutinho. Apaguei o lume e deixei os sabores se harmonizarem. Servi de seguida e deliciei-me.

Notas: como utilizei frango normal, não foi frango do campo como costumo utilizar. A cozedura do mesmo sabem que é "vapt-vupt" então eu juntei as ervilhas "quase" ao mesmo tempo do frango. Se for preciso juntar um pouco de água.


"Para conhecermos os amigos é necessário passar pelo sucesso e pela desgraça. No sucesso, verificamos a quantidade e, na desgraça, a qualidade."


[Confúcio]

sexta-feira, outubro 05, 2012

CAVALA EM ESCABECHE



Hoje começo com a citação de Óscar Wilde «Meu gosto é muito simples. Gosto do melhor de tudo.»

 Identifico-me na perfeição. Claro, que a leitura desta citação se for interpretada por pessoas "ocas", "vazias" de sentimentos, pensam logo em bens materiais...Para mim: simplesmente o melhor de tudo, é mesmo estes sabores que tenho de infância e que sei, que só eu fazendo os posso recordar de novo. Peixe de escabeche, para mim, é dos maiores manjares. Cavala, Sarda idem aspas...numa das minhas idas à MAKRO, onde ia com desejo de comprar raia, não havia, mas as cavalas estavam lá lindas de morrer, pois, elas já estavam mortinhas, morridas.😂 Mas, quando eu digo que estavam lindas, é porque eram fresquinhas e enormes (1,200kg) cada, trouxe 2 uma pensei logo em fazer este escabeche que já estava apetecer-me há muito. As saudades da minha mãe continua a doer, e os sabores que só ela me soube presentear ao longo da minha vida, estão em alta. Já não tenho os mimos da minha mãe, agora só em memória. Desde que o meu filho partiu, como eu disse: a vontade de cozinhar foi com ele. As saudades já dói e muito! Pois, as saudades dele também andam em alta. O Skype é uma maravilha, pois oiço a voz e vejo o meu filho, mas  tenho saudades dos abraços e cheiro do meu filho, mas voltando à receita que é o que vos interessa.

As cavalas vinham arranjadas  decapitei as sardas.😎 Uma cortei em fatias finas e temperei com bastante sal marinho. Ao fim de cinco horas sacudi o excesso de sal no papel de cozinha absorvi a humidade das postas. Passei as mesmas por farinha de milho fina e fritei em azeite com um dente de alho. (Serve para não queimar o azeite, a dica serve também, para quem utiliza óleo nas frituras). Depois das postas fritas reservei o peixe. Num tacho juntei uma cebola cortada em rodelas finas e três dentes de alhos laminados. Juntei azeite e sempre em lume brando deixei a cebola murchar até ficar translúcida, nessa altura juntei 20 ml de vinagre de vinho branco, e deixei harmonizar sabores e evaporar um pouco. Temperei com pimenta-preta moída na altura, juntei o peixe frito nessa cebolada e deixei até ao outro dia harmonizar sabores. Deliciei-me com uma batata cozida temperada com o próprio molho de escabeche.

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"Saudade é um sentimento que quando não cabe no coração, escorre pelos olhos."


[Bob Marley]

quinta-feira, outubro 04, 2012

PAVLOVA COM AMORAS


Tinha que fazer uma sobremesa. Pensa Isabel! Tinha retirado um tupperware com amoras da arca congeladora e colocado no frigorífico na véspera para descongelar as ditas, era para fazer um gelado. Ao abrir a arca congeladora, dei de cara com a caixa das claras congeladas, fez-se luz, lembrei-me logo de fazer uma pavlova de amoras. Uma sobremesa excelente para se aproveitar claras, que eu tenho sempre congeladas. Não tinha tempo para descongelar as claras. Mas como eu até faço a pavlova com o creme pasteleiro, aproveitei as claras para fazer a pavlova e segui logo para bingo (receita) que se faz muito rápido.
Primeiro fiz a cobertura das amoras: Num tacho coloquei 300 g de amoras com 2 colheres de (sopa) de açúcar e 1 colher de (sopa) de brandy. Levei a lume brando e deixei murchar as amoras, com um garfo esmaguei as mesmas. Reservei.

Pavlova:
Ingredientes:
-3 claras
-170 g de açúcar
-1 colher de (sobremesa) de vinagre
-1 colher de (sobremesa) de maisena

Bati as claras em castelo, quando batidas juntei metade do açúcar e voltei a bater até fazer picos. Juntei o resto do açúcar, farinha e o vinagre e envolvi muito bem com a vara de arames sem bater. Untei com manteiga um tabuleiro (daqueles de bolachas/biscoitos, sem laterais) e deitei o merengue no meio. Com uma colher de (sopa) fui espalhando até fazer um circulo. Levei ao forno a 150ºC, durante 1 hora. Ao fim desse tempo desliguei o forno e deixei o merengue arrefecer dentro do (forno).

Receita de creme pasteleiro:
Ingredientes:
-30 g de farinha
-100 g de açúcar
-1/4 l de leite
-3 gemas de ovo
-1 colher de (chá) de baunilha

Com o batedor de varas de arames ou (fovet) como agora tem a mania de chamar. Para mim como sempre chamei vara de arames é assim que vai continuar a ser. Bati as gemas com o açúcar até ficarem esbranquiçadas. Envolvi de seguida a farinha junto com a baunilha e depois o leite quente. Levei ao lume batendo sempre com a vara de arames até levantar fervura e "ops" um creme pasteleiro caseiro e simples de se fazer, ok, pelo menos para mim.

Montagem da pavlova:

Coloco a pavlova num prato. No meio coloco o creme pasteleiro. Cubro com o chantilly que fiz com 400 ml de natas e 2 colheres de (sopa) do meu açúcar baunilhado, depois deitei por cima o xarope que fiz com as amoras. Não tive a nota do meu provador oficial (filho), pois não se encontra em Portugal. Mas utilizando o seu termo: ficou brutalíssimo...


"Viva uma vida boa e honrada. Assim, quando você ficar mais velho e pensar no passado, poderá obter prazer uma segunda vez."


[Dalai Lama]

quarta-feira, outubro 03, 2012

AMORES DA CADELA «PURA» MIMINHOS #9



 A trocar mensagens no Facebook com a minha amiga Maria João da Ilha dos Açores, estávamos a falar sobre uma das nossas paixões, (livros), e o que tínhamos acabado de ler, e estávamos a começar. Onde a Maria João diz:-Isabel gostava muito que lesses um livro, pois sei que irias gostar. No privado pergunta-me: se eu lhe podia dar a morada! Claro, que não dou a minha morada como "quem dá aquela palha". Mas com a Maria João, já existe confiança e carinho entre ambas, não tive problema de dar. Ficamos por ali. Continuamos com as nossas trocas de mensagens. Na semana passada quando cheguei a casa tinha um embrulho há minha espera, li o nome, vi logo que vinha dos Açores, era dois livros e um postal com uma mensagem com muita ternura. Um é um livro de memórias da Marquesa Jácomo Correia uma mulher da "Alta Sociedade" Micaelense muito à frente do seu tempo que sempre viveu como quis e lhe apeteceu e que na altura, como se pode imaginar foi muito criticada. O outro livrinho é um pequeno dicionário de termos micaelenses que tem expressões e palavras "enigmáticas" usadas na ilha. O dicionário sentimental é um livro que já me fez rir com gosto, têm termos que é uma delicia.
Vou deixar uma palavra que utilizam para ambos os sexos, mas com significado diferente. Arrematada:-Uma dona de casa limpa e prendada. O contrário será desarrematada.

No género masculino, desarrematada é alguém que tem mau génio e que inesperadamente inicia uma briga, elevando a voz e fazendo ameaças. Em ambos os casos, ser desarrematado é a desgraça de uma família, pois dispensa-se os homens e as mulheres desarrematadas.

O livro Amores da Cadela «Pura» de Margarida Victória, estou a adorar. Maria João! Simplesmente um muito obrigada.

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"Para conseguir a amizade de uma pessoa digna é preciso desenvolvermos em nós mesmos as qualidades que naquela admiramos."


[Sócrates]

segunda-feira, outubro 01, 2012

DOCE DE TOMATE E UVA DA AVÓ RORÓ [MIMINHOS DA ROSARINHO]#8




Mais um miminho que chegou a minha casa. Desta vez foi a minha amiga Rosarinho que me presenteou. Estivemos no Facebook nesse fim-de-semana, e ela disse-me que estava a fazer este doce. Eu curiosa, pois doce de tomate gosto muito, apesar de nunca ter feito, pois na minha lembrança de criança e de sempre tenho o sabor e o cheiro que perfumava a casa dos meus saudosos pais, quando era o tempo do tomate e a minha mãe fazia o doce. Mas com uvas nunca tinha provado, pedi à Rosarinho se fazia o favor de enviar a receita. Ok, ela respondeu-me mas a receita não escreveu. Mas pensei: está com os príncipes (netos) logo que tenha tempo, concerteza envia. Fiquei há espera da (receita) e qual não é o meu espanto, quando na sexta feira seguinte vou ao correio e tinha lá um registo dos correios de uma encomenda. Os carteiros agora, andam todos de moto ou carro, pelo menos na minha zona de residência, mas mesmo assim, não têm tempo para fazer o seu trabalho como deve ser. No papel dizia o meu nome (Isabel) "mal e porcamente", Marias há muitas na terra, por acaso até sou uma delas. (Sorrisos) e no remetente só dizia Oeiras, e a tal cruzinha onde diz não atendeu, grande mentiroso, nem tocou. Ok, fiquei "à nora", pois de Oeiras o que me veio à memória foi o Museu do Automóvel Antigo. Mas, tive que esperar, e lá fui aos correios. Surpresa, quando leio o nome do remetente e vejo que é da minha amiga Rosarinho. Pensei logo, o que foi que a malandreca enviou. Chego a casa e fiquei sensibilizada pois vinha um frasco do doce que tinha feito nesse fim-de-semana, além que também vinha acompanhar um outro doce de tanjerinas que a Rosarinho tinha passado a receita com fotos e tudo. Obrigada amiga, utilizando o termo do meu filho: estão brutalissimos...

Doce de Tomate e Uva da Avó Roró

-2,5 kgs de tomate (tipo chucha)
-1 kg de uvas (D.Maria)
-2,5 kgs de açúcar
-1 casca de limão
-1 pau de canela

Num alguidar escaldam-se os tomates com agua a ferver e deixa-se +- 15 minutos.
entretanto preparam-se as uvas, abrem-se ao meio e retiram-se as grainha e colocam-se no tacho (de preferência de alumínio)onde se irá fazer o doce.

Pelam-se os tomates retiram-se as sementes e vai-se colocando a polpa a escorrer num passador, para retirar o excesso de agua. Junta-se a polpa às uvas já colocadas no tacho, deita-se o açúcar, o pau de canela e a casca de limão e leva-se ao lume (médio) mexendo de 15 em quinze minutos até atingir o ponto de estrada que se atinge, no mínimo, depois de uma hora cozedura.

Para saber se de facto está no ponto vai-se colocando pequenas porções num pires e risca-se com a colher de pau, se fizer estrada é sinal que está bom.

Este doce é simples, mas é um pouco trabalhoso tanto na preparação como na cozedura, pois requer muita paciência, control de cozedura e quase no final, para ficar ficar mais encorpado, com ajuda de uma escumadeira e um garfo vai-se esborrachando os pedaços de tomate que possam estar grandes, para tornar o doce com uma consistência mais homogenia.

Nota: Estas recomendações podem parecer minuciosas, mas para se atingirem bons resultados tem que se ter em conta os ensinamentos das nossas queridas Avózinhas.

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"A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos."

[Charles Chaplin]

sexta-feira, setembro 28, 2012

BOLINHAS DE AZEITONAS




 Esta receita é do meu livro de 👉Pantagruel. Quem me segue, sabe que ando a dar uma atenção especial a este livro. Esteve no canto muitos anos agora ando numa de pesquisar e fazer receitas do mesmo. Desta vez foi uns aperitivos, que simplesmente achei fantásticos. Como penso fazer outras receitas de aperitivos vou deixar aqui uma nota, o que a  Maria Manuela Limpo Caetano, acha dos mesmos...

Aperitivos:
Notas Prévias: É sempre arbitrária qualquer lista de aperitivos e a que se segue não foge à regra...Arbitrária e reduzida, porquanto nem talvez as páginas todas deste livro chegassem para registar o que a fantasia humana tem vindo a criar neste domínio. Como não se trata de «comida» no sentido comum do termo, mas de «taste teasers», espevitadores do paladar, devem os aperitivos ser pequeninos e- insidiosamente, sorrateiramente, pecaminosamente...-puxar para as bandas do sal, da pimenta e do picante. Nos casos em que a urgência não dá tempo para despender com muitas preparações culinárias, uma volta por um supermercado ou por uma boa mercearia é a resposta, pois existem actualmente à venda não só inúmeros aperitivos já prontos como variadíssimas conservas aptas a, num ápice, se transformarem em deliciosos petisquinhos. Os «nossos» aperitivos, os feitos por «nós» e que não se encontram à venda, dão porém uma nota de classe, de interesse e de aconchego caseiro, que os fabricantes industrialmente nunca conseguem igualar.




Ingredientes:
-250 g de farinha de trigo
-60 g de margarina (usei manteiga)
-5 g de sal
-1 colher de (chá) de fermento em pó
-leite q.b. (usei 2 colheres de sopa de leite até a massas ficar com a textura ideal)
-azeitonas verdes q.b. (usei pretas)


Peneira-se a farinha com o sal e o fermento para uma tigela, põe-se em cima a margarina (usei manteiga), desmancha-se com o calor dos dedos e vai-se amassando, juntando leite aos poucos até obter uma massa bem ligada que se trabalha sobre a pedra da bancada. Deixa-se descansar 15 minutos. Descaroçam-se azeitonas com o descaroçador próprio e cortam-se ao meio. Tende-se a massa em bolinhas do tamanho de nozes e mete-se dentro de cada uma metade de uma azeitona. Dispõem-se no tabuleiro do forno levemente untado com margarina (usei papel vegetal) e cozem-se em forno quente.


quarta-feira, setembro 26, 2012

GELADOS RECORDANDO [III]

      (Imagem retirada na Internet)

Continuando no recordando, continuo com os gelados, que quem me segue sabe que sou "surtada" por este pecado durante todo o ano. Gelados para mim não têem estação. Todos os dias do ano são perfeitos para comer...

GELADO DE CAJÚ COM WHISKY.

GELADO DE ANONA.

GELADO DE DIÓSPIRO.

GELADO DE LEITE CONDENSADO COZIDO E AVELÃS.

GELADO DE CHOCOLATE DE LEITE.

GELADO DE PAPAIA.

GELADO DE PÊRAS COM AVELÃS.

GELADO DE PRALINÉ.

GELADO DE MENTA [50º POSTAGEM]

GELADO DE CARAMELO.

GELADO DE TANGERA.

GELADO DE GOIABA.

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"Nostalgia: a capacidade de recordar os preços de ontem, esquecendo os salários de hoje."

[L.A.T.Syndicate]

Notas: a escolher a citação para hoje, escolhi esta, que é mesmo a propósito, do que se está a passar. Mas, como sou uma mulher que acredito no meu País, sei que vamos conseguir sair desta. Fé e Esperança é a ultima a morrer...não vou falar de politica, pois não o sou aliás sou a partidária. Pois acho, acho não, tenho a certeza, é tudo igual. Já no tempo da minha avó a ouvia dizer, «os tachos são todas iguais o que muda são as colheres.»

segunda-feira, setembro 24, 2012

PURÉ AJARDINADO


  

Continuando com a minha consulta, no meu livro de Pantagruel. Achei interessante este puré. Não me arrependi, pois é fantástico e simples.

Ingredientes:
-1/2 l de grão
-1 cebola média
-1 chávena de ervilhas
-1 cenoura (usei 2)
-azeite
-1 cubo de caldo de galinha (não usei)
-2  colheres de (sopa) de leite
-água e sal (marinho) q.b.



Coze-se o grão depois de ter estado de molho desde a véspera à noite. Coze-se a cebola no azeite, mexendo constantemente e, antes de começar a querer fritar, junta-se o grão e a água em que cozeu. Passa-se pelo passe-vite (usei a varinha mágica). Leva-se ao lume, adicionam-se o cubo de caldo, (não usei), as ervilhas e as cenouras cortadas em juliana, junta-se mais água se for necessário (utilizei caldo de frango). Deixa-se cozer os legumes. Junta-se o leite e tempera-se com sal, mas ter atenção ao sal do caldo de cubo ok (quem usar)?

Nota: caldos em cubos quem me segue sabe que sou anti caldos. Mete-me um pouco de confusão o que é que aquilo saberá, ok, tudo ao mesmo. Mas quem usa está à vontade ok? Agora o que utilizei foi a água de cozer um frango com chouriço na véspera, que foi para fazer um empadão, mas a água reservei, onde congelei o resto, pois serve para risottos.

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"Se vives de acordo com as leis da natureza, nunca serás pobre; se vives de acordo com as opiniões alheias, nunca serás rico."

[Sêneca]

sexta-feira, setembro 21, 2012

BOLO DA SENHORA DONA






Como já disse 
aqui! Ando pela primeira vez a dar o devido valor a esta relíquia que já mora comigo há uns anitos. Tinha feito o doce de chila (gila) ou como quiserem chamar. Está correto das duas maneiras. Como sabem é um doce que nunca falta na minha casa, como já tenho dito! Quando o doce está quase acabar, há umas abóboras gilas a chegar, e nunca são poucas. Tenho aqui a receita com açúcar branco e com açúcar amarelo, que depois de experimentar, é sempre como faço, prefiro. Resolvi escolher um bolo para "estrear" o doce que tinha feito na véspera. Vamos à receita:


Ingredientes:
-250 g de açúcar (usei 150 g)
-200 g de coco ralado
-200 g de doce chila (gila) (usei 300 g)
-6 ovos

Bati o açúcar com os ovos até ficar cremoso. Juntei o coco e depois o doce, batendo sempre muito bem. Deitei na forma untada de manteiga e polvilhada com pão ralado. Levei ao forno a 180ºC, até corar por cima, nessa altura cobri o bolo com uma folha de papel de alumínio e baixei o forno para 160ºC, até terminar a cozedura do bolo. Aqui, não vou dizer que o palito sabe, pois o bolo fica com uma textura húmida fantástica, então se usarem o palito, para ver se o bolo está cozido, sai sempre húmido. No meu forno levou 1 hora e 10 minutos, já sabem cada qual sabe do seu forno. O aroma que perfumou a casa, é mesmo de outra dimensão, o sabor apesar de não ter o meu filho para dar a sua nota, a mãe (eu) atrevo-me a utilizar o seu termo: brutalíssimo, pois sei que o irá utilizar quando me visitar ou eu o visitar e fizer o bolo.

Nota: o nome do bolo até é engraçado. Mas não sei, o porquê do dito!?!?

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" - Ser feliz é o maior afrodisíaco que existe. Você só passa por esta vida uma vez . Não vai ter bis."

[Elvis Presley]