segunda-feira, outubro 01, 2012

DOCE DE TOMATE E UVA DA AVÓ RORÓ [MIMINHOS DA ROSARINHO]#8




Mais um miminho que chegou a minha casa. Desta vez foi a minha amiga Rosarinho que me presenteou. Estivemos no Facebook nesse fim-de-semana, e ela disse-me que estava a fazer este doce. Eu curiosa, pois doce de tomate gosto muito, apesar de nunca ter feito, pois na minha lembrança de criança e de sempre tenho o sabor e o cheiro que perfumava a casa dos meus saudosos pais, quando era o tempo do tomate e a minha mãe fazia o doce. Mas com uvas nunca tinha provado, pedi à Rosarinho se fazia o favor de enviar a receita. Ok, ela respondeu-me mas a receita não escreveu. Mas pensei: está com os príncipes (netos) logo que tenha tempo, concerteza envia. Fiquei há espera da (receita) e qual não é o meu espanto, quando na sexta feira seguinte vou ao correio e tinha lá um registo dos correios de uma encomenda. Os carteiros agora, andam todos de moto ou carro, pelo menos na minha zona de residência, mas mesmo assim, não têm tempo para fazer o seu trabalho como deve ser. No papel dizia o meu nome (Isabel) "mal e porcamente", Marias há muitas na terra, por acaso até sou uma delas. (Sorrisos) e no remetente só dizia Oeiras, e a tal cruzinha onde diz não atendeu, grande mentiroso, nem tocou. Ok, fiquei "à nora", pois de Oeiras o que me veio à memória foi o Museu do Automóvel Antigo. Mas, tive que esperar, e lá fui aos correios. Surpresa, quando leio o nome do remetente e vejo que é da minha amiga Rosarinho. Pensei logo, o que foi que a malandreca enviou. Chego a casa e fiquei sensibilizada pois vinha um frasco do doce que tinha feito nesse fim-de-semana, além que também vinha acompanhar um outro doce de tanjerinas que a Rosarinho tinha passado a receita com fotos e tudo. Obrigada amiga, utilizando o termo do meu filho: estão brutalissimos...

Doce de Tomate e Uva da Avó Roró

-2,5 kgs de tomate (tipo chucha)
-1 kg de uvas (D.Maria)
-2,5 kgs de açúcar
-1 casca de limão
-1 pau de canela

Num alguidar escaldam-se os tomates com agua a ferver e deixa-se +- 15 minutos.
entretanto preparam-se as uvas, abrem-se ao meio e retiram-se as grainha e colocam-se no tacho (de preferência de alumínio)onde se irá fazer o doce.

Pelam-se os tomates retiram-se as sementes e vai-se colocando a polpa a escorrer num passador, para retirar o excesso de agua. Junta-se a polpa às uvas já colocadas no tacho, deita-se o açúcar, o pau de canela e a casca de limão e leva-se ao lume (médio) mexendo de 15 em quinze minutos até atingir o ponto de estrada que se atinge, no mínimo, depois de uma hora cozedura.

Para saber se de facto está no ponto vai-se colocando pequenas porções num pires e risca-se com a colher de pau, se fizer estrada é sinal que está bom.

Este doce é simples, mas é um pouco trabalhoso tanto na preparação como na cozedura, pois requer muita paciência, control de cozedura e quase no final, para ficar ficar mais encorpado, com ajuda de uma escumadeira e um garfo vai-se esborrachando os pedaços de tomate que possam estar grandes, para tornar o doce com uma consistência mais homogenia.

Nota: Estas recomendações podem parecer minuciosas, mas para se atingirem bons resultados tem que se ter em conta os ensinamentos das nossas queridas Avózinhas.

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"A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos."

[Charles Chaplin]

sexta-feira, setembro 28, 2012

BOLINHAS DE AZEITONAS




 Esta receita é do meu livro de 👉Pantagruel. Quem me segue, sabe que ando a dar uma atenção especial a este livro. Esteve no canto muitos anos agora ando numa de pesquisar e fazer receitas do mesmo. Desta vez foi uns aperitivos, que simplesmente achei fantásticos. Como penso fazer outras receitas de aperitivos vou deixar aqui uma nota, o que a  Maria Manuela Limpo Caetano, acha dos mesmos...

Aperitivos:
Notas Prévias: É sempre arbitrária qualquer lista de aperitivos e a que se segue não foge à regra...Arbitrária e reduzida, porquanto nem talvez as páginas todas deste livro chegassem para registar o que a fantasia humana tem vindo a criar neste domínio. Como não se trata de «comida» no sentido comum do termo, mas de «taste teasers», espevitadores do paladar, devem os aperitivos ser pequeninos e- insidiosamente, sorrateiramente, pecaminosamente...-puxar para as bandas do sal, da pimenta e do picante. Nos casos em que a urgência não dá tempo para despender com muitas preparações culinárias, uma volta por um supermercado ou por uma boa mercearia é a resposta, pois existem actualmente à venda não só inúmeros aperitivos já prontos como variadíssimas conservas aptas a, num ápice, se transformarem em deliciosos petisquinhos. Os «nossos» aperitivos, os feitos por «nós» e que não se encontram à venda, dão porém uma nota de classe, de interesse e de aconchego caseiro, que os fabricantes industrialmente nunca conseguem igualar.




Ingredientes:
-250 g de farinha de trigo
-60 g de margarina (usei manteiga)
-5 g de sal
-1 colher de (chá) de fermento em pó
-leite q.b. (usei 2 colheres de sopa de leite até a massas ficar com a textura ideal)
-azeitonas verdes q.b. (usei pretas)


Peneira-se a farinha com o sal e o fermento para uma tigela, põe-se em cima a margarina (usei manteiga), desmancha-se com o calor dos dedos e vai-se amassando, juntando leite aos poucos até obter uma massa bem ligada que se trabalha sobre a pedra da bancada. Deixa-se descansar 15 minutos. Descaroçam-se azeitonas com o descaroçador próprio e cortam-se ao meio. Tende-se a massa em bolinhas do tamanho de nozes e mete-se dentro de cada uma metade de uma azeitona. Dispõem-se no tabuleiro do forno levemente untado com margarina (usei papel vegetal) e cozem-se em forno quente.


quarta-feira, setembro 26, 2012

GELADOS RECORDANDO [III]

      (Imagem retirada na Internet)

Continuando no recordando, continuo com os gelados, que quem me segue sabe que sou "surtada" por este pecado durante todo o ano. Gelados para mim não têem estação. Todos os dias do ano são perfeitos para comer...

GELADO DE CAJÚ COM WHISKY.

GELADO DE ANONA.

GELADO DE DIÓSPIRO.

GELADO DE LEITE CONDENSADO COZIDO E AVELÃS.

GELADO DE CHOCOLATE DE LEITE.

GELADO DE PAPAIA.

GELADO DE PÊRAS COM AVELÃS.

GELADO DE PRALINÉ.

GELADO DE MENTA [50º POSTAGEM]

GELADO DE CARAMELO.

GELADO DE TANGERA.

GELADO DE GOIABA.

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"Nostalgia: a capacidade de recordar os preços de ontem, esquecendo os salários de hoje."

[L.A.T.Syndicate]

Notas: a escolher a citação para hoje, escolhi esta, que é mesmo a propósito, do que se está a passar. Mas, como sou uma mulher que acredito no meu País, sei que vamos conseguir sair desta. Fé e Esperança é a ultima a morrer...não vou falar de politica, pois não o sou aliás sou a partidária. Pois acho, acho não, tenho a certeza, é tudo igual. Já no tempo da minha avó a ouvia dizer, «os tachos são todas iguais o que muda são as colheres.»

segunda-feira, setembro 24, 2012

PURÉ AJARDINADO


  

Continuando com a minha consulta, no meu livro de Pantagruel. Achei interessante este puré. Não me arrependi, pois é fantástico e simples.

Ingredientes:
-1/2 l de grão
-1 cebola média
-1 chávena de ervilhas
-1 cenoura (usei 2)
-azeite
-1 cubo de caldo de galinha (não usei)
-2  colheres de (sopa) de leite
-água e sal (marinho) q.b.



Coze-se o grão depois de ter estado de molho desde a véspera à noite. Coze-se a cebola no azeite, mexendo constantemente e, antes de começar a querer fritar, junta-se o grão e a água em que cozeu. Passa-se pelo passe-vite (usei a varinha mágica). Leva-se ao lume, adicionam-se o cubo de caldo, (não usei), as ervilhas e as cenouras cortadas em juliana, junta-se mais água se for necessário (utilizei caldo de frango). Deixa-se cozer os legumes. Junta-se o leite e tempera-se com sal, mas ter atenção ao sal do caldo de cubo ok (quem usar)?

Nota: caldos em cubos quem me segue sabe que sou anti caldos. Mete-me um pouco de confusão o que é que aquilo saberá, ok, tudo ao mesmo. Mas quem usa está à vontade ok? Agora o que utilizei foi a água de cozer um frango com chouriço na véspera, que foi para fazer um empadão, mas a água reservei, onde congelei o resto, pois serve para risottos.

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"Se vives de acordo com as leis da natureza, nunca serás pobre; se vives de acordo com as opiniões alheias, nunca serás rico."

[Sêneca]

sexta-feira, setembro 21, 2012

BOLO DA SENHORA DONA






Como já disse 
aqui! Ando pela primeira vez a dar o devido valor a esta relíquia que já mora comigo há uns anitos. Tinha feito o doce de chila (gila) ou como quiserem chamar. Está correto das duas maneiras. Como sabem é um doce que nunca falta na minha casa, como já tenho dito! Quando o doce está quase acabar, há umas abóboras gilas a chegar, e nunca são poucas. Tenho aqui a receita com açúcar branco e com açúcar amarelo, que depois de experimentar, é sempre como faço, prefiro. Resolvi escolher um bolo para "estrear" o doce que tinha feito na véspera. Vamos à receita:


Ingredientes:
-250 g de açúcar (usei 150 g)
-200 g de coco ralado
-200 g de doce chila (gila) (usei 300 g)
-6 ovos

Bati o açúcar com os ovos até ficar cremoso. Juntei o coco e depois o doce, batendo sempre muito bem. Deitei na forma untada de manteiga e polvilhada com pão ralado. Levei ao forno a 180ºC, até corar por cima, nessa altura cobri o bolo com uma folha de papel de alumínio e baixei o forno para 160ºC, até terminar a cozedura do bolo. Aqui, não vou dizer que o palito sabe, pois o bolo fica com uma textura húmida fantástica, então se usarem o palito, para ver se o bolo está cozido, sai sempre húmido. No meu forno levou 1 hora e 10 minutos, já sabem cada qual sabe do seu forno. O aroma que perfumou a casa, é mesmo de outra dimensão, o sabor apesar de não ter o meu filho para dar a sua nota, a mãe (eu) atrevo-me a utilizar o seu termo: brutalíssimo, pois sei que o irá utilizar quando me visitar ou eu o visitar e fizer o bolo.

Nota: o nome do bolo até é engraçado. Mas não sei, o porquê do dito!?!?

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" - Ser feliz é o maior afrodisíaco que existe. Você só passa por esta vida uma vez . Não vai ter bis."

[Elvis Presley]

quarta-feira, setembro 19, 2012

PORCO COM ALECRIM NO FORNO

Tinha uma perna de porco, que para mim é uma das partes mais saborosas do bichinho. Tinha aquela pele grossa que eu depois de aprender nunca mais tirei, deixo assar com a dita que dá um sabor fantástico. Depois claro, que não comemos essa gordura, Então resolvi fazer uma pasta e besuntar a perna. Fiz assim: esmurrei 3 dentes de alho com pele, numa tigela coloquei 1 colher de (sopa) de massa de pimentão, juntei os alhos esfarelei 3 pernadas de alecrim (previamente lavado), e pimenta preta moída na altura, umas pedrinhas de sal marinho e 3 colheres de sopa de azeite. Misturei tudo muito bem e besuntei o bichinho, reservei 3 horas no tabuleiro de barro. Ao fim desse tempo borrifei com vinho branco e foi ao forno previamente aquecido a 150ºC, durante 1 hora, ao fim desse tempo juntei umas batatas descascadas e aumentei o lume para 200º C, foi o tempo de assar as batatas. Ao longo da cozedura fui sempre virando a perna para a tal gordura da dita ficar estaladiço e deitar os seus sucos. Servi com uma salada de tomate.

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O contrário do Amor"

O contrário de bonito é feio, de rico é pobre, de preto é branco, isso se aprende antes de entrar na escola. Se você fizer uma enquete entre as crianças, ouvirá também que o contrário do amor é o ódio. Elas estão erradas. Faça uma enquete entre adultos e descubra a resposta certa: o contrário do amor não é o ódio, é a indiferença.

O que seria preferível, que a pessoa que você ama passasse a lhe odiar, ou que lhe fosse totalmente indiferente? Que perdesse o sono imaginando maneiras de fazer você se dar mal ou que dormisse feito um anjo a noite inteira, esquecido por completo da sua existência? O ódio é também uma maneira de se estar com alguém. Já a indiferença não aceita declarações ou reclamações: seu nome não consta mais do cadastro.

Para odiar alguém, precisamos reconhecer que esse alguém existe e que nos provoca sensações, por piores que sejam. Para odiar alguém, precisamos de um coração, ainda que frio, e raciocínio, ainda que doente. Para odiar alguém gastamos energia, neurónios e tempo. Odiar nos dá fios brancos no cabelo, rugas pela face e angústia no peito. Para odiar, necessitamos do objecto do ódio, necessitamos dele nem que seja para dedicar-lhe nosso rancor, nossa ira, nossa pouca sabedoria para entendê-lo e pouco humor para aturá-lo.

O ódio, se tivesse uma cor, seria vermelho, tal qual a cor do amor. Já para sermos indiferentes a alguém, precisamos do quê? De coisa alguma. A pessoa em questão pode saltar de bung-jump, assistir aula de fraque, ganhar um Óscar ou uma prisão perpétua, estamos nem aí. Não julgamos seus actos, não observamos seus modos, não testemunhamos sua existência. Ela não nos exige olhos, boca, coração, cérebro: nosso corpo ignora sua presença, e muito menos se dá conta de sua ausência. Não temos o número do telefone das pessoas para quem não ligamos.

A indiferença, se tivesse uma cor, seria cor da água, cor do ar, cor de nada. Uma criança nunca experimentou essa sensação: ou ela é muito amada, ou criticada pelo que apronta. Uma criança está sempre em uma das pontas da gangorra, adoração ou queixas, mas nunca é ignorada. Só bem mais tarde, quando necessitar de uma atenção que não seja materna ou paterna, é que descobrirá que o amor e o ódio habitam o mesmo universo, enquanto que a indiferença é um exílio no deserto.

[Martha Medeiros]

P.S. Como concordo com a Martha. Quem me conhece, nunca ouviu da minha boca a palavra "ódio" eu quando me desinteresso por alguém, ou por algo, coloco no seu devido sítio: canto, que sinto que é o lugar indicado. Para mim, é onde está tudo, o que não me interessa de todo. Se são pessoas desejo sempre a triplicar o que me desejam a mim. Não, não sou má, sou realista, nunca desejei mal a ninguém, mesmo que me tenham feito muito mal, mas nem todas as pessoas são iguais. Daí se me desejarem bem, terão a triplicar o bem. Mas também se for o inverso, ui, aí é a triplicar também...(sorrisos). Sou Católica, mas uma (Católica) um pouco esquisita, pois acredito em Deus, acredito em "algo", adoro, mas (adoro) mesmo conhecer e entrar em igrejas, capelas, mas sem padres, são pessoas comuns que pecam como qualquer mortal, então não me "lixem" estarem a pregar o moral para os outros, dá-me náuseas...Deus disse: perdoem o próximo, dêem a outra face. Ok, há muito que deixei de dar a outra face, deixei esse "estatuto de parva"lá para trás no tempo. Perdoar, perdoo, mas também deve ser da boca para fora concerteza, pois se deixo no tempo...bem, não pensem que estou a pregar a moral, não, mas a ler hoje a mensagem que escolhi, gosto de interiorizar o que leio, dai a minha análise,ok? Mas cada qual faz a sua e respeito, assim como gostaria que respeitassem a minha. o respeito é muito bonito e nunca ficou mal a ninguém. (Espero não receber mails luminosos...)

segunda-feira, setembro 17, 2012

BOLOS RECORDANDO [III]

     (Imagem retirada na Internet)

Estamos numa de recordar, e continuamos com os bolos. Quando eu estou recordando, é bom sinal. Só pode ser porque ficou guardado no meu coração.

BOLO DE REQUEIJÃO.

BOLO DE FUBÁ.

BOLO DE AMÊNDOA.

BOLO FLOR DO CAMPO.

CELESTE OU CELESTES DE SANTARÉM.

BOLO DE NOZES.

BOLO DE FUBÁ CREMOSO Nº2

BOLO LUA.

BOLO DE NOZ (O MEU ANIVERSÁRIO).

BOLO DE COCO.

BOLO HÚMIDO DE LIMÃO DA MINHA AVÓ.

FRESH CAKE COM FROSTING DE LIMÃO.

BOLO DE CENOURA COM COBERTURA DE LIMA E MASCARPONE BASTANTE AGRADÁVEL.



BOLO DE AMÊNDOA (MAIS UM).

BOLO DE AMÊNDOA [FUZETA]


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"Saudade é não saber. Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche."

[Martha Medeiros]

P.S. Grande verdade, que saudades tenho eu do meu filho. De ouvi-lo a chamar-me do abraço sempre que chegava, nem que entrasse 10 vezes em casa eu era sempre presenteada com um abraço e beijo. Saudades do cheiro do meu filho. Quem é mãe sabe perfeitamente do que falo. Tenho saudades...AMO-TE.

sábado, setembro 15, 2012

LICOR DE ALFARROBA [2º PARTE E FINAL]


Aqui disse: que passado 6 meses "Se Deus Quisesse" vinha postar o final do licor de alfarroba. Claro, que Ele quis/quer sempre, quem se atrasou fui eu...(sorrisos) é verdade em vez de 6 vim ao fim de 12 meses. O licor tinha que estar em infusão os tais 6 meses no escurinho e ser abanado diariamente, mas a Isabel não se esqueceu dele, o abanar diariamente sou sincera, não abano, abano sim quando me lembro. "Quem confessa a verdade, não merece castigo", foi sempre o que ouvi a minha avó dizer. Então estou perdoada. O "tempo" a falar com alguém que percebe de licores, (eu não percebo nada) disse-me: que o tempo marcado é sempre o mínimo, quanto mais tempo estiver em infusão mais qualidade dá ao mesmo. Ora bem, como eu sou uma mulher muito bem mandada (só às vezes) resolvi desta vez, seguir essa dica, (prolongar o tempo de infusão). Este licor a maneira de fazer é diferente. Na postagem anterior disse como se fazia, agora foi só coar o licor, com um funil de algodão, para dentro da garrafa. E fazer a sessão fotográfica.
 
Nota: agora a nota final, vão ter que esperar mais um tempinho, pelo meu provador oficial (filho), pois ele não se encontra no País, quando o meu filho chegar e provar o dito logo virei colocar uma nota aqui ok?

Nota: 27 de Janeiro de 2013, como disse anteriormente, logo que o meu filho provasse este licor eu viria dizer qual a sua nota. Bem, quando provou disse:-Ui, ui, mãe, está brutal, continua...


"Não deixe de fazer algo que gosta devido à falta de tempo; a única falta que terá, será desse tempo que infelizmente não voltará jamais."

[Mario Quintana]


quarta-feira, setembro 12, 2012

BRIGADEIRO DE COLHER



Numa das minhas visitas, pela loja CASA encontrei estes copinhos, que logo se deu uma luz. Lembrei-me da receita que já queria fazer há um tempinho, mas por falta dos copos ainda não tinha feito. Mas a um preço delicioso 28 cêntimos cada. Achei um mimo os copinhos e o seu preço atirou-me para as nuvens. Tenho muita loiça, mas desde que tenho o blog é outra perdição, gosto de variar. Mas claro, a este preço, nem fiquei com aquele sentimento de culpa. Vamos à receita.

Ingredientes:
-lata de leite condensado
-4 colheres de (sopa) de chocolate em pó
-1 colher (sopa) de manteiga sem sal
-1 lata de creme de leite (200 ml de natas)


Coloquei todos os ingredientes no tacho excepto o creme de leite (natas), e misturei muito bem. Levei ao lume sempre em lume brando aproximadamente 10 minutos ou até que se solte do fundo do tacho. Retirei do lume e juntei o creme de leite (natas). Envolvi bem e deixei arrefecer. Distribui pelos copinhos. Agora o comentário da minha filha: mãe, está divinal....



"Quem tem luz própria sempre incomoda quem está no escuro."

[Luka Reis]


segunda-feira, setembro 10, 2012

LASANHA DE CARNE E ESPINAFRES





Estava naqueles dias sem inspiração. Também tenho desses dias...resolvi fazer uma lasanha. Vamos à receita: o meu filho ainda se encontrava em Portugal, por isso ainda ouvi o seu comentário: brutalíssimo...

Ingredientes:
-300 g de carne de porco
-300 g de carne de peru
-1 cebola
-1 dente de alho
-1 colher de (sopa) de oregãos
-4 tomates maduros pelados e cortados aos cubos
-1 colher de (café) de açúcar
-1 pouco de vinho branco
-azeite
-sal marinho
-pimenta-preta moída na altura
-queijo mozarella
-massa de lasanha (eu só uso da marca pré-cozinhada Divella)
Cozi os espinafres com sal marinho. Depois de cozidos (o que é rápido) ecoei e reservei.
Num tacho coloquei a cebola picada e o alho picado. Juntei o azeite e deixei até a cebola ficar translúcida. Juntei os tomates e deixo em lume sempre brando o próprio largar os próprios sucos. Junto a carne e envolvo bem. Junto o açúcar e oregãos, envolvo e rego com o vinho. Tapo o tacho e sempre em lume brando deixo cozinhar a carne.

Montagem da lasanha:
Num tabuleiro: coloco uma camada de molho béchamel, depois as placas de massa (previamente demolhadas em água quente), coloco uma camada da mistura de carne, outra de espinafres e de molho béchamel. Volto de novo a colocar massa, carne, espinafres, molho béchamel e a massa. Depois cubro com molho béchamel e polvilhei com queijo Mozarella e levei ao forno pré-aquecido a 180ºC, até gratinar.

Molho Béchamel:
-manteiga
-farinha
-leite
-sal marinho
-pimenta-preta moída na hora
-noz-moscada moída na hora
Coloco a manteiga num tacho que levo ao lume a derreter, junto a farinha e mexo enérgicamente, quando bem misturado vou juntando o leite e mexendo sempre com a vara de arames, e vou juntando sempre o leite aos poucos até ter a textura que gosto. Tempero com sal, pimenta e noz-moscada, envolvo muito bem. Não coloquei medidas, mas eu utilizo uma colher (sopa) de farinha para cada uma de manteiga, o leite é ao gosto de cada, mais grosso ou mais liquido.

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"Eu não deixo ninguém para trás, algumas pessoas é que me perdem um pouco a cada dia e nem percebem...!"

[Clarice Lispector]

sexta-feira, setembro 07, 2012

BOLO DE MANGA COM SEMENTES DE PAPOILA



 Como disse anteriormente desde que o filho partiu a vontade de cozinhar foi com ele. Mas, como a filha não tem culpa nenhuma de ter um irmão, que é  um homem do mundo, a mãe (eu) resolveu fazer um bolo de manga, fruta que a filha adora, eu não! Para adoçar o palato e o dia, e deixar aquele cheiro na casa, que até dói como eu muito bem digo. A filha quando lhe chegou o cheiro disse logo: hummm mãe que delicia de cheiro. Depois de provar o bolo disse igualmente que delícia... vamos à receita.

Ingredientes:
-5 ovos
-150 g de manteiga sem sal amolecida
-220 g de açúcar branco
-3 colheres de (sopa) de sementes de papoila
-250 ml de polpa de manga
-200 g de farinha
-1 colher de (sobremesa) de fermento em pó

Bati a manteiga com o açúcar com a batedeira. Quando a mistura estava esbranquiçado fui juntando os ovos um a um e batendo sempre entre cada adição. Juntei a polpa da manga e sementes de papoila, sempre a bater com a batedeira. No fim juntei a farinha peneirada com o fermento e envolvi muito bem com uma vara de arames. Deitei a mistura numa forma untada e enfarinhada, Levei a forno pré-aquecido a 180º C, até estar cozido. No meu forno levou 40 minutos, já sabem o teste do palito ok?

Notas: a textura do bolo fica húmida e o crocante das sementes com o sabor da manga, fica um bolo delicioso.


"O que aprendi, resume-se a três ou quatro palavras: o dia em que alguém nos ama, faz muito bom tempo, não posso dizer melhor, faz muito bom tempo!"

quarta-feira, setembro 05, 2012

PÃO RÁPIDO DE SEMENTES E IOGURTE


Esta receita retirei do: "O MEU ESTAMINÉ" um blog que gosto de visitar, além que nutro um carinho muito especial pela "nossa" Bombom (Fátima). A minha ligação com a máquininha de fazer pão, é um bocado complicada, não gosto mesmo. Sou uma mulher à antiga, adoro meter a mão na massa. Adoro fazer pão onde já fiz muito e até broa. Vamos à receita.

Pão Rápido de Sementes e Iogurte.
Ingredientes:

2 dl de leite
2 dl de iogurte natural (usei do grego, sem açúcar)
2 colheres de sopa de óleo (usei azeite extra virgem)
2 colheres de sopa de mel
4 dl de farinha de trigo
2 dl de farinha de centeio integral
1 colher de chá de sal
1colher de chá de fermento em pó (usei Royal)
1 colher de chá de bicarbonato de sódio
1 dl de mistura de sementes e passas a gosto (usei nozes picadas e passas)[não usei as passas. Usei sementes de sésamo brancas e pretas e de linhaça]

Aquecer o forno a 180°.
Barrar uma forma de bolo inglês com manteiga ou forrar com papel vegetal Glad.
Prepare duas tigelas grandes. Numa coloque as farinhas, o sal, o fermento em pó e o bicarbonato.
Na outra deite o leite, o iogurte, o óleo e o mel e mexa com a colher de pau. Acrescente a mistura das farinhas, envolva tudo rapidamente e deite na forma. Levou 35 minutos no meu forno.

Nota: já tinha falado aqui, do iogurte Grego natural sem açúcar da marca Eridanous do LIDL, 1Kg €2,38. Agora venho informar, pois o LIDL, têm embalagens de 4, natural ou com morango, o preço é de €1,28. Pelo preço de uma embalagem de 4 da marca Danone compra-se 8 da marca Eridanous, que para mim o seu sabor é muito superior aos da Danone, pois são menos açucarados, ok, gosto muito mais. Como a minha avó dizia: "a grão a grão, enche a galinha o papo", quem gosta como no meu caso sempre se poupa uns euros. Tenho-me esquecido de passar esta informação, mas, com certeza já sabem? Como o País está numa crise, eu penso que qualquer informação que entre a palavra "poupar" é sempre bem vinda. Mas não é pelo País estar a passar a crise, que eu estou atenta aos preços. Sempre fui uma mulher que adora visitar mercados, e pesquisar novas marcas ou produtos nas grandes superfícies, e não pensem que é só em Portugal, sempre que viajei para fora, gosto de conhecer os mercados, pois penso e sinto que por aí também se conhece um pouco da cultura do País/cidade, que se visita. Mas, já sabem, se não vos interessar esta dica dos iogurtes, simplesmente esqueçam o que leram ok?

Agora só mais uma informação para aquelas pessoas que me enviam mails a perguntar quanto é que as marcas me pagam para eu passar estas dicas. Então é assim: o meu lema de vida, é: "faz aos outros aquilo que gostarias que te fizessem a ti". Já sei, é o inverso, mas eu sou uma mulher do contra...😂 por isso ficam informado/a(s), não recebo: nada! Antes de pensar nas marcas e ser egoísta, penso mas é em partilhar com as pessoas que me seguem, a minha pouca informação. Recebo sim, muito mails de certas marcas para entrar em concursos, já aceitei alguns, já entrei em alguns desde que não seja aqueles "degradantes" que se têm que fazer "campanhas" para angariar votos. Acho esses desafios "pequeninos" as pessoas andam no Facebook a pedir por favor para votarem na sua receita ou da sua amiga. Parece que estamos em campanha eleitoral, a receita não ganha porque é uma receita de qualidade e sim porque teve mais votos. Não, não se identifica com a minha maneira de passar pela vida. Também recebo convites para utilizar certas marcas, mas como não me indentefico com a mesma está fora de questão falar sobre o que não gosto. Agora já estão esclarecidos, se vos interessar a dica do iogurte, sigam em frente...

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" Nunca troque o que mais quer na vida, pelo o que mais quer no momento"

[Bob Marley]

P.S. O que mais quero na minha vida são os meus filhos, não há "ninguém", nem "coisas" mais importantes que os meus Tesouros.

domingo, setembro 02, 2012

SERÁ QUE ESTE PESSOAL NÃO TÊM MAIS NADA PARA FAZER?!?!?




Recebi uns mails a darem-me na cabeça. Só porque neste post eu referia o cheiro sublime a couro. O que me deu a perceber são aquelas pessoas radicalistas, que são contra; não se deve matar os bichinhos (touritos, vaquinhas etc, etc...). Uma certeza fiquei, não são meus amigo/a(s) no Facebook, pois se não já me tinham "radicado" pois a quantidade de sapatos que posto, e de boa qualidade, pois o falso não gosto mesmo em nada na vida. Então é assim meus queridos e queridas (ironia), respeito as opiniões e gostos das pessoas, desde que não interfira com o meu espaço ou dos filhos. Cada um é como é. Daí eu dizer: quem tem, tem, quem não tem tivesse... Sigam as vossas convicções, pois devemos ser genuínos, o meu caso. Mas, não venham "marrar" comigo. Adoro o cheiro a couro, pois desde tenra idade andava nas fábricas com o meu saudoso pai, além que o meu pai tinha sempre peles em casa "curtidas". Tive a minha Sapataria em Campo de Ourique com 14 anos. Situava-se na Rua Almeida e Sousa nº45-A com o nome HELLA (eu). O cheiro a couro era sempre intenso quando eu chegava à loja, pois o calçado naquela altura não havia falsidades como há hoje em dia, as malas a mesma coisa. As solas eram em couro, não o sintético que existe hoje em dia, até tínhamos que raspar as mesmas antes de usar os sapatos, para não escorregarmos, e cair. Graças a Deus herdei do meu saudoso pai, o gosto e principalmente: do que é bom. Sou uma eterna apaixonada pelo couro (pele, calfe) tenho, vestuário sapatos, botas, botins sandálias e malas. Nunca fui capaz de comprar, nada de imitações nem uma simples mala, pode ser um modelo lindo, mas ao longe vejo logo se é pele ou não. Arrepia-me as imitações, isso sim é que me arrepia, prefiro ter poucas (que não é o caso) do que muitas e de plástico(sintéticas). Agora meus queridos e queridas (ironia) sou muito diferente de vocês adoro, mas adoro mesmo o couro e o seu cheiro, aliás é um cheiro que tenho na minha essência de mulher.

Agora, acho muito bem que continuem com os vossos ideais. Mas podem crer que não é por aí que vocês são pessoas melhores. Quando dizem frases como esta: a Isabel tem um blogue com um nome "Anjos" tão angelical e come touro, e outras carnes. Ai, ai, eu sei que infelizmente a estupidez humana está a crescer a olhos vistos. Então vou explicar uma coisa! O nome do meu blogue, quando o escolhi, foi porque tem muito haver com a minha paixão por anjos imagens, história e livros. Nunca, porque eu tenho a pretensão de ser anjo ou ser angelical. Sou ser humano, peco como o comum dos mortais,ok? Não sou perfeita, aliás como ninguém, e coitados daqueles que pensem o contrário.

Agradecia que não voltassem a incomodar-me com estes mails patéticos, como com certeza são as pessoas que os enviaram.

P.S. Peço imensa desculpa aos meus seguidores/as que me seguem por bem, de eu utilizar a palavra "marrar", não sou mulher de asneiras aliás não gosto de dizer nem de ouvir. Mas o termo achei adequado no meio deste contexto, e aliás nem é asneira. Marrar: bater com a cabeça (diz-se dos animais comígeros). Preparar o programa de um exame intensivo, apenas com a preocupação de passar, sem visar uma formação de fundo.

Nota: acompanhar esta mensagem coloquei as fotos do carro (obra de arte), que me tirou do sério quando entrei dentro dele o tal cheiro a "COURO"que eu adoro, acho mesmo sublime....fiquem na Paz dos anjos.

"Adoro que me invejem
e Adoro que me odeiem
Pois ninguém inveja o feio
nem odeia o fraco...!"

[Bob Marley]

sexta-feira, agosto 31, 2012

MUSEU DO AUTOMOVEL ANTIGO









Fui ao Museu do Automóvel Antigo em Oeiras com a minha filha tratar de um assunto. Nunca tinha ido, mas quando entrei, senti uma sensação que não consigo descrever, ou talvez sim. Sabem aquela sensação que tínhamos em criança quando recebíamos o brinquedo que tínhamos pedido?? Pois, para mim foi superior, foi uma lufada de beleza que doeu, quando passei por aquelas belezas para me dirigir ao escritório percorreu-me um arrepio. Depois de ter sido excelentemente atendida, pela jovem Margarida, no escritório encontrava-se o Sr. Dionísio, começamos a conversar, sobre o Museu, sobre a história do mesmo, e no estado que se encontra o País. Quem me conhece sabe que eu adoro falar, mas falar com pessoas cultas e com tanta história para contar, fico estilo "esponja" quero mais, quero absorver.

Na nossa conversa o Sr. Dionísio leva-me a uma biblioteca  onde tinha fascículos todos encadernados que a maioria foi oferecido ao Museu, o cheiro, a essência daquele lugar é mágico. Tive o privilégio, pois fui presenteada pela simpatia do Sr. Dionísio e sua companhia a explicar-me a história do mesmo e dos carros. Tirei fotos, enquanto ouvia e conversava estive quase num conto de fadas, pois senti a energia daquelas obras de arte. Entrar naqueles carros e sentir o cheiro do couro, dos estofos dos carros, ui, sublime. Quando me despedi do Sr. Dionísio fui presenteada com um "beija mão", chegar aos 53 anos e ter o privilégio pela primeira vez de algo tão bonito,  como eu digo: não é para quem quer é para quem pode. :) Quem nunca visitou o Museu recomendo. Brevemente vai haver uma exposição de Porches, espero que na altura o filho esteja em Portugal, pois é a marca que o filho adora e é fã. Agora ver e sentir a energia da marca deve ser sublime. O Sr. Dionísio ficou com o meu mail e combinamos sempre que houver uma nova exposição avisa-me para eu ir ver. Mas ainda tenho que voltar, pois a Sidecar do filho vai ficar guardada naquele lugar mágico, por uns dias.

Nota: tenho que agradecer a gentileza do Sr. Dionísio, pois foi um dia mágico, para eu guardar na minha essência. Tenho muita pena de não colocar as fotos todas que tirei, mas terei oportunidade de futuras postagens. Pois gostava de partilhar com os meus seguidore/a(s) tanta beleza (os outros carros).

P.S. Tive autorização de colocar as fotos que tirei e colocar o nome do Sr. Dionísio no meu blogue, pois também falamos do mesmo. O nome é que chega só Dionísio, ok?

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"A arte é a auto-expressão lutando para ser absoluta."

[Fernando Pessoa]

quarta-feira, agosto 29, 2012

SOBREMESA RÁPIDA [OU PINHA DOURADA]



Um dia estava eu descansada a ler um livro quando a minha filha diz:-Mãe liga a televisão na SIC para veres, no programa Boa Tarde vai lá uma atriz cozinhar. Ok, liguei, só para ver o que a filha dizia, pois sinceramente estes programas da manhã ou tarde nunca vejo, pois são programas que eu acho deprimentes, gostam de explorar o ser humano, é só desgraças, nunca me identifiquei com os mesmos. Quando os meus saudosos pais eram vivos, e estavam em minha casa ou eu ia a casa deles, estavam sempre a ver, e claro que eu tinha que passar os olhos e ouvir mesmo não gostando. Daí quando recebi o convite para ir à SIC ao programa da Júlia Pinheiro eu não ter aceite. Mas esta história toda porquê? Então a atriz cozinhou uma espécie de migas, que para mim não tinha ciência nenhuma, e tinha uma sobremesa para fazer, mas o tempo já não deu para fazer a mesma, mas explicou, e nessa altura, fez-se luz, relembrei uma época quando eu era criança.

Quando eu era criança os meus pais recebiam muitos amigos em casa, na da Amadora ou na das Covas de Ferro. A minha mãe cozinhava para muita gente sempre com gosto, pois gostava muito. Sempre foi uma cozinheira de mão cheia. Mas doceira nunca foi dos "dreams" dela. Lembro-me da minha mãe fazer bolos, e de eu rapar a tigela com a minha irmã. Como ela era mais nova, eu passava-lhe à frente, pois ela rapava com uma colher de chá e eu já estava munida com uma de sopa, claro, depois ouvia ela a regatear, Belinha comeste mais...(sorrisos) já a minha avó dizia: "com papas e bolos se enganam os tolos".

Mas nunca me lembro da minha mãe fazer algum bolo que me ficasse na memória a não ser o bolo de bolacha. O arroz doce da minha mãe, sim, era divino, o meu provador oficial (filho) quando eu fazia, ou faço dizia/diz, está delicioso mãe, mas o da avó é/era melhor. A avó faz/fazia melhor o arroz doce e tu o leite-creme. Mas recordo-me de umas argolinhas de canela que a minha mãe fazia, quando eu era criança, que eram uma delicia. Quando ela dizia que ia fazer eu puxava logo do banco para ajudar. Era pequena, aliás sempre me lembro de estar em cima do banco quando a minha mãe estava na cozinha. Essas argolinhas, levava farinha, açúcar manteiga, ovos e canela, depois de fazer as argolinhas, fritava as mesmas e passava por açúcar com canela. A casa ficava com cheiro a Natal como os meus filhos dizem. Agora as medidas nunca soube, pois a minha mãe sempre fez tudo a olho. Por isso não gostava de fazer doçaria, pois a mesma é preciso ter mais cuidado na precisão das medidas e a minha mãe não tinha paciência para tal. Também com 3 filhos com diferencias de idade de ano e meio era obra.



Talvez daí a minha sempre curiosidade de fazer doces, e não só, pois sempre estava na cozinha ajudar a minha mãe. Com 9 anos fiz os meus primeiros bolinhos de coco. Depois pedia à minha mãe se deixava que eu fizesse um bolo, por vezes ela dizia:- Não Belinha vais estragar ingredientes...ok,  quando o pessoal ia todo dormir, eu também fazia de conta que ia, deixava passar um bocado e levantava-me, e lá ia Isabelita para a cozinha, fechava a porta da mesma e fazia o bolo que a minha mãe não me tinha deixado fazer, mas a bater as claras à mão para não fazer barulho, com a batedeira. Não posso dizer que as claras ficavam bem batidas, pois eu tinha 9 ou 10 anos, mas o bolo ficava bom. Depois colocava no forno e ficava ao pé do mesmo há espera que cozesse, com o palito sempre na mão. Abria sei lá quantas vezes o forno, pois não tinha vidro naquela altura. Quando cozido retirava e colocava o bolo num prato, depois já me ia deitar consolada, tinha feito um bolo.

No outro dia quando a minha mãe acordava ria-se e dizia: Belinha, és tramada. É verdade, a minha mãe tinha razão! Quando digo que uma das minhas paixões é cozinhar é verdade, já vem desde tenra idade, quando a minha mãe ia com o meu pai para fora, eu ficava a tomar conta da casa (comida). A minha avó paterna morava connosco, mas não gostava de cozinhar, e como trabalhava no Palácio Foz, refilava logo com a minha mãe: pois, eu é que tenho que ter o trabalho agora. Eu como nunca gostei de discussões, dizia logo à minha mãe: mãe eu faço pode ir descansada. E tinha uns 11 ou 12 anos. A minha mãe deixava o frigorífico cheio e deixava dinheiro para o pão ou para o que fosse preciso comprar. Eu ficava noutra dimensão, fazia o comer antes de ir para a escola, e sempre me "desenrasquei". O meu irmão gostava muito quando eu fazia o comer, pois eu ia sempre procurar receitas no meu caderninho, e ele gostava muito das receitas que eu fazia. Dizia logo à minha mãe a Belinha fez umas receitas muito boas.

Agora os meus seguidores/as estão a pensar, mas esta história toda para quê? Então é assim, voltando atrás, quando os meus pais recebiam as visitas que por vezes eram 12 ou 15 pessoas a minha mãe fazia o comer, mas as sobremesas o meu pai ia ao Colóquiouma pastelaria que era no nosso prédio comprar. Mas isso para mim não era novidade nenhuma pois eu tinha isso diariamente, bastava descer as escadas e comprar. Mas quando vinha um casal que moravam em Vila Franca de Xira a senhora que não me lembro já do nome trazia sempre uma sobremesa que eu adorava. Ao estar a ver o programa a atriz explicou a receita da sobremesa que me fez voltar no tempo da minha infância, e fui direitinha logo para o meu laboratório (cozinha). Vamos lá à receita fácil e simplesmente deliciosa.



Ingredientes:
-6 ovos
-açúcar 100 g +6 c. de sopa

Bater as claras em castelo e juntar açúcar até fazer um merengue. Já sabem a textura do merengue é, voltarem a tigela e não deitar nada, ok, fica firme mesmo. Colocar num tabuleiro ao gosto e com um garfo fazer uns picos estilo "Evereste" :) levar ao forno pré-aquecido a 140ºC, até dourar por cima. Entretanto enquanto o suspiro esteve no forno fazer um doce de ovos com as seis gemas, seis colheres de (sopa) de açúcar e 4 colheres de (sopa) de água. Levar ao lume sempre em lume brando até fazer ponto de estrada. Depois é deitar por cima do merengue. Quando frio leva ao frigorífico, é uma sobremesa para se comer fresca. Pode-se servir com morangos ou amêndoas laminada e levemente torradas. Eu servi simples pois era assim que eu tinha na minha memória. Simplesmente brutalíssimo utilizando o termo do meu filho, que não provou mas era o que diria.


"O que mais me impressiona nos fracos é que eles precisam humilhar os outros, para sentirem-se fortes."

[Mahatma Gandhi]

segunda-feira, agosto 27, 2012

MUNFFINS COM AMORAS E QUEIJO DE CABRA


Esta receita retirei daqui! Como disse aqui, desde que o meu filho não está em Portugal, a vontade de cozinhar, acho, acho não, tenho a certeza, foi com ele. O meu provador oficial é ele, e não estando, as comidas é só estilo "comida de mulheres", mas sabendo eu, o que o filho é apreciador, sei que ele gostava/gosta e muito destes munffins. São uns munffins salgados, são fantásticos para servir como uma entrada. Para mim e filha serviu como refeição. Alterei o queijo de minas, pelo nosso maravilhoso queijo de cabra, e alterei os morangos por amoras pois estamos na altura das mesmas e a Isabel adora chinchadas, e já tenho bastantes congeladas. Sou mesmo uma mulher muito diferente. Os grandes prazeres que a vida me dá este é um deles, comer a fruta das árvores, as amoras das silvas, sim, não lavo, quando é para mim. Oiço logo a filha: mãe, não comas antes de lavar, ok, a Isabel limpa a fruta à blusa e come, as amoras coloco dentro de um tupperware que levo dentro dum saco para esse fim, mas vou apanhando e comendo também ao mesmo tempo, mas essas já não limpo à blusa para não estragar a mesma com nódoas que depois não saem nem com sabão azul e branco. Agora deixando de conversas vamos à receita, pois é o que vos interessa.

Bati 2 ovos com a batedeira, juntei 2,5 dl, de leite. Bati tudo muito bem. Juntei 100 g de manteiga derretida continuei a bater e juntei uma colher de (café) rasa de sal. Peneirei 250 g de farinha com uma colher de (sobremesa) de fermento em pó. Juntei a farinha com o fermento à mistura anterior dos líquidos.

Untei pequenas formas de munffins (queques) e polvilhei com farinha. Distribui uma camada de massa pelas formas juntei umas amoras (lavadas) pelas mesmas e queijo de cabra cortado aos bocadinhos. Distribui nova camada de massa de modo a tapar a fruta e queijo. Levei ao forno pré-aquecido a 200ºC, no meu forno levou 20 minutos, mas já sabem o teste do palito ok? Servi com curgete grelhada e tomate cereja temperado com flor de sal e azeite extra virgem e só.


*"Uns queriam um emprego melhor; outros, um emprego...
Uns queriam uma refeição mais farta; outros, apenas uma refeição...
Uns queriam uma vida mais amena; outros, apenas viver...
Uns queriam ter pais mais esclarecidos; outros, apenas ter pais...
Uns queriam ter olhos claros; outros, apenas enxergar...
Uns queriam ter voz bonita; outros apenas falar...
Uns queriam o silêncio; outros, ouvir...
Uns queriam um sapato novo; outros, ter pés...
Uns queriam um carro; outros, andar...
Uns queriam o supérfluo...
Outros, apenas o necessário..."*

[Chico Xavier]

sexta-feira, agosto 24, 2012

BOLOS RECORDANDO [II]


(Imagem retirada na Internet)
Continuando com a ideia de recordar, vamos recordando os bolos. Quando era criança e não só, sempre ouvi o meu saudoso pai ouvir Recordar é Viver de Vitor Espadinha, um seu amigo, que quando eu era criança não dava o devido valor aos conhecimentos do meu pai.
BOLO DE CAFÉ E LICOR DE AMÊNDOA.

BOLO BOM.

BOLO DEEP PURPLE.

BOLO DE SEMENTES DE PAPOILA.

O MEU BOLO BOLO DE BOLACHA COM AMARETO E AMÊNDOA.

BOLO DE LARANJA ENCHARCADINHO.

BOLO DE MANTEIGA.

BOLO DE GILA DO ALGARVE.

BOLO DE AMÊNDOA E GILA.

BOLO DE GILA E AMÊNDOA.

BOLO INGLÊS COM FRUTAS.

O BOLO DA ISABEL.

BOLO DE AMÊNDOA DE OURIQUE.

BOLO DE ABÓBORA.

BOLO TOALHA FELPUDA.

BOLO DE NOZES.

DELÍCIA DE AMÊNDOA.

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"Escolhi ser..."
"Sabe, recordando tudo o que passei...
Sinto: Ah, que louca vontade de ser tudo e mais um pouco do que eu escolhi ser.
Pois a melhor coisa desse mundo é sermos o que realmente somos.
E não há pessoa melhor pra dizer: quem e como somos, do que nós mesmos.
Foi difícil escolher ser o que sou.
Deram-me várias escolhas.
E quando falo que me deram, me refiro a Ele.
Ele me deu várias escolhas.
Deu o direito de escolher os caminhos, as direções e até mesmo a velocidade.
Foi tão difícil ser quem hoje sou que não abro mão de mim.
Fiz a escolha de ser indecisa, ou seja, não fiz escolha alguma. Ah, ignorem a contradição.
Assim eu poderia ser um pouco de cada opção.
Poderia fazer parte de um todo, unindo infinitos pedaços.
O que sou então? Sou um quê de mistério misturado ao um quê humano.
Tenho tantas máscaras guardadas, que me surpreendo ao usar inconscientemente alguma que desconheço.
Troco de máscara à velocidade que a vida pede mais de mim.
Posso ser delicada feito os lírios ou perigosa que nem espinhos de roseira.
Pois sei ser muito romântica, carinhosa, protetora, mas sei ferir também.
Sabe, eu escolhi ser tudo o que reflete de mim a mim no espelho.
Prefiro ser completa sendo eu, a ser incompleta tentando ser alguém.
Decidi ser "boa" e "ruim"... Escolhi ser de carne e osso (humana).
Enfim, prefiri ser essa metamorfose ambulante.
Acima de tudo, ser uma original impecável. "

[Aline Marques da Rocha]

quarta-feira, agosto 22, 2012

FRANGO À AMERICANA





Estou numa do meu livro da 👉Pantagruel, já o tenho há longos anos (1997) mas talvez nunca tenha prestado a devida atenção que merece. Agora depois de sair o novo Livro de Pantagruel de Garfo e Faca à Volta do Mundo, ao qual estive perto de duas horas na FNAC do Chiado, a cheirar, e pesquisar, pois ia com grande interesse de adquirir o livro. Mas ao fim desse tempo, não dei os tais €26 pelo livro. Um livro muito interessante, bonito, mas sinceramente não me encantou para ter vontade de comprar. Pela 1º vez saí da FNAC sem aquele sentimento de culpa de não deixar um livro de culinária acompanhar-me. Era só mais um livro. Quem não tenha nenhum dos livros acho interessante. Daí o meu interesse de andar a reler este livro que me acompanha há uns tempinhos, mas que tem estado muito em descanso, agora estou a começar a dar-lhe uso. Resolvi fazer esta receita de frango. Vamos à receita:

Ingredientes:
-1 frango de 1 Kg em pedaços (usei metade dum frango do Campo)
-2 colheres de (sopa) de farinha (usei uma)
-125 gr de margarina (usei 60 gr de manteiga)
-paprika ou colorau doce, água, pimenta e sal q.b. 2 colheres de (sopa) de água (usei sal marinho, paprika, 1 colher de (sopa) de água e pimenta-preta moída na hora)


Peneira-se a farinha com uma pitada de paprika, tempera-se com o sal e a pimenta. Envolvem-se bem na mistura os pedaços de frango e deixam-se enxugar por completo sobre uma grelha. Derrete-se a gordura num tacho e, quando estiver muito quente, fregem-se primeiro as partes do frango mais carnudas e, logo que estiverem loiras, junta-se os restantes bocados. O tacho tem que ser grande para os pedaços não ficarem sobrepostos. Quando começarem a corar, reduz-se o lume e revolvem-se, sem nunca os picar (utilizem uma pinça de cozinha). Juntam-se a água, tapa-se hermeticamente e deixa-se estufar em calor muito brando durante 40 a 50 minutos, sacudindo o tacho volta e meia. Destapa-se nos últimos 10 minutos e tornam-se a saltear os pedaços, para ficarem bem estaladiços.

  Servi com umas batatas salteadas com alecrim. Que faço assim: lavo as batatas muito bem lavadas, depois cozo com sal marinho. Depois de cozidas corto em quartos e salteio numa frigideira com um fiozinho de azeite (pouco) e temperei com pimenta preta moída na altura e esfarelei uma pernada de alecrim depois de lavado, que tenho sempre na minha pequena-horta. Não posso dizer o comentário do meu provador oficial(filho), pois ele não se encontra em Portugal, mas a opinião da filha:está fantástico, eu gostei e muito do sabor e textura do frango.


"É muito melhor arriscar coisas grandiosas, alcançar triunfos e glórias, mesmo expondo-se a derrota, do que formar fila com os pobres de espírito que nem gozam muito nem sofrem muito, porque vivem nessa penumbra cinzenta que não conhece vitória nem derrota."

[Theodore Roosevelt]

segunda-feira, agosto 20, 2012

GELADO DE SPECULOOS


Quando recebi a encomenda das bolachas Speculoos, a Sandra disse: que fazer um gelado com estas bolachas era uma maravilha. Passou-me uma receita com iogurte, mas eu preferi fazer com a minha base de gelados, sendo eu uma "surtada" pelos mesmos, também gosto muito da cremosidade nos ditos. O meu provador oficial (filho) disse: brutalíssimo...

Nota: o meu filho ainda se encontrava em Portugal... o filho, é mesmo um homem do mundo!

Ingredientes:
-4 gemas
-100 g de açúcar branco (fino)
-125 g de bolachas Speculoos (moídas grosseiramente)
-600 ml de natas batidas "quase" em chantilly

Primeiro coloquei as bolachas num saco de plástico e "catrapúm" com o rolo da massa. Não utilizei a 1,2,3, porque não queria que as mesmas ficassem em pó e sim que se encontrasse bocados de bolacha no gelado. Numa tigela bati as gemas com o açúcar até ficar uma mistura esbranquiçada. Juntei a mistura das bolachas envolvi muito bem. Depois foi juntar as natas batidas e envolver sempre com delicadeza sem bater. Quando bem envolvido, deitei a mistura na sorveteira a trabalhar durante 25 minutos. Servi o gelado acompanhado com bolachas...


"Nada lhe posso dar que já não exista em você mesmo. Não posso abrir-lhe outro mundo de imagens, além daquele que há em sua própria alma. Nada lhe posso dar a não ser a oportunidade, o impulso, a chave. Eu o ajudarei a tornar visível o seu próprio mundo, e isso é tudo."


[Hermann Hesse]