domingo, março 10, 2013

CHÁ [HISTÓRIA(S) DO CHÁ]

        (Imagem retirada da Internet)
«Descontracção, repouso e deleite»
São alguns dos prazeres da vida que ligamos a uma chávena de chá fumegante. Mas uma das bebidas mais consumidas no mundo pode igualmente ter um efeito estimulante, desde que o chá não esteja em infusão mais de 3 minutos. O chá é bom simples, com açúcar, com leite e em especial com uma gulodice a acompanhar. Misturado com bebidas quentes ou frias confere-lhes um paladar aromático e ajuda a saborear uma boa sobremesa. Permita que o chá o surpreenda!

Foi no início de sec. XVII que os Holandeses trouxeram para a Europa o primeiro chá. Originário do Japão, começou também a ser criado na China. Nessa altura, o chá ainda estava muito longe de ser ingerido como alimento: era apenas vendido nas farmácias como medicamento. Com a introdução do chá preto, o estatuto do chá mudou e transformou-se, ao lado do café e do chocolate, numa bebida aristocrática. Em breve se espalhou e, cerca de setenta anos mais tarde, os Ingleses fundaram a Companhia das Índias Orientais e passaram a liderar o comércio do chá.

Por «chá russo» entende-se o chá preto da Ásia, trazido em caravanas ao longo da Rússia até chegar à Europa Central. O «chá das caravanas» era extremamente apreciado pelos conhecedores, pois ao contrário do chá que era transportado em navios durante meses, mantinha intacto o seu paladar.

No sec. XIX, o comerciante inglês Thomas Lipton aperfeiçoou o comércio do chá: colocou no mercado misturas embaladas de chá com o seu nome.

O efeito estimulante do chá depende também da cafeína (ou teína), tal como o café. Mas há uma diferença: o chá não tem um efeito tão forte, é mais lento e mais demorado a actuar. A cafeína espalha-se lentamente pelo corpo. As propriedades do chá estimulam o cérebro e o sistema nervoso central, contrariamente ao café, que afecta o coração e a tensão arterial. Por conseguinte, depois de bebermos uma chávena de chá temos uma grande capacidade de reacção e de concentração. Os apreciadores particularmente sensíveis que temem as insónias, devem prescindir do café ou do chá depois das 16 h.

A folha do chá, quer seja verde ou preto, o chá provém sempre da mesma planta, só que é tratado diferentemente.

Método tradicional para a preparação do chá.
1. Emurchecimento: grandes ventiladores e aquecedores secam e amaciam as folhas verdes do chá.
2. Enrolamento: as folhas secas do chá entram na máquina de enrolar para serem destruídas.
3. Fermentação: o suco da planta sai e, em contacto com o ar, oxida e fermenta. As folhas coloram-se de vermelho-cobre. É agora que se desenvolve o aroma.
4. Secagem: a fermentação é parada com ar quente. Depois de seco e escurecido, o chá é escolhido.
5. Selecção: quando é peneirado, o chá é dividido em:
. Chá de folhas: bocados «inteiros»
.Broken: chá de folhas miúdas. Abre mais depressa que o chá de folhas.
.Fannings: folhas mais pequenas: indicado para sacos de infusão.
.Dust (pó): as folhas mais pequenas.

O chá verde não é fermentado, mas sim passado por vapor. Isso destrói os fermentos e as enzimas no chá, mas não o tanino. Por isso é que o chá verde é mais amargo que o preto, e o resultado da sua infusão mais claro.

Oolong é um chá cujo o processo de fermentação foi interrompido. A nível de paladar, situa-se entre o preto e o verde.

No mundo inteiro usa-se actualmente um processo mais abreviado: as folhas secas são despedaçadas, esmagadas e enroladas durante o processo. No entanto, isso põe fim ao chá de folhas!

«Chás de todo o mundo»
A maior parte dos chás que bebemos vem da Índia: Assam é um tipo forte e aromático, reconhecível pela sua cor escura na chávena. Darjeeling é um chá delicado, de cor clara e sabor a fruto. É proveniente dos Himalaias. Deliciosos são os «first flush», da colheita da Primavera, e o «second flush», um pouco mais escuro e forte, dos meses de Verão.

No Sri Lanka cresce uma espécie amarga e forte que ainda hoje tem o nome antigo deste país: Ceilão.

A maior parte do chá verde é cultivado na China: duas das variedades mais conhecidas são o Gunpowder (pólvora), de folhas enroladas em forma de esfera, é o Chunmee.

Na ilha de Java, Indonésia, cultiva-se um chá semelhante ao Assam. Os chás de Samatra são mais utilizados em misturas.

Nas latas e nos pacotes de chá vem indicada a origem, o tamanho e a qualidade das folhas:
.Flowery: quer dizer florido: o chá tem um aroma perfumado, liga bem com limão.
.Orange: de grandes folhas aromáticas, deve ser bebido sem leite.
.Pekoe:penugem branca, em chinês: apenas se encontram naquele chá de folhas mais pequenas e tenras. Tem um sabor amargo.
.Tippy: chá de folhas delicadas, escolhidas entre as melhores, mais jovens e mais claras.

«Chá no bule»
Para obter uma chávena de chá precisa de 1 colher de chá (1,2 g) ou uma saqueta e 1,5-2 dl de água. Por cada litro de água são necessárias 6 colheres de chá (9-12 g).

Será melhor preparar o chá utilizando dois bules. Num fica em infusão, noutro é servido. Os coadores de lã, porcelana ou bambu são bastante úteis quando utilizar apenas um bule. Ponha sempre o chá solto no bule, pois ele precisa de espaço para inchar.

O bule deverá ser de faiança, porcelana ou vidro. Ao contrário do que se diz, não é necessário molhá-lo previamente com água a ferver.

Mexa um pouco o chá e passe-o de seguida por um coador para o bule onde o vai servir. Se quiser utilizar um filtro, só tem que o deitar fora.

Pode adoçar com açúcar ou edulcorantes e acompanhar com natas ou leite. Quem gostar de pôr limão, deverá escolher um chá forte. O rum pode encobrir um pouco o paladar.

«Chá no samovar»

O samovar é fundamental para a arte de bem apreciar o chá na Rússia. A água é aquecida nos grandes recipientes de cobre, bronze ou prata e aí mantida à mesma temperatura durante bastante tempo. Em cima está um pequeno recipiente com chá concentrado. Para uma chávena de chá coloque uma pequena quantidade na chávena (50-70 ml) e dilua o chá forte ao seu gosto com água quente do samovar.

Os samovares eléctricos não dão o mínimo trabalho e são enchidos com água fria.

Os samovares a carvão requerem mais trabalho. O carvão incandescente (feito no grelhador do jardim) é colocado no tubo de aquecimento a meio do compartimento da água. Pouco depois a água começa a ferver.

Para fazer o chá concentrado, utilize por chávena 3 colheres de chá (4-5 g) de chá ou 3 saquetas e 1,5-2 dl de água a ferver. Esta quantidade de extracto, diluída é suficiente para 3 chávenas. Para obter 0,5 l de extracto precisa de 10 colheres de chá (15-20 g).

Coloque as folhas de chá num bule, cubra com água a ferver e deixe repousar cerca de 5 minutos. As mais indicadas são as variedades pretas do chá do Ceilão ou da Índia. Deite o chá concentrado através de um coador no recipiente do samovar, ou tire apenas o filtro do bule.

Coloque o recipiente com o chá concentrado sobre a tampa do samovar ou sobre o tubo de aquecimento. Assim, o chá concentrado manter-se-á sempre quente.

«Receitas de chá gelado»
O chá gelado nada tem a ver com chá frio! Para obter esta bebida tradicional americana (conhecida como iced tea) precisa de uma chávena de chá bem forte e bem quente e um copo de cubos de gelo. Se quiser, pode juntar um pouco de açúcar e limão. Ao contrário de um chá que arrefece normalmente, o chá gelado é arrefecido de forma brusca. O seu aroma e o seu paladar são deste modo realçados, resultando numa bebida bem refrescante.

Por cada copo de chá gelado precisa de duas colheres de chá ou dois sacos de chá preto e 200 ml de água a ferver. Deixe em infusão durante 4 minutos, depois coe. Adicione açúcar e limão a gosto.

Encha um copo alto e estreito até dois terços com cubos de gelo e cubra-os com o chá quente. Não receie o copo não vai partir-se. Para beber utilize uma palhinha.

Os Norte-Americanos bebem o chá gelado durante o Verão para assim matarem a sede. A sua receita serve de base para inúmeras variantes. Para aromatizar pode juntar-lhe uma pitada de gengibre ou cardamomo, folhas de hortelã ou de erva-cidreira, groselhas ou pedaços de ananás. Ficará ainda melhor se for misturado com sumo de ananás, cerejas ou laranja, e até com gin, conhaque, rum ou Campari.

P.S. Retirei esta informação de um livro sobre chás. Como achei muito interessante, pois havia muito sobre chás que eu não sabia, gostei, e muito! Daí eu  partilhar com os meus seguidores. Mas já sabem? A quem não interessar esqueçam o que leram façam como a Isabel (eu) colocar no canto o que não tem interesse, ou deixou de ter...

______Não é que seja exatamente corajoso, meu coração tem é isso de bom: não ocupa espaço com mágoas e, com o tempo, ele se tornou desmemoriado pra assuntos de frustração._______


Ana Jácomo

sábado, março 09, 2013

O BOLO DE NATAL UMA MISCELÂNIA DE REI COM ESCANGALHADO




Como disse na postagem anterior: ando na "faxina" do blog! Daí o atraso destas receitas, este bolo saiu no Natal de 2011. Ainda fica 71 receitas em rascunho...

Eu sei! O nome do meu bolo é "esquisito" mas como eu já tinha feito o bolo Rei e o bolo escangalhado, e como fiz umas alterações neste, achei por bem, não danificar nenhum dos nomes dos bolos...Além que por esquecimento alterei a sua cor. :)

Ingredientes:
-600 g de farinha
-180 g de manteiga derretida
-250 g de açúcar
-5 ovos
 -1 ovo para barrar
-35 g de fermento de padeiro
-1,5 dl de leite morno (para amassar o fermento)
-sumo de 1 laranja
-100 ml de vinho do Porto
-passas, miolo de amêndoa cortado grosseiramente, miolo de noz e pinhões
-50 g de passas sem grainha
-frutas cristalizadas para enfeitar

Amasse o fermento com um pouco de farinha e o leite morno, deixar levedar num lugar aquecido até dobrar de volume, (o meu foi para o pé da lareira o que foi rápido a dobragem). Amassar a restante farinha com o açúcar os ovos e a manteiga, sumo da laranja o vinho do Porto e o fermento previamente levedado, depois de tudo muito bem amassado até levantar bolhas, juntei os frutos secos e passas, amassei mais um bocado. Deixei levedar em lugar aquecido por 3 a 4 horas. (OK? O meu nem precisou de sair da cozinha pois, o calor que estava na dita ao fim de 2 horas estava no ponto. Untei um tabuleiro e forrei com papel vegetal (pois, nada de silicones com a Isabel) e voltei a untar. Coloquei a massa no tabuleiro. Polvilhei com mais pinhões e nozes, coloquei umas frutas cristalizadas (poucas) só para dar cor. Foi ao forno pré-aquecido a 200ºC, durante 20 minutos. Depois desse tempo, lembrei-me que tinha-me esquecido de pincelar com o ovo. :) Ok, acontece, e a mim também! Por isso o meu bolito ficou com um ar de quem nem foi à praia, assim para o pálido...sorry :)

___O tempo não é uma medida. Um ano não conta, dez anos não representam nada. Ser artista não significa contar, é crescer como a árvore que não apressa a sua seiva e resiste, serena, aos grandes ventos da primavera, sem temer que o verão possa não vir. O verão há de vir. Mas só vem para aqueles que sabem esperar, tão sossegados como se tivessem na frente a eternidade._________

Rainer Maria Rilke

AZEVIAS DE AMÊNDOA



Ando numa de "faxina" no meu blog, pois tenho imensas receitas em rascunho, o caso desta que pertence ainda ao Natal de 2012.
Azevias, faço sempre, mas sou sincera, só de amêndoa, nunca tinha feito. "Mas como há uma primeira vez para tudo" já a minha avó dizia, segui para bingo (cozinha). Digo: são fantásticas.

Ingredientes da massa:
-500 g de farinha
-100 g de banha derretida
-0,5 dl de aguardente
-2,5 dl de sumo de laranja

Para o recheio:
-150 g de miolo de amêndoa moído com pele
-150 g de açúcar
-1 dl de água
-1 laranja sumo
-1 colher de chá de canela
-7 gemas

Fiz o recheio primeiro. Levei um tacho ao lume com o açúcar a água e o sumo de laranja. Quando o açúcar está derretido retira do lume e junta o miolo de amêndoa, canela, gemas e leva de novo ao lume até fazer o ponto de estrada. Reserva.

A massa: mistura a farinha com a banha derretida, de seguida a aguardente e vá juntando o sumo da laranja até obter uma massa lisa e macia. Estende a massa com o rolo numa superfície limpa e enfarinhada. depois é colocar o recheio e fechar e cortar com um corta bolachas ou um copo. Levar a fritar em óleo bem quente, o que a fritura é rápida. Depois escorre em papel absorvente e envolve em açúcar e canela.

____Depois de tantas buscas, encontros, desencontros, acho que a minha mais sincera intenção é me sentir confortável, o máximo que eu puder, estando na minha própria pele. É me sentir confortável, mesmo acessando, vez ou outra, lugares da memória que eu adoraria inacessíveis, tristezas que não cicatrizaram, padrões que eu ainda não soube transformar, embora continue me empenhando para conseguir.___________


Ana Jácomo

sexta-feira, março 08, 2013

CUPCAKES DE LIMÃO COM GLACÊ





  Esta receita fui buscar a este livro! Só que não utilizei as sementes de papoila, não é porque não goste, pois gostamos do crocante das mesmas, mas quando fui ao frasco (grande) onde guardo os pacotes das várias sementes, estas (de papoila) já tinham passado o prazo de validade. Tinha já tudo preparado, para fazer os Cupcakes, mas não me apeteceu, meter no carro para ir ao Fórum Almada fazer 20 km para comprar as sementes. Pensei: sai mesmo sem sementes. (Sorrisos). O meu provador oficial (filho) disse: brutal, e disse: -Mãe, frosting de queijo é frosting (o que ele mais gosta, o de queijo), mas este glacê está brutal...
Estes cupcakes emanam um fresco aroma a limão. A essência de limão é obtida mediante a combinação de casca de limão ralada, essência de limão e um glacê agridoce de limão. As sementes de papoila adicionam um leve toque crocante. Sirva-os com um chá acabado de preparar.




Ingredientes:12 Cupcakes

-155 g de farinha de trigo sem fermento
-1 ½ c. de sopa de sementes de papoila (não usei)
-1 c. de chá de fermento em pó
-1/4 de c. de chá de sal
-185 g de açúcar
-155 g de manteiga sem sal à temperatura ambiente
-2 ovos grandes, à temperatura ambiente
-1 c. de chá de raspa de limão finamente ralada
-½ c. de chá de essência de limão
-60 ml de natas acidificadas

Glacê de limão
-125 g de açúcar em pó, mais um pouco se necessário
-2 c. de sopa de sumo de limão
-1 c. de chá de essência de limão

Cupcakes:
Aqueça previamente o forno a 180ºC, e coloque a grelha no meio. Unta as formas. Coloquei as formas de papel dentro das formas dos Cupcakes (queques). O que quer dizer que não fiz como a receita pedia.

Numa tigela, misture a farinha, as sementes de papoila (não usei), o fermento em pó e o sal. Noutra tigela, utilizando a batedeira elétrica na velocidade média/alta, bata o açúcar com a manteiga até obter um creme leve e fofo (2 a 3 minutos). Adicione os ovos, a raspa de limão e a essência de limão e bata até obter uma massa homogénea. Adicione a mistura de farinha, batendo sempre a baixa velocidade só até combinar (cerca de 1 minuto). Junte as natas acidificadas e bata apenas até ligar. Raspe a superfície lateral da tigela com o raspador (Salazar ou rapa-tachos) se necessário. Divida uniformemente a massa pelas forminhas de queques, enchendo cada uma com três quartos. Leve ao forno até dourarem; quando picar o centro do cupcake com um palito e este sair limpo (18 a 20 minutos), está no ponto. Deixe os cupcakes arrefecerem sobre uma grelha. Espalhe o glacê sobre os cupcakes.

Modo de preparar o glacê:
Numa tigela, bata o açúcar com o limão e a essência de limão até obter um creme macio; o glacê deve ser fácil de espalhar. Se lhe parecer demasiado espesso, adicione um pouco mais de sumo de limão (umas gotas de cada vez). Se lhe parecer demasiado líquido, adicione um pouco mais de açúcar em pó (1 c. de chá de cada vez).

Nota: cobri 6 cupcakes com o glacê e os outros restantes com Frosting de queijo e polvilhei com as pepitas de chocolate, amendoim. Decorem ao vosso gosto.

P.S. Natas acidificadas: fiz assim: levei as natas a lume brando, quando começou a fervilhar juntei umas gotas de limão o suficiente para espessar as mesmas. Deixei arrefecer completamente antes de usar. O que fiz na véspera de fazer os cupcakes. Se não quiserem ter este trabalho, é só utilizarem o Crème Fraîche (nata espessa), uma dica: no Super Intermaché, tem umas embalagens de 50 cl que custa €1,55 da marca deles Páturages, que pessoalmente gosto, pois gosto de produtos Franceses, de onde é a origem do Intermarché, ok?

___Não é preciso agendar, entrar em fila, contar com a sorte, acordar cedo para pegar senha: a possibilidade de recomeço está disponível o tempo todo, na maior parte dos casos. Não tem mistério, ela vem embrulhada com o papel bonito de cada instante novo, essa página em branco que olha pra gente sem ter a mínima ideia do que escolheremos escrever nas suas linhas.

O que é preciso mesmo é coragem para abrir o presente.___________

Ana Jácome

quarta-feira, março 06, 2013

SOPA DE MASSA COM GRÃO-DE-BICO


 
 
Sopas, nunca pode faltar! Então quando o meu filho está ainda menos. Resolvi fazer uma sopa de grão com massa pois o filho adora todas as sopas que levem massas. Vamos à receita que retirei do meu livro do meu Jamie Oliver..

Ingredientes:
-1 cebola pequena, descascada e finamente picada
-1 talo de aipo, descascado e finamente picado
-1 dente de alho, descascado e finamente picado
-azeite extra virgem
-alecrim fresco, picar as folhas finamente
-2 latas de 400 g de grão-de-bico
-500 ml de caldo de galinha (usei caldo de carne pois tinha cozido carne e aproveitei o caldo)
-100 g de ditalini ou outra variante de massa (usei cotovelinhos chifferini)
-sal marinho e pimenta-preta acabada de moer
-opcional: uma mão-cheia pequena de manjericão ou salsa, usar só as folhas (usei salsa)




Coloquei a cebola, o aipo e o alho, picados bem finos, numa frigideira (usei um tacho) com um fio de azeite extra virgem, juntei o alecrim e refoguei com o lume no mínimo, tapado, durante 15 a 20 minutos, até os legumes estarem tenros e sem cor.
Escorri o grão e lavei-o bem com água fria, depois, juntei-o à frigideira e cobri com o caldo de galinha. Cozi em lume brando durante meia hora, depois, com uma escumadeira, retirei metade do grão e reservei.
Reduzi a sopa a puré na frigideira (no meu caso, foi de tacho), usando a varinha. Juntei os grãos que reservei e a massa, temperei com sal e pimenta e deixei cozinhar, suavemente, até o grão estar tenro e a massa cozida.
Nesta altura, se a sopa estiver demasiado grossa, deite um bocado de água a ferver para a diluir e volte a temperar com sal e pimenta, se for preciso. Polvilhei com salsa

_______Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.________


Fernando Pessoa

segunda-feira, março 04, 2013

BISCOITOS DE FLOCOS DE AVEIA COM PEPITAS DE CHOCOLATE

Mais uns biscoitos brutalíssimos como o meu provador oficial (filho) disse! São deliciosos e conservam-se durante muito tempo (se não se comerem...) o que não foi o caso cá em casa. (Sorrisos), vamos lá à receita e para saberem como comecei a dar o excelente uso às pepitas que comprei!


Ingredientes:(deu 40 biscoitos)
-125 g de manteiga
-250 g de flocos de aveia
-1 colher de chá de fermento em pó
-125 g de fécula de batata
-175 g de açúcar
-1 colher de sopa de baunilha (liquida)
-1 pitada de sal
-1/2 colher de chá de canela
-raspa de 1 limão (grande, de preferência de casca grossa, ok, biológico)
-3 ovos
-3 colheres de sopa de leite
-1 chávena de pepitas (usei as de maior % de cacau, mas usem ao vosso gosto)
Colocar papel vegetal nos tabuleiros, reservar.
Derreti a manteiga em banho-maria. Coloquei os flocos de aveia numa tigela e juntei a manteiga derretida e quente. Fui sempre envolvendo com a colher de pau até arrefecer. Juntei a farinha e o fermento, envolvi. Em seguida juntei a fécula de batata, o açúcar, a baunilha, o sal, a canela e a raspa do limão. Envolvi muito bem. De seguida juntei os ovos batidos e o leite e misturei muito bem. Juntei as pepitas e voltei a envolver para elas se misturarem uniformemente. Distribui montinhos de massa (uma colher de sobremesa cheia) sobre os tabuleiros forrados com o papel vegetal, (deixe um pequeno espaço entre os biscoitos). Levei ao forno pré-aquecido a 180ºC, até alourarem o que no meu forno levou 25 minutos, mas já sabem cada qual sabe do seu forno, ok?

♥♥♥ Existem mundos maravilhosos e fascinantes, mas existe um mundo infinitamente mais misterioso e atraente: o Céu que está dentro de nós.________________♥♥♥


Meishu Sama

domingo, março 03, 2013

PEPITAS DE TODOS OS CHOCOLATES E DE MANTEIGA DE AMENDOIM









Tive que tratar um assunto perto do El Corte Inglês, resolvi passar pela loja Americana Liberty Stores, para comprar e experimentar as pepitas deles. Pois as que já tenho comprado é no El Corte Inglês "Club del Gourmet", Cacao Sampaka, e já comprei na MAKRO. As da MAKRO , são as que menos me satisfaz, além que são pacotes de 3 kg, claro, que se congela e vai retirando conforme se precisa, assim já não se liga às datas nem às temperaturas do chocolate. Aguentam imenso tempo sem alterar e não se estragam. Como os frutos secos, eu congelo tudo, seja nozes, avelãs, amêndoas, pinhões, castanhas de maracanhã, castanhas de macadamia, nozes-pecã, passas, ameixas etc. Nunca altera o sabor e retiramos da arca 10 minutos antes de utilizar e já está pronto, sem sabores a "ranço". Faço o mesmo às massas, folhada, quebrada e filó, tenho sempre congeladas para uma pressa, basta 10 minutos fora do frio, e está pronta a usar, e assim não nos preocupamos com datas ok? Uma dica importante para mim, mas se não vos interessar, mandem para canto ok? Costumam perguntar-me onde compro as castanhas de maranhão, castanhas de macadamia e nozes-pecã, comprei sempre no El Corte Inglês" Club del Gourmet", agora também passo a comprar na loja Liberty Stores, a um preço um pouquito mais em conta, é só um pouquito, mas é! Mas voltando ao assunto desta postagem (pepitas), resolvi trazer as qualidades todas que a loja tem para oferecer. A que mais me surpreendeu foi a de manteiga de amendoim, que fiquei curiosa para experimentar. (Claro, não fosse eu mulher). Também trouxe uns copinhos com umas minis pepitas e granulados de chocolate variado, para polvilhar os gelados, cupcakes, e sobremesas. Como eu costumo dizer: utilizem, onde a vossa imaginação ditar, que é o meu caso. Depois vou dizendo o que faço com as ditas pepitas ok?

P.S. Para aquelas "pessoinhas" que se incomodam com as minhas dicas, ou a minha sinceridade, como foi o caso desta postagem, a "idade" além de me refinar o gosto, refinou-me e muito a minha maneira de (continuar) a ser, fui, sou e continuarei para mal do pessoal! Sou Lisboeta, os meus saudosos pais eram Lisboetas, a minha mãe da Graça, e o meu pai de Alfama, a minha família era/é toda de Lisboa só as minhas avós é que a materna era de Mêda, e a paterna de Alcochete. Quando disse aqui: que para mim o Chiado não era só o coração de Lisboa e sim o coração de Portugal, nunca pensei que se fossem melindrar. Somos um País tão pequeno em tamanho, mas GRANDIOSO em beleza e História, mas infelizmente o pessoal que habita este País não evoluíram, continuam com a mente "MESQUINHA" (claro, uma percentagem). Então é assim: conheço talvez 70% de Portugal de Norte a Sul, eu viajei muito para o Estrangeiro, mas nunca antes de conhecer uma grande parte do meu País. Mas pelo que me apercebi, incomodam-se com o que eu escrevo ou faço, mas deviam antes era se incomodarem com a vossa vida, e deixarem a minha. Eu sei, eu sei, mexo muito com o pessoal, mas peço imensa desculpas para as pessoas mais sensíveis, mas não me lixem, vão arrumar os vossos esqueletos pois precisam. Se a inveja matasse, ai "Jasuz", amigos(as). Portugal como disse anteriormente é "GRANDIOSO" em beleza, então todos temos que "puxar a brasa à nossa sardinha" o meu caso. Mas nunca esquecendo, que "LISBOA" foi considerada a 4º Cidade mais bonita do Mundo.

Notas: não esquecer o que escrevi mais atrás!?!?!? "Portugal, é gradioso em beleza", nessa frase eu enquadro um Portugal num todo e não só Lisboa ok?

___________"Sou a alegria de quem me ama, a tristeza de quem me odeia, a ocupaçao de quem me inveja..._______


(Mel Souza)

sábado, março 02, 2013

PAI, CONTINUA A DOER...!

            (Imagem retirada na Internet)
Pai, faz hoje 5 anos que partiste...continua a doer, e eu cada vez com mais certezas, que nunca esquecemos quem nós amamos. A dor não passa, agora digo: com toda a convicção do Mundo, o tempo, sim o tempo, não cura nada, é uma grande mentira que eu ao longo da minha vida fui enganada. Sabes? esta semana fui-te visitar a ti e à mãe. Fui com o teu neto Mauro, pois ele quis acompanhar-me. Ao recordamo-nos, realmente foste um herói. Quando eu estava a falar da lição de vida que me deste na tua doença, sabes o que ele disse? Mãe, era/é o avô. Grande verdade! Sempre foste um Campeão! Pai, amo-te até aquele dia que nos vamos abraçar para sempre.

___AUSÊNCIA

Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.

Carlos Drummond de Andrade

sexta-feira, março 01, 2013

QUEQUES DE REIMS





Mais uma receita do meu livro de 👉«Pantagruel», como a minha amiga Rosarinho chama: "a Bíblia culinária" e realmente o termo assenta que nem uma luva. Como já disse anteriormente, ando numa de consultar esta relíquia. Desta vez saiu uns queques, que sem levar gordura nenhuma, ficaram simplesmente fofos e deliciosos. Esta receita não teve a aprovação do meu provador oficial (filho), pois foram feitos em Outubro e ele não se encontrava em Portugal.

Ingredientes:
-250 g de farinha
-300 g de açúcar
-4 ovos
-1 colher de (chá) de fermento em pó
-raspa de uma laranja e açúcar para polvilhar

Untei as formas dos queques e polvilhei com farinha. Reservei. Liguei o forno a 180ºC. Numa tigela coloquei a farinha e fermento peneirados. Numa tigela bati as gemas com o açúcar até ficar uma mistura fofa, juntei a raspa da laranja, envolvi muito bem.  Entretanto fui juntando a mistura da farinha com as claras batidas em castelo alternadamente. Foi só envolver sem nunca bater a massa. Deitar nas formas até 3/4 e levar ao forno até inserir o palito e sair seco, o que é rápido.

Nota: estes queques são fantásticos. Aquelas pessoas que não podem comer gorduras por algum motivo, são mesmo uns bolos fantásticos. Na foto, só aparece três queques, mas dá dez queques grandes.

_____Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão.____________

Fernando Pessoa

quarta-feira, fevereiro 27, 2013

RISSÓIS DE LEITÃO


O filho quando chegou no dia 24 de Dezembro, vinha com apetites de comer leitão, mas ele só gosta do da Bairrada, para não nos deslocar tão longe, fomos comer o leitão à Quinta do Conde ao Restaurante Manjar do Norte. Quem seja apreciador do afamado bichinho, merece a pena deslocar-se ao sitio, pois é mesmo uma verdadeira maravilha. Estaladiço até mais não, a parte das costelas que é a parte que mais gosto, bem, comi, tenho uma leve impressão que nunca tinha comido tanto leitão de uma só vez. Mas, esta história toda para quê? Pois, mas mesmo assim sobrou leitão, pois vem muito bem aviado. Pedi para embrulhar, pois era as partes que tem mais carne, mas não gostamos tanto. Pensei fazer uns rissóis, já há muito que não fazia, pois fritos não é dos meus "dreams", passo meses sem fazer fritos, mas esta carne não se podia desperdiçar, além que eu não gosto, de estragar, nem deitar fora comida. Vamos à receita que faço há anos, e que na altura, retirei do meu livro"Doze Meses de Cozinha".

Ingredientes da massa:
-1 chávena bem cheia de farinha
-1/2 chávena de leite
-1/2 chávena de água
-1 colher de (sopa) de manteiga
-sal

Levei o tacho ao lume com o leite, a água, a manteiga e uma pitada de sal. Quando levanta fervura, deitei de uma só vez, a farinha e, mexendo sempre com uma colher de pau, deixei cozer a massa até se despegar do fundo do tacho, formando uma bola. Retirei do lume e coloquei a massa sobre a pedra da bancada, coloquei as mãos na massa e fui trabalhando a massa até arrefecer. Depois estendi a massa com o rolo e coloquei montinhos do recheio de bechamel com leitão. Dobrei a massa e cortei. Passei os rissóis por ovo batido e pão ralado, e fritei em óleo bem quente.

Entretanto fiz o molho bechamel. Num tacho coloquei a manteiga, quando derretida juntei a farinha, e envolvo enérgicamente para envolver e não ficar com grumos. Vou juntando o leite sempre a mexer com a vara de arames até ter a textura que gosto (nem muito grosso nem muito liquido) tempero com sal, pimenta-preta moída na altura e noz-moscada ralada na hora. Depois juntei o leitão desfiado, sem peles e gorduras, e juntei um pouco de pimenta cayena ao gosto de cada! Servi com um arroz de ervilhas e uma salada verde.

Nota: As quantidades da massa dá para 12 rissóis, o molho: a quantidade é uma colher de sopa de manteiga para uma de farinha, mas já sabem cada qual sabe as quantidades necessárias das suas casas ok?

________Não acredite em algo simplesmente porque ouviu. Não acredite em algo simplesmente porque todos falam a respeito. Não acredite em algo simplesmente porque esta escrito em seus livros religiosos. Não acredite em algo só porque seus professores e mestres dizem que é verdade. Não acredite em tradições só porque foram passadas de geração em geração. Mas depois de muita análise e observação, se você vê que algo concorda com a razão, e que conduz ao bem e beneficio de todos, aceite-o e viva-o.________________


Buda

segunda-feira, fevereiro 25, 2013

PASTÉIS DE NATA




Pasteis de nata: gosto, os filhos igualmente. Há talvez uns vinte anos que me aventurei a fazer a receita do meu livro "Doze Meses de Cozinha", até me saiu muito bem! Depois o tempo foi passando, e nunca mais fiz. Ok, na altura morava na Amadora, a 5 minutos de Belém, quando estava com apetites, preferia ir comer lá os tão afamados "Pasteis de Belém". Só que sou sincera, desde que me lembro de ser gente que como os ditos com muita frequência, mas também só gosto deles quando estão quentes ou mornos, pois de um dia para outro, perdem a graça toda, ficam estilo "pastilha elástica". Mas, mais uma vez é a minha modéstia opinião. Há pastelarias a fazerem os mesmos, (Pasteis de nata), não os de Belém, mas que para mim são de uma qualidade, excelente, e conseguem-se comer no outro dia perfeitamente estaladiços. Agora estes que fiz, tirei a receita do meu livro Pantagruel. O meu provador oficial (filho) aprovou. Já tinha aqui no blog uma experiência com a massa folhada de compra.

Para a massa:
-250 g de farinha
-125 g de manteiga
-75 g de banha
-1 c. de café de sal

Peneira-se a farinha com o sal para um tigelão e amassa-se com água fria, apenas o necessário para formar uma bola ligada, que se deixa descansar 10 minutos. Bate-se a manteiga juntamente com a banha com uma espátula de madeira e mete-se no frigorífico também durante 10 minutos. Estende-se a massa sobre a pedra da mesa com o rolo de madeira, formando um quadrado, que se barra com metade da mistura manteiga-banha. Dobra-se ao meio, põe-se sobre uma tábua e mete-se no frigorífico durante 10 minutos. Torna-se a estender, barrando-se com o resto das gorduras e enrola-se, formando um rolo como o salame. Corta-se em 24 pedaços iguais e mete-se cada um dentro duma forminha pequena. Deixam-se descansar ainda 10 minutos no frigorífico. Moldam-se então dentro das formas os pedaços de massa, puxando-a com os dedos molhados em água fria, para forrar as formas do fundo e dos lados, formando assim as caixas dos pasteis. Deve comprimir-se a massa com os polegares de baixo para os lados, de modo a deixá-la francamente mais fina no fundo.

Para o recheio
-1//2 l de nata
-8 gemas
-150 g de açúcar
-10 g de farinha

Desfaz-se a farinha na nata aos poucos para não formar grumos e bate-se com as gemas e o açúcar. Leva-se ao lume, mexendo sempre, até quase levantar fervura. Vaza-se nas forminhas forradas com a massa, só até 3/4 e tendo o cuidado de não sujar as beiras da massa com creme. Cozem-se em forno muito quente e, querendo, antes de servir polvilham-se com açúcar em pó e canela.

Nota: o livro traz 2 receitas de massa, eu fiz a primeira, a segunda pelo que li é mais folhada. Fica para uma próxima vez, deu 18 pasteis e foi vapt-vupt.

____Muitas pessoas pensam que a felicidade somente será possível depois de alcançar algo, mas a verdade é que deixar para ser feliz amanhã é uma forma de ser infeliz.___________

Roberto Shinyashiki

sexta-feira, fevereiro 22, 2013

FRANGO COM COENTROS E SEMENTES


Temperei um frango do Campo com um polme que fiz: com sumo de 1 limão, 100 ml de azeite, sal marinho, pimenta-preta acabada de moer, 3 dentes de alho picados, 1 molho de coentros picados grosseiramente e sementes de coentros. Envolvi o frango nesse polme e deixei o bichinho descansar durante 1 hora. Levei o frango num tabuleiro ao forno pré-aquecido a 180º C, fui virando o mesmo, a meio da cozedura juntei umas batatas descascadas e cortadas em quartos. Servi com uma salada verde. Mais simples e delicioso, não há.

____O pior erro encontrado nas amizades, e dar conselhos para aqueles amigos que odeiam escutar a verdade.______________

Adson Jácome

MEDIDAS











Numa das minhas idas ao IKEA, trouxe mais um medidor em inox, para juntar a tantos que já tenho, mas, que lhes dou muito uso. Balança "quase" que não a uso. Recebo muitos mails a pedirem-me para trocar por gramas, as medidas de cup/chávena, que eu utilizo nas minhas receitas, principalmente, bolos e sobremesas. Claro, que respondo, mas trago agora esta mensagem e fotos, para verem como é tão simples as medidas, e encontram em qualquer loja.  Quem não tem as medidas, meninos (as) não à que atrapalhar, é só usarem uma chávena almoçadeira (média) das que tem em casa. Como a minha avó dizia:"uma mulher enrascada é pior que uma barata de pernas para o ar". A que vêem na foto azul e a pequena branca até veio acompanhar o detergente da roupa, que eu, todas que acompanham lavo-as muito bem e ficam para serem utilizadas quando preciso de uma medida mais pequena. Estejam com atenção a partir de agora, quando os detergentes trazem aqueles copinhos de plástico, a Isabel aproveita tudo, nada se estraga, mas, tudo se transforma. Espero que a dica sirva para vos ajudar, quem não sabia. Se o que acabaram de ler, não interessar, esqueçam o que leram, façam como eu, quando não interessa: coloquem no seu devido lugar: canto.

quarta-feira, fevereiro 20, 2013

AZEVIAS DE ALPALHÃO




Este Ano no Natal fiz uma receita de azevias do meu livro "Tesouro da Cozinha Regional Portuguesa" de Maria Odete Cortes Valente.

Ingredientes para a massa:
-250 g de farinha
-30 g de banha
-2 colheres de sopa de azeite
-1/2 colher de chá de fermento em pó
-água
-óleo para fritar
-açúcar para polvilhar

Põe-se a farinha com o fermento numa tigela. No centro faz-se uma cova, onde se deitam as gorduras quentes. Envolve-se rapidamente e vai-se amassando, adicionando golinhos de água. Bate-se na pedra da mesa e volta a amassar-se até estar macia e maleável. Tapa-se com um pano e repousa durante meia hora. Estende-se com o rolo, para ficar muito fina. No centro coloca-se uma colher de doce de batata com amêndoa, dobra-se a massa e corta-se. Fritam-se em óleo quente. Escorrem-se e polvilham-se com açúcar.

Ingredientes para o recheio:
-1 kg de batata
-1 kg de açúcar (utilizei só 400 g de açúcar)
-500 g de água
-1 pau de canela
-casca de limão
-150 g de miolo de amêndoa
-4 gemas
Leva-se ao lume o açúcar com a água, a casca do limão cortada fininha e o pau de canela. Logo que esteja em ponto de fio, junta-se a batata cozida e reduzida a puré, as amêndoas peladas e passadas pela máquina e as gemas previamente batidas. Logo que estas estejam cozidas retira-se do lume. Arrefece e pode ser utilizado.

____Não tenha medo do sofrimento, pois nenhum coração jamais sofreu quando foi em busca dos seus sonhos._______________


Paulo Coelho

segunda-feira, fevereiro 18, 2013

ARROZ DE POLVO NO FORNO


Cozi um polvo. Depois de cortar as pontas dos tentáculos catrapúm, dentro da panela de pressão, fecha-se coloca-se o pipo, depois de começar a apitar é entre 20 a 30 minutos conforme o tamanho do polvo. Deixa-se arrefecer, abre-se a panela retira-se o polvo e corta-se ao bocados. Reserva-se. A água também se reserva. Num tacho de barro coloquei uma cebola picada, dois dentes de alho igualmente picado e reguei com azeite, levei ao lume até a cebola ficar translúcida, nessa altura juntei um pimento verde lavado e sem sementes cortado em tiras. Envolvi muito bem sempre em lume brando. Quando comecei a ver o pimento a murchar (largar os seus sabores) juntei o polvo, um molho de coentros picados, e o arroz (carolino), envolvi deixei só um pouco até o arroz estar "quase" frito e juntei a água de cozer o polvo, envolvi muito bem, temperei com sal marinho, e levei o tacho ao forno pré-aquecido a 180ºC, até o arroz estar cozinhado.

Notas: eu sempre cozi o polvo assim sem água e sal, pois o mesmo vai largar a sua própria água e sal, e é nessa mesma água que coze. Daí eu cortar os tentáculos. Mas cada qual tem a sua maneira de cozer o bichinho ok? A água de cozer este arroz é sempre duas medidas e meia para uma de arroz ok? Agora as quantidades, já sabem cada um sabe as de sua casa.

_________Perca com classe, vença com ousadia, por que o mundo pertence a que se atreve.____________


Charles Chaplin

sexta-feira, fevereiro 15, 2013

BROWNIES COM CASTANHA MACADÂMIA





Chocolate e eu temos uma ligação Kármica, resolvi fazer estes Brownies com as castanhas macadâmia, e em muito boa hora, pois são excelentes. O meu provador oficial (filho) disse: brutalíssimo. Vamos lá à receita.



Ingredientes:
-150 g de chocolate 70% cacau (usei Cacao Sampaka)
-150 g de manteiga
-70 g de farinha
-1 colher de (chá) de fermento em pó
-125 g de açúcar
-3 ovos
-150 g de castanhas macadâmia inteiras (pode usar picadas, ou outro fruto ao gosto)
-1 colher de (chá) de baunilha liquida
-1 pitada de sal
Aqueci o forno a 150ºC, untei com manteiga e polvilhei com cacau um tabuleiro rectangular (17x27). Numa caçarola, coloquei o chocolate a derreter juntamente com a manteiga e o açúcar. Bati os ovos com a baunilha e juntei ao preparado anterior. Juntei a farinha peneirada com o fermento e sal e, por fim adicionei as castanhas. Deitei a massa na forma, espalhando uniformemente. Levei ao forno durante 35 minutos. Retirei do forno e deixei arrefecer, depois desenformei e cortei aos quadrados.

Notas: aqui na foto só aparece 3 quadrados, mas deu 15.

_____Quanto mais nos elevamos, menores parecemos aos olhos daqueles que não sabem voar._____

Friedrich Nietzsche

FARINHA 33





Ando com saudades dos sabores que tenho na memória de criança. A farinha 33 comia muito em criança, assim como a farinha Amparo ou Predileta (não encontrei) e a Maizena essa vende-se em qualquer mercearia ou grande superfície. Mas continuando com a história da farinha, quando me encontrei com uma "amiga", falamos da mesma. Ela disse: que numa mercearia perto de sua casa vendia, se eu não encontrasse, quando voltássemos-nos a encontrar ela comprava para mim. Tive que ir ao Chiado tratar de um assunto, depois de (assunto) tratado, não consigo vir para casa, tenho que passear e almoçar pela zona. Chiado o coração de Lisboa, mas eu vou mais longe, para mim é o coração de Portugal. Ali respira-se beleza a todos os níveis.



Não vale a pena mandarem mails a darem-me na cabeça ok? É a minha opinião, à que respeitar, assim como eu respeito a opinião dos demais, o respeitar não quer dizer que concorde, mas o respeito sempre ficou bem e não fez mal a ninguém. A isso, se chama "educação" que infelizmente há muito pessoal com falta, ou então não tem vida própria, ou não podem ter, nem sei! Mas incomodam-se com a vida dos outros, o caso: do que aqui coloco no blog. Neste dia recebi 2 mails, a perguntarem-me se eu não tinha juízo, e o porquê de divulgar no bolg tudo! Então é assim: juízo, tenho q.b. o que acho que é importante, e nunca me dei mal com o pouco ou muito que tenho. Agora o de colocar tudo no blog, ai, ai amigos (as), podem crer que só coloco o que eu "QUERO". A minha vida só me diz respeito a mim, mas gosto de partilhar alguns momentos com os meus seguidores que me visitam por bem. Agora continuo a dizer: se o meu cantinho (blog) vos provoca essa "azia" que transmitem nos vossos mails, não me visitem, deixem-se de coscuvilhice, ok? Vão visitar o mar, ou quiçá a montanha, o que vos der mais prazer ok? Ah, mas não se esqueçam de fazer uma limpeza (estamos quase na Primavera) ao vosso armário, e guardarem os vossos esqueletos numa arca e mandarem ao mar ou deixar na montanha. :)

Bem, mas continuando com o meu passeio no Chiado, encontrei a farinha 33 na Mercearia: A Vida Portuguesa, uma lufada de produtos que eu não via há muitos, mas, mesmo muitos anos. Agora fiz a farinha, fiquei ainda com mais saudades, pois não me soube ao sabor de criança, a culpa não é da farinha e sim das saudades da minha mãe, pois era ela que fazia sempre, eu nunca tinha feito. Acontece-me eu fazer as coisas como a minha saudosa mãe, mas é escusado: como a minha filha diz: o segredo está nas mãos, e é uma grande verdade.  Fiz exatamente como via a minha mãe fazer, com a casquinha de limão, o leite. Enfim...

__________"Apenas sentem-se agredidos aqueles que te invejam."____

Martha Medeiros

quarta-feira, fevereiro 13, 2013

ESPADARTE GRELHADO COM MOLHO DA GIOVANA


Tinha Espadarte, para fazer, resolvi fazer o molho do "meu" Jamie Oliver, e em muito boa a hora o fiz. O meu provador oficial (filho) disse: brutalíssimo. O País onde o meu filho esteve, a este peixe chamam Peixe-espada, ele como adora (peixe-espada) na primeira vez, que pediu, ficou desiludido, pois não era o nosso, e sim o Espadarte. Mas, gostou e depois continuou a comer.

Ingredientes para o molho:
-sumo de 1 limão
-azeite extra virgem
-sal marinho e pimenta-preta acabada de moer
-3 dentes de alho, descascados e laminados
-1 pé de hortelã, usar só as folhas grosseiramente picadas
-orégãos
Espremi o limão para uma tigela e juntei 3 vezes essa quantidade de azeite. Temperei com sal e pimenta, misturei o alho, a hortelã e os orégãos.

Pincelei as postas do Espadarte, e deixei durante meia hora. Coloquei as postas no grelhador pré-aquecido, quando vi que estava cozinhado, virei o peixe até estar cozinhado. O que é estilo "vapt-vupt. Servi acompanhar com batatas cozidas, nabo, cenouras e brócolos, reguei com o molho preparado anteriormente.

______Devemos aceitar a deceção finita, mas nunca perder a esperança infinita.___________


Martin Luther King

segunda-feira, fevereiro 11, 2013

SONHOS RECHEADOS COM CHOCOLATE







No Natal fiz os sonhos recheados com creme pasteleiro. No dia de Reis fiz de novo, metade foi simples envolvidos em açúcar e canela, a outra metade, foi recheados com ganache de chocolate, que fiz com 200 g de chocolate 70% cacau Valrhona (usem o que gostam), 1 colher de sopa de manteiga e 150 ml de natas. Em banho-maria derreti o chocolate com os restantes ingredientes. Deixei arrefecer completamente antes de rechear os sonhos com o saco pasteleiro. Comentário do meu provador oficial (filho): brutalíssimo...

Ingredientes:
-300 g de farinha
-7,5 dl de água
-6 ovos
-1 colher de café de fermento
-1 colher de café de sal
-casca de limão
Leva-se ao lume um tacho com a água, a casca fina de limão e o sal. Quando ferver, deita-se duma só vez a farinha, começando imediatamente a mexer com colher de pau até ligar. Depois de ferver um pouco para cozer, deita-se o preparado numa tigela e, deixa arrefecer. Quando frio, junta-se um ovo e começa-se logo a desfazer com a mão a massa cozida, continuando a adicionar os ovos um a um amassando continuamente sem deitar um ovo antes do anterior estar bem incorporado na massa. Junta-se o fermento e bate-se então fortemente com a colher de pau até ficar homogéneo e corredio. Frita-se às colheradas em óleo fervente em lume brando para crescerem e rebentarem e vão-se pondo sobre papel de cozinha. Depois com uma tesoura dei um corte e com o saco Pasteleiro enchi o interior com o creme de chocolate.

____O optimista pode até errar.
Mas o pessimista já começa errando..._____


Juscelino kubitschek

sexta-feira, fevereiro 08, 2013

TATUAGEM



A minha tatuagem.❤ Não, não é porque é moda, e sim, porque desde há uns 15 anos que eu queria fazer. O problema? É que eu sabia o que queria, mas quando entrei nas duas lojas de TATOO para o fazer uma em Lisboa talvez há uns 10 anos e a outra foi no Fórum Almada,  uma loja que abriu lá, mas já fechou. Entregavam-me um dossier com imagens de tatuagens para escolher. Ok, sou diferente, a tatuagem para mim tem um significado diferente, tinha que ser algo personalizado, saí das lojas e nunca fiz. O tempo foi passando mas a ideia nunca.

Eu sempre disse: queria uma tatuagem que representasse o meu AMOR pelos meus filhos. Queria algo que ficasse gravado na minha pele, pois no coração está gravado desde a mínima suspeita de saber que estava grávida. Ao longo do tempo quando falava com família ou amigos (as), a resposta era sempre a mesma, ah, não gosto, não faças, é horrível, ah, não e não. Mas, o problema ou não, é que eu sempre fui, sou e serei uma mulher que nunca ligou à opinião dos outros, a minha é que prevalece, mesmo que me espalhe, mas levanto-me com muito mais força e sabedoria. O meu filho, há uns anos também me falou em fazer uma tatuagem, eu como em tudo na vida apoio as decisões dos filhos sejam do meu agrado ou não. A vida é deles, mas o meu apoio incondicional pela vida toda terão sempre. Falamos sobre a mesma, mas fiz-lhe ver que a tatuagem é para a vida (sou contra aquelas "pessoinhas" que fazem as tatuagens que estão na moda, ou o nome dos namorados (as), depois a moda passa ou o amor, pois isso não é eterno, e retiram as mesmas com laser), então a conversar com o filho fiz-lhe ver. A opinião do filho era a mesma que a minha, ele foi deixando passar o tempo, em Abril de 2012, resolveu ele próprio desenhar a sua tatuagem, que ele sabe bem o seu significado, e foi fazer a mesma. Estive um pouco com ele, sim a dele levou muito tempo, para dar o meu apoio, pois não podia fazer mais nada, as dores se pudesse tirava, mas isso infelizmente não consigo. Mas, nesse dia, disse ao meu filho: tens que desenhar a tatuagem, para a mãe fazer. A tatuagem da minha vida (filhos). Ok, ficou por ali, esperei, mas o tempo foi passando, entretanto o filho foi para fora, e a tatuagem ficou na lembrança. Mas, o meu filho é como eu, pode parecer que esquece, mas não. Este Natal, apesar das saudades que continuo a sentir dos meus pais, tive uma felicidade pois fui buscar o meu filho no dia 24 ao Aeroporto, ao fim de uns meses de ausência. A felicidade era mais que muita, estava cheia de "borboletas no estômago", a felicidade que senti, só a posso comparar ao dia do nascimento dele, abracei cheirei, beijei, e sei lá mais o quê. Tinha os meus filhos comigo, isso sim é importante. Mas esta conversa toda para quê? Pois, uma das prendas que os filhos me ofereceram nesta Natal foi mesmo o desenho e tatuagem. O desenho vinha dentro duma caixa, eu ao ver o mesmo, olhei, e vi o V e o M, e ainda vi no mesmo desenho um coração. Pensei, na tatuagem, mas não queria querer, mas eles disseram logo:-Mãe vais fazer a tua tatuagem, que feliz fiquei, pois era mesmo o que eu queria (V de Viviana e o M de Mauro, além que vendo o desenho de outro ângulo tem um coração, o meu AMOR pelos meus filhos. Quando lerem esta mensagem e virem a foto, vão dizer (pensar) a Isabel  "surtou", não, o problema é que sempre fui e serei "surtada" se fazer o que me dá prazer é ser (surtada) assumo: sou, mas com muita honra! Não é a idade, que faz com que eu fique com juízo :), a mesma dá-me, é a certeza de não deixar para amanhã o que gosto e me dá prazer: fazer HOJE, para mal de muito pessoal mas eu sou assim e serei sempre assim, pois estou na caminhada da vida, para ser feliz, mas como felicidade completa não existe, tento aproveitar os "momentos" da vida. Só me importo é com a opinião dos meus filhos, a opinião dos outros sejam família ou amigos (as) é «lane caprine» para mim, os desconhecidos esses nem classifico. Como podem ver com esta atitude (presente) dos filhos, tive a aprovação deles. AMO-VOS meus filhos, obrigada por serem como são, pois são o meu orgulho!

Notas: aqui eu disse: que ia fazer uma coisa que depois postava, ora bem, aqui está! Agora sobre a tatuagem. Fui fazer ao amigo do meu filho, que já tinha feito a sua, o Mário Neves que tem a sua loja aqui!

Então é assim: penso que doeu muito mais aos meus filhos que a mim. A minha filha não quis acompanhar-me, o filho sim. Quando o Mário começou o seu excelente trabalho, o filho agarrou nas minhas mãos para dar-me força, ou "quiçá" para tirar-me as dores...(sorrisos). O tempo foi vapt-vupt (rápido) estive sempre na conversa, pois é uma coisa que adoro, quem me conhece, sabe perfeitamente, quando acabou, eu só disse: já!?!? Sempre quis fazer a tatuagem como escrevi mais atrás, mas era só esta. Mas se tivesse a ideia de fazer mais alguma faria, pois as dores que senti não me demoveriam de fazer outra.

P.S. Na terça-feira fez oito dias que a fiz. O local que escolhi desde que pensei fazer a tatuagem, foi no pescoço, como tenho o cabelo comprido, não se vê, mas quando faço rabo- de-cavalo, claro que se vê, mas era mesmo este sentido que eu queria, só se vê quando eu quero...