Mostrar mensagens com a etiqueta peixes. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta peixes. Mostrar todas as mensagens

quarta-feira, março 13, 2013

SALMÃO COM HARISSA E LIMÃO







Tinha ido à MAKRO de Palmela. Comprei salmão selvagem, ao qual pedi à funcionária para cortar 3 postas para grelhar e que cortasse uns lombinhos. A simpatia naquele espaço das funcionárias na zona da peixaria é mais que muito, não sei se é porque já me conhecem, tratam do peixito tal e qual peço sem má cara como a maioria do pessoal de outros espaços. Gosto de comprar peixe fresco ali, sempre fui muito bem servida e sempre com um sorriso. Que parecendo, é meio caminho andado para um dia excelente. Peixe de apicultura? Prefiro não comer peixe. Podem dizer que é maravilhoso, mas não, não senhora não compro, peixe criado a farinhas...só gostava de avançar uns anitos no tempo para saber o que dirão desse peixe: ah, faz mal a isto, ah, faz mal aquilo, mas entretanto o pessoal já foi consumido carradas. Sou um pouco ou mesmo muito teimosa, mas "sou assim, sempre fui assim e serei assim..., "vamos lá à receita. Resolvi utilizar Harissa uma especiaria que vei da Tunísia. Em muito boa hora o fiz, pois ficou fantástico, ou se preferirem brutal, como o meu provador oficial (filho) disse! Vamos à receita.

Temperei os lombos com umas pedras de sal marinho. Reservei um pouco. Numa frigideira anti-aderente coloquei 1 colher de sopa de azeite. Coloquei os lombos de salmão, e virei de todos os lados, só mesmo para selar o peixe. Coloquei os lombos num tabuleiro de ir ao forno, e polvilhei com Harissa, e reguei com sumo de limão. Levei ao forno pré-aquecido a 200ºC, só mesmo o tempo de dourar, o que é rápido, pois como sabem o salmão é um peixe que tem o seu próprio tempo de cozedura (curto), pois se passa o seu "tempo" torna-se seco. Servi acompanhado com feijão-verde e cenoura salteado.

Arranjei os feijões (tirei fios e cortei os mesmo em tirinhas finas), descasquei as cenouras e cortei em rodelas. Coloquei num tacho com água e umas pedras de sal marinho. Levei a cozer, o que é rápido, pois não se quer que fique demais, pois ainda vai a saltear. Depois de cozido escorri e reservei.

Numa frigideira anti-aderente juntei 2 colheres de sopa de azeite 5 dentes de alhos descascados e espremidos (ou picados como preferirem), deixei harmonizar sabores e juntei o feijão e cenouras, salteei. Fui envolvendo, e o tempo é mesmo só até estar tudo muito bem envolvido e harmonizado.

P.S. Falo da MAKRO de Palmela, pois é a que vou, quando morava na Amadora ia à de Alfragide, pode ser impressão minha mas gosto muito mais da peixaria de Palmela, e do pessoal: esse então não há dúvidas... a simpatia para mim, é igual ao pessoal que vai comprar para restaurante. Na Amadora o pessoal dos Restaurantes eram atendidos de maneira diferente...eram, não sei se agora será assim pois o pessoal tem que assegurar o seu posto de trabalho e não convém haver queixas.

Estou no Instagram e Facebook aqui!

_____Mas não tenho mais tanta pressa. Comecei a aprender a ser mais gentil com o meu passo. Afinal, não há lugar algum para chegar além de mim. Eu sou a viajante e a viagem._______


Ana Jácomo

quarta-feira, fevereiro 13, 2013

ESPADARTE GRELHADO COM MOLHO DA GIOVANA


Tinha Espadarte, para fazer, resolvi fazer o molho do "meu" Jamie Oliver, e em muito boa a hora o fiz. O meu provador oficial (filho) disse: brutalíssimo. O País onde o meu filho esteve, a este peixe chamam Peixe-espada, ele como adora (peixe-espada) na primeira vez, que pediu, ficou desiludido, pois não era o nosso, e sim o Espadarte. Mas, gostou e depois continuou a comer.

Ingredientes para o molho:
-sumo de 1 limão
-azeite extra virgem
-sal marinho e pimenta-preta acabada de moer
-3 dentes de alho, descascados e laminados
-1 pé de hortelã, usar só as folhas grosseiramente picadas
-orégãos
Espremi o limão para uma tigela e juntei 3 vezes essa quantidade de azeite. Temperei com sal e pimenta, misturei o alho, a hortelã e os orégãos.

Pincelei as postas do Espadarte, e deixei durante meia hora. Coloquei as postas no grelhador pré-aquecido, quando vi que estava cozinhado, virei o peixe até estar cozinhado. O que é estilo "vapt-vupt. Servi acompanhar com batatas cozidas, nabo, cenouras e brócolos, reguei com o molho preparado anteriormente.

______Devemos aceitar a deceção finita, mas nunca perder a esperança infinita.___________


Martin Luther King

segunda-feira, novembro 26, 2012

SOPA DE SARDA (CAVALA) À ALENTEJANA








Uma sopa Alentejana, que ficou brutal! Para mim como leva pão, é mais uma açorda. Acho que o que a Maria Manuela Limpo Caetano diz sobre as mesmas, tem muita verdade.

«Os títulos das receitas de açordas e de migas são bastantes arbitrários, visto em determinada localidade chamarem migas ao que noutra localidade, às vezes não muito distante, chamam açorda e até sopas. Este caso de nomenclatura constitui invariavelmente um bico-de-obra. O peixe (Diplodus vulgaris), que em Cascais tem o nome de russada, é conhecido no Algarve por safia, na Madeira por seifa e em Sesimbra por cruta. É realmente difícil ser-se prior em certas freguesias...»

( Maria Manuela Limpo Caetano )

Vamos lá à receita. Temperei a sarda com sal marinho, reservei 24 horas no frigorífico. Num tacho coloquei duas cebolas médias picadas e um dente de alho picado. Juntei uma folha de louro e reguei com azeite. Levei ao lume até a cebola estar translúcida, nessa altura juntei 3 tomates maduros (grandes) pelados cortados aos cubos, e um pimento verde cortado em tiras. Sempre em lume brando deixei o tomate largar os seus próprios sucos e murchar o pimento. Nessa altura acrescentei 250 ml de água. Quando levantou fervura sacudi o sal da sarda e coloquei dentro do tacho. Temperei com pimenta Cayenne, polvilhei com orégãos, e coloquei um bom molho de coentros, e fechei o tacho. Deixei cozinhar a sarda sempre em lume brando. Numa sopeira coloquei duas fatias de pão Alentejano e deitei a sopa por cima. Depois coloquei a sarda.  E polvilhei com mais coentros, já sabem é a minha costela Alentejana, adoro coentros, numa encarnação anterior em vez de Lisboeta devo ter sido uma Alentejana com certeza. Quem quiser usar batatas está à vontade, e quando deita a sopa na sopeira coloca na mesma o pão Alentejano. Agora tenho que aplicar o termo do meu filho: brutalíssimo... 

Notas: Não coloquei sal no tacho, pois para mim o sal da sarda é mais que suficiente, mas cada qual sabe como gosta.


...Agradeço todas as dificuldades que enfrentei; não fosse por elas, eu não teria saído do lugar. As facilidades nos impedem de caminhar. Mesmo as críticas nos auxiliam muito...

[Chico Xavier]

segunda-feira, novembro 12, 2012

LOMBO DE SALMÃO COM ROSMANINHO


Em Setembro recebi um mail da Becel a desafiarem-me para fazer uma receita à minha escolha com a Becel Cozinha Líquida. Ok, aceitei! Pois se a vida é um constante desafio, e eu ando nele (desafio), até aí tudo bem. Só que pediam para fazer se possivel uma receita Light. Sendo a Becel Cozinha Líquida, com menos 30% de gordura que o azeite. Bem, quem segue o Cozinhar Com os Anjos, sabe perfeitamente que não é de todo um blog Light, a Isabel não é apreciadora de todo desse estilo de cozinha. Pois sendo eu uma "surtada" pelo que melhor tem a nossa cozinha, seja de salgados ou doces. Mas resolvi seguir com uma receita Light para usar a Becel Cozinha Líquida que me enviaram. Vamos à receita simples, mas delíciosa. Primeiro reguei o lombo de salmão selvagem com o sumo de um limão. Reservei uma hora. No meu delicioso Almofariz ,coloquei uma mão-cheia de Rosmaninho e uma colher de (sopa) de sementes de mostarda e umas pedrinhas de sal marinho, moí até fazer um polme. Envolvi o lombo com essa mistura e reservei 1/2 hora. Ao fim desse tempo numa frigideira coloquei 2 colheres de (sopa) cheias de Becel Cozinha Líquida. Selei o Salmão nessa gordura,  quando selado coloquei num tabuleiro  e levei ao forno pré-aquecido 200ºC, durante 8 minutos, só o tempo para cozinhar, mas não deixar passar do ponto. Pois como sabem o salmão convém ficar rosado por dentro, se passa desse ponto, fica «seco» o que não convém! Servi com uns brócolos cozidos simplesmente... Ficou fantástico.

 


...A verdade cabe em todo lugar.
Bem como a boa conduta,elegância e a palavra que ajuda.
Muitos tem razões
Poucos tem sensiblidade
E alguns, menos ainda...o entendimento!!!

[Abnara Leon]

sexta-feira, novembro 02, 2012

BESUGO NO FORNO COM BROA

 
Tinha duas fatias de broa, tinha besugo, resolvi fazer no forno. Peixe para mim, adoro de todas as maneiras e feitios... Vamos à receita.

Temperei dois besugos, depois de devidamente arranjados, temperei com sal marinho e reguei com um limão reservei. Piquei na 1,2,3 a broa com um molho de salsa, reservei. Num tabuleiro coloquei uma cebola picada grosseiramente, 1 tomate maduro e pelado cortado aos bocadinhos, 2 alhos laminados 3 batatas cortadas aos cubos, temperei com sal marinho e pimenta-preta moída na altura, reguei com azeite e borrifei com vinho branco, e envolvi tudo muito bem. No fundo do tabuleiro deixei a cebola, e coloquei os besugos, as batatas ao lado do peixe, cobri com a mistura da broa com a salsa, reguei com azeite e foi ao forno a 200º C até as batatas estarem cozidas e a broa loura, pois o peixe já está. Ok, ficou fantástico...


"Você nunca sabe a força que tem. Até que a sua única alternativa é ser forte."

[Johnny Depp]

segunda-feira, outubro 22, 2012

MASSADA DE PEIXE [CAVALA]



Neste dia,  tinha estado a conversar com a minha amiga Manuela, outra apreciadora desta maravilha (cavala). Onde ela me fala da massada de cavala. Sendo a minha amiga da Figueira da Foz, contou-me que em Buarcos uma aldeia piscatória, era uma comida que muito os pescadores costumavam levar para o mar. Massada de peixe, adoro, agora de cavala nunca tinha comido, mas sendo um peixe gordo, só podia ficar uma maravilha, como vim a comprovar. Fiz diferente da receita original, pois o peixe é acrescentado em postas.



Temperei esta cavala com bastante sal. Ao fim de cinco horas sacudi o sal e cozi a cavala. Depois de cozida tirei as espinhas da cavala e reservei a mesma. A água coei e reservei tudo no frigorífico. Comprei as cavalas tão fresquinhas, não ia congelar o peixe. Sim, eu sou daquelas pessoas que como peixe fresco (nem sei, se é) e como peixe congelado. Acho de uma "burrice" atroz ouvir pessoal a dizer: ai, eu nunca como peixe congelado. Ok, mas compram peixe fresco e chegam a casa e catrapúm, peixe na arca. Depois quando vão consumir, dizem: é peixe fresco!!! Pois é, acabou de sair da arca/frigorífico. Há peixe congelado muito mais fresco do que o próprio fresco que dizem. Para mim peixe fresco é aquele que se compra aqui na Fonte da Telha ou Costa da Caparica, quando os pescadores puxam as redes, e vendem esse peixe a saltar ainda. O que se compra nos mercados ou grandes superfícies de fresco para mim não têm nada. Tem ótimo especto como o caso das minhas sardas, mas não me iludo. Agora o tachinho que aparece na foto, é só para fazer "bonito" para a foto. Como já disse aqui, tenho imensa loiça, mas desde que tenho o blog estou sempre a comprar, pois canso-me de estar sempre a fotografar o mesmo, por isso também penso que os meus seguidores se cansam de ver sempre o mesmo. Como sou uma mulher que liga e muito aos pormenores ando sempre a comprar loiça, mas claro que não é dúzias e sim peças soltas. Estes tachinhos comprei vários de cores diferentes. Pois acho um miminho para servir com algumas entradas individuais. Comprei na loja CASA quando comprei estes copinhos, estavam em saldo a um preço delicioso (1,99 €) cada. Bem, vamos à receita.


Receita:
Num tacho piquei uma cebola e dois dentes de alho. Juntei uma folha de louro, reguei com azeite e levei a lume brando até murchar a cebola (ficar translúcida). Nessa altura juntei 2 tomates  maduros e sem pele cortados aos bocadinhos. Deixei que os tomates deitassem o próprio suco, nessa altura aumentei o lume e juntei 100 ml de vinho branco. Juntei a água que tinha cozido a cavala e deixei levantar fervura. Nessa altura juntei massa de cotovelinhos e deixei cozinhar. Quando estava quase juntei a cavala reservada e um molho de coentros picados. Retifiquei, o sal e temperei com piripiri. Claro, que depois foi me deliciar...

Estou no Facebook aqui!

"Quem sonha de dia tem consciência de muitas coisas que escapam a quem sonha só de noite."


[Edgar Allan Poe]

sexta-feira, outubro 05, 2012

CAVALA EM ESCABECHE



Hoje começo com a citação de Óscar Wilde «Meu gosto é muito simples. Gosto do melhor de tudo.»

 Identifico-me na perfeição. Claro, que a leitura desta citação se for interpretada por pessoas "ocas", "vazias" de sentimentos, pensam logo em bens materiais...Para mim: simplesmente o melhor de tudo, é mesmo estes sabores que tenho de infância e que sei, que só eu fazendo os posso recordar de novo. Peixe de escabeche, para mim, é dos maiores manjares. Cavala, Sarda idem aspas...numa das minhas idas à MAKRO, onde ia com desejo de comprar raia, não havia, mas as cavalas estavam lá lindas de morrer, pois, elas já estavam mortinhas, morridas.😂 Mas, quando eu digo que estavam lindas, é porque eram fresquinhas e enormes (1,200kg) cada, trouxe 2 uma pensei logo em fazer este escabeche que já estava apetecer-me há muito. As saudades da minha mãe continua a doer, e os sabores que só ela me soube presentear ao longo da minha vida, estão em alta. Já não tenho os mimos da minha mãe, agora só em memória. Desde que o meu filho partiu, como eu disse: a vontade de cozinhar foi com ele. As saudades já dói e muito! Pois, as saudades dele também andam em alta. O Skype é uma maravilha, pois oiço a voz e vejo o meu filho, mas  tenho saudades dos abraços e cheiro do meu filho, mas voltando à receita que é o que vos interessa.

As cavalas vinham arranjadas  decapitei as sardas.😎 Uma cortei em fatias finas e temperei com bastante sal marinho. Ao fim de cinco horas sacudi o excesso de sal no papel de cozinha absorvi a humidade das postas. Passei as mesmas por farinha de milho fina e fritei em azeite com um dente de alho. (Serve para não queimar o azeite, a dica serve também, para quem utiliza óleo nas frituras). Depois das postas fritas reservei o peixe. Num tacho juntei uma cebola cortada em rodelas finas e três dentes de alhos laminados. Juntei azeite e sempre em lume brando deixei a cebola murchar até ficar translúcida, nessa altura juntei 20 ml de vinagre de vinho branco, e deixei harmonizar sabores e evaporar um pouco. Temperei com pimenta-preta moída na altura, juntei o peixe frito nessa cebolada e deixei até ao outro dia harmonizar sabores. Deliciei-me com uma batata cozida temperada com o próprio molho de escabeche.

Estou no Facebook aqui!


"Saudade é um sentimento que quando não cabe no coração, escorre pelos olhos."


[Bob Marley]

sexta-feira, agosto 17, 2012

JANQUIZINHOS OU CARAPAUS DE GATO FRITOS COM AÇORDA DE TOMATE







 
Carapaus de gato, na altura que estamos acho um termo muito "demodé". Com a crise que o País atravessa e com a fome que se passa no mesmo e não só, no Mundo também, acho o tal termo de muito mau gosto. Lembro-me em casa dos meus pais sempre ouvi a minha mãe chamar jaquinzinhos, mas também ouvia/oiço chamar carapaus de gato, penso que o termo vem no "tempo" pois quando eu era criança era um peixe barato, e as pessoas que compravam tinham vergonha e diziam que era para o gato.

Eu na minha encarnação anterior devo ter sido uma gata, pois sempre gostei foi do peixe que as pessoas diziam que era para o gato. Exemplo: chicharro, sarda, cavala, carapaus de gato e sei lá mais o quê! O único peixe que nunca gostei desde pequena é pescada, para mim sempre foi um peixe assim para o insosso, e não pensem que me estou a referir ao sal e sim ao sabor. Mas na casa dos meus pais sempre a minha mãe fazia pois era um peixe que agradava a todos excepto à Isabelita...:), eu dizia logo à minha mãe: não quero. Não estando o meu filho em Portugal, como sabem quem me segue, peixe não é dos "dreams" dos filhos. Mas numa das minhas idas ao mercado, vi os carapaus e resolvi comprar 250 gr para fazer para mim com uma açorda de tomate, pois adoro. Essa é outra, na minha anterior encarnação devo ter sido uma gata Alentejana.:) Vamos à receita simples mas com um sabor que dói como eu muito bem digo.

Arranjei os carapaus que ao "destripa-los" agarro nos olhitos do mesmo e puxo para baixo com as tripas. Ao retirar os olhitos é só para não "escorripichar" o azeite quando estou a fritar. Mas se gostarem que os carapauzitos fiquem com melhor apresentação deixem os olhitos, só que depois ficam com o fogão mais sujito ok? Depois de arranjados e lavados tempero com sal marinho. Ao fim de duas horas, sacudo o excesso de sal e em papel de cozinha seco os carapaus que depois envolvo em farinha de milho e frito em azeite com um alho descascado dentro. (O alho dentro do azeite é só para não queimar o mesmo). Quando lourinhos escorro e deixo descansar os lindinhos em papel de cozinha.

Entretanto fiz a minha açorda (migas) de tomate. Num tacho coloquei uma cebola pequena picada e 3 dentes de alho também picados. Reguei com um fio de azeite levei ao lume até a cebola estar translúcida. Nesse momento juntei 2 tomates médios pelados e cortado em cubos, deixei murchar os mesmos sempre em lume baixo. Juntei 2 fatias de pão Alentejano amolecido em água e envolvi muito bem, temperei com sal marinho e juntei um molho de coentros picados, envolvi para harmonizar sabores. Nessa altura desliguei o lume, e juntei um ovo. Foi só envolver o ovo. Servi de seguida com os carapaus. Foi só deliciar-me. Como muito bem diz Oscar Wilde "os meus gostos são simples, gosto o melhor de tudo.."


"O mundo pertence aos optimistas: os pessimistas são meros espectadores."

[Eisenhower]

sexta-feira, agosto 03, 2012

CAVALA COZIDA À MODA ALGARVIA


 

Esta receita foi o Dr. Fernando, que me passou. Era o almoço dele um dia que estávamos no Facebook, eu fiquei logo curiosa, quando ele me diz que vai almoçar cavala com orégãos. Sendo cavala um dos peixes que adoro desde que me conheço, Pedi logo a receita, ao qual me explicou muito bem explicadinha...:) pensei logo fazer no dia seguinte, mas não consegui encontrar cavalas grandes nem no mercado da Charneca de Caparica nem no mercado da Costa da Caparica. Mas como tinha que ir à MAKRO resolvi esperar para comprar lá. No meu tempo de criança as pessoas tinham vergonha de comprar este peixe quando o compravam diziam que era para o gato, mas gato nem vê-lo, pois o seu preço era muito baixo. Hoje o preço nem precisam de inventar gatos, pois o preço nem é baixo. Comprei a 9€, o que convenhamos que de barato nem tem nada. Trouxe uma cavala grande para mim. Vamos lá à receita.

 A cavala já vinha  arranjada e sem cabeça e cortada em duas postas, barriga/rabo. Temperei com sal marinho, esteve em sal durante 5 horas. É um peixe que para realçar o seu verdadeiro gosto, tem que estar no mínimo 4 horas em sal. Coloquei ao lume um tacho com água, sal marinho, duas pernadas de orégãos, e uma cebola descascada. Quando levantou fervura juntei uma batata descascada (pode ser com casca). Quando de novo começa a água a ferver juntei a cavala sacudida do excesso de sal e deixei cozinhar. A poucos minutos do fim da cozedura juntei brócolos. Servi de seguida e deliciei-me.

Notas: em 53 anos nunca tinha comido Cavala cozida com orégãos, simplesmente adorei. O Dr. Fernando disse que é uma receita Algarvia, e tendo os Algarvios o costume de usar muito orégãos nas suas receitas. Eu nunca postei a minha caldeirada, mas eu na caldeirada coloco sempre três pernadas de orégãos, e aprendi também com pessoal Algarvio quando numas férias em 1992 quando as passei em Vilamoura. Agora só tenho que dizer: um muito obrigada Fernando (Dr.) só profissionalmente...:)


"Os homens perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem o dinheiro para recuperar a saúde.
E por pensarem ansiosamente no futuro esquecem do presente de forma que acabam por não viver nem no presente nem no futuro. E vivem como se nunca fossem morrer... e morrem como se nunca tivessem vivido."

[Dalai Lama]

segunda-feira, julho 30, 2012

FILETES DE PEIXE ESPADA PRETO COM BANANA


Já sabem que peixe não é dos "dreams" dos filhos, mas quando é sem espinhas até "marcha" bem! A mãe (eu) como sabe, nunca fui uma mãe de obrigar os meus filhos a comerem o que não gostavam. Com o andar do tempo eles próprios, começaram a gostar de ingredientes que antes diziam: não gosto, mesmo sem provarem.
Hoje posso dizer: que gostam de tudo, excepto peixe, a filha come mas não pode ter espinhas,(peixe sem espinhas, não há). O filho já vai gostando de peixe, mas também diz: o problema do peixe é as espinhas. Quando até está a saber bem, tem logo que aparecer uma espinha para atrapalhar :)!

Então claro, que os filetes são os preferidos dos filhos e eu faço a vontade. Quando vou à MAKRO, nesse dia é peixe na certa para a refeição. Adoramos filetes de peixe espada preto. Mas fiz um agridoce, e como o meu filho é fã, resolvi ir para o meu laboratório (cozinha). Temperei os filetes com sal marinho, pimenta-preta moída na hora, alhos picadinhos, louro e limão. Deixei nesta marinada durante 4 horas. Ao fim desse tempo retiro os filetes da marinada, e numa frigideira com um fio de azeite, "selo" os filetes. É fritar de ambos os lados, mas estilo "vapt-vupt". Depois coloco os filetes num pirex e cubro com uma banana cortada ao meio. Polvilho com pão-ralado, e coloco uma noz de manteiga por cima.  Vai ao forno pré-aquecido a 200ºC, até gratinar. Servi com puré de ervilhas. Quando fiz esta receita ainda ouvi o comentário do filho: brutal, agora é só saudades que começam a doer e muito. AMO-TE.

Estou no Facebook aqui!

"Os poderosos podem matar uma, duas ou três rosas, mas jamais conseguirão deter a primavera inteira."

[Che Guevara]

quarta-feira, junho 20, 2012

LOMBO DE SALMÃO COM SÉSAMO E PURÉ DE NABO




Com esta receita termino a "saga" das receitas Vaqueiro, que me deliciei no curso/workshop. O meu provador oficial (filho) disse: brutalissimo...

Ingredientes:
-4 lombos de salmão selvagem (usei 3)
-sal marinho
-pimenta preta moída na altura
-1 lima, sumo e raspa
-600 g de nabo
-1,5 dl natas (usei 2,5dl de leite)
-2 colheres de coco ralado
-200ml Maionese Calvé com alho (utilizei a maionese Calvé, pois é a que uso, mas foi sem alho)
-Vaqueiro líquida (usei azeite, 1 fiozinho)
-1 malagueta fresca vermelha
-1 colher de sopa de alcaparras (não utilizei)
-sementes de sésamo pretas e brancas

1.Temperei os lombos de salmão com sal, pimenta preta moída na altura e o sumo de lima, e reservei.

2.Descasquei os nabos, cortei em pedaços e coloquei num tacho com as natas (utilizei leite) e o coco ralado. Temperei com uma pitada de sal e levei a cozer em lume brando até estar bem macio. Escorri o líquido em excesso e triturei o nabo com a varinha mágica até obter um puré. Perfumei com a raspa da lima.

3.Coloquei a maionese Calvé dentro de um recipiente.

4.Abri a malagueta ao meio e limpei de sementes. Piquei-a finamente, bem como as alcaparras (não usei), e envolva ambos na maionese. Reserve no frio.

5.Aqueça um pouco de Vaqueira líquida (usei o azeite) numa frigideira e aloure rapidamente os lombos de salmão de todos os lados. (Não deixe cozinhar em demasia, o salmão deve ficar praticamente cru por dentro) Role-os enquanto quentes na mistura de sementes de sésamo.

6.Corte o salmão em fatias grossas e sirva-o com o molho, acompanhado do puré de nabo.

Nota: eu selei o salmão, e depois de envolvido nas sementes, coloquei num pirex e levei ao forno pré-aquecido a 200ºC, durante 8 minutos. Então é assim! O meu filho adora Sushi, e come bastante, mas nunca em casa. A filha não é de todo apreciadora de peixe, então cru, nem vê-lo. Eu sou uma apaixonada por peixe, se pudesse, acho que nunca tocava em carne. Mas Sushi, não gosto mesmo, e não estou interessada, que seja uma das poucas pessoas que não gosta. De modas, não me interessa, se não é do meu agrado. Fretes para agradar, não, não senhora. Então o colocar o salmão no forno, foi mesmo para ficar no ponto, que eu e filha gostamos (cozinhado).

Estou no Facebook aqui!

**Não me digas que este problema é difícil; se não fosse difícil não seria um problema.**

[Ferdinand Foch]

sexta-feira, junho 01, 2012

SARDINHAS ASSADAS NA TELHA COM COENTROS NO FORNO



Assar sardinhas, em casa, a Isabel não faz, de todo(!) Em causa está o cheiro, depois de barriga cheia o (cheiro) das sardinhas assadas, eu não gosto! Quando quero saborear umas sardinhas assadas vou ao Restaurante Oh Carlos que fica a dois minutos da minha casa. No forno sim, faço bastante, além que já tenho várias receitas no blog. Vamos à receita:

 Ingredientes:
-sardinhas
-azeite
-farinha de milho (se não gosta da dita usa farinha normal)
-1 molho de coentros
-alhos
-sal marinho

Limpei as sardinhas das escamas e tripas, além que "decapito" as ditas, (sorrisos). Tempero com sal e envolvo as ditas na farinha de milho. Coloquei numa telha, (mas pode usar um tabuleiro de barro ou pirex). Pisei 2 dentes de alho grandes descascados e um molho de coentros previamente lavados no meu adorado "almofariz", quando a mistura estava numa pasta deito por cima das sardinhas e rego com azeite. Levei a "telha" ao forno pré-aquecido a 180ºC, até estarem assadas, o que é rápido. Servi com batatas cozidas com casca e temperadas com o próprio azeite que assou as ditas. Servi com uma salada, onde não podia faltar o pimento assado que adoro! O comentário só pode ser da Isabel pois os filhos nem cheirar as ditas, e é: brutalissimo...

Estou no Facebook aqui!

"A nossa maior glória não reside no facto (fato) de nunca cairmos, mas sim em levantarmo-nos sempre depois de cada queda."

[Confúcio]

quarta-feira, abril 11, 2012

RISOTTO DE FEIJÃO BRANCO COM ALECRIM




Na minha ida à Makro, encontro sempre peixe de mar, a um preço para mim mais justo do que encontro nas praças ou grandes superfícies... Santa paciência, mas não consigo comer os ditos de «viveiro» e nem estou aí, para o que pensem ou que digam: que é pretensão minha.  Claro quando vi estas douradas com um tamanho para grelhar, pensei logo comprar duas para mim, mas no caminho de casa pensei: hummm e se em vez de grelhar fritar e acompanhar um risotto! Ok, se pensei muito melhor fiz. O peixito já vinha devidamente arranjado, pois é uma das coisas que eu admiro, é a simpatia e o tempo de espera é "nulo" naquela superfície. Temperei com sal marinho, Depois do devido tempo sacudi o (sal) e sequei com papel de cozinha (era o que a minha mãe fazia sempre que fritava peixe, quando eu era criança lembro-me de não haver papel de cozinha e a (minha mãe) fazia com um pano de cozinha. Depois passei por farinha de milho fina e fritei em azeite. Quando frito deixei escorrer em (papel de cozinha). Agora digo: simplesmente uma pequena (grande) maravilha, o risotto e o meu peixito....


Ingredientes do risotto:

-1,5 l de caldo de legumes (já sabem caseiro)
-3 colheres de sopa de azeite
-1 cebola picada
-3 dentes de alho picados
-300 g de arroz de risotto (usei o Arborio)
-150 ml de vinho branco
-1 colher de sopa de manteiga
-2 colheres de sopa de rosmaninho fresco e picado (do meu canteiro de ervas aromáticas)
-1 chávena de feijão branco cozido (usei de lata)
-queijo parmesão acabado de ralar
-sal marinho

Num tacho coloco o azeite e a cebola. Quando está translúcida junto os alhos deixo só harmonizar sabores. Junto o arroz e o rosmaninho, vou sempre mexendo, quando começa a fritar «cripitar» (mas, nunca deixar ganhar cor) passado uns 2 minutos começa a ficar translúcido e já absorveu sabores. Nessa altura juntei o vinho e continuei sempre a mexer (ui, que aroma). Quando o vinho evaporou fui juntando caldo de legumes quente (pouquinho de cada vez) e nunca juntar antes do anterior ter sido absorvido. Temperei com sal marinho e fui sempre mexendo e juntando o caldo até o arroz estar macio, é, nesta altura que juntei o feijão e envolvi bem. Retirei o tacho do lume e juntei a manteiga e o queijo parmesão. Este risotto acompanhou o meu peixinho e os filhos acompanharam com uns bifes na grelha....


"Não tenho medo de tempestades, pois elas me ensinam a navegar."

[Louisa May Alcott]

domingo, março 25, 2012

PATANISCAS DE CHERNE COM ARROZ DE TOMATE



Este mês é um (mês) triste. A minha saudosa mãe fazia anos. Estava a pensar nos mimos que a minha mãe fazia me sempre, quando sabia que eu ia lá a casa. A ultima vez, foi em Julho, foi uns croquetes de carne, que eu nem coloquei no blog, pois eu não sabia como ela fazia, e as quantidades a minha (mãe) não me conseguiu especificar. Mas, foi os (últimos) pois a partir daí, deixou de ter vontade ou força, pois o «bicho» "acordou" como eu lhe dizia: é verdade, a minha mãe nunca gostou da palavra da doença Cancro, gostava mais que eu dissesse: -mãe, não faça isso para o (bicho) não acordar eu ralhava sempre com ela e dizia:- a mãe não pode fazer isto, pois não se pode cansar nem estar no fogão tanto tempo ok, teimosa como ela era, nunca ligava ao que eu dizia! Na altura, dizia sempre:-a mãe não faz mais ok, até à próxima! Mas as saudades, fazem-me recordar os sabores que sei que não os vou ter mais. Mesmo eu a fazer, o sabor para mim, é sempre diferente, e não sou só eu, até os meus filhos. O meu filho, a comer, disse:-mãe estão excelentes, mas, os da avó, eu sei o que ele sentiu! Pois é o mesmo que eu sinto. Mas, deixando-me de estórias vamos à receita. Tinha duas postas de cherne, resolvi fazer as pataniscas com o dito.

Ingredientes:
-2 postas de cherne cozido limpo de espinhas e peles.
-160 ml de água (de cozer o cherne fria.)
-1 cebola pequena picadinha.
-4 colheres de (sopa) bem cheias de farinha.
-2 ovos grandes.
-1 colher de (sobremesa) de azeite.
-sal e pimenta
-salsa


Preparação:

Misturei a farinha o sal e a pimenta e juntei a água. Envolvi muito bem com a colher de pau. Juntei a cebola e fui deitando um ovo de cada vez batendo entre cada adição. Quando bem batido esta mistura, juntei o peixe, a salsa, o azeite e vai batendo com a colher até fazer bolinhas está pronto para fritar colheradas em óleo quente. Fui virando e quando estão loirinhas escorri em papel de cozinha. Servi com um arroz de tomate que qualquer um/a sabe fazer, e uma salada verde.

Estou no Facebook aqui!

"Saber não basta, devemos aplicar. Desejar não basta, devemos fazer."

[Goethe]

segunda-feira, março 12, 2012

FILETES DE PEIXE ESPADA PRETO, COM LEGUMES CHINESES EM PAPELOTE



Quando faço a minha visita à MAKRO nunca deixo de trazer peixe espada preto em filetes. As senhoras que estão na peixaria são de uma simpatia, o que infelizmente cada vez é mais raro ver. Fazem o favor de me arranjar sempre um em filetes. Eu sei que é o trabalho delas, mas quando as pessoas estão a fazer o seu trabalho com um sorriso nos lábios, é muito gratificante, pelo menos para mim. Gosto de comprar o peixe espada lá, pois além de serem grandes são gorditos (grossos) o que me faz lembrar quando começou a aparecer o dito em Portugal, não tenho a certeza no ano, mas penso que terá sido lá para o ano de 1989/1990, lembro-me que fui às compras ao Jumbo de Alfragide, e vi pela primeira vez. Era, (digo bem, era) muito barato! Ok, desconfiei, mas curiosa como eu sempre fui, comprei! Cheguei a casa raspei a pele e grelhei, para o almoço, pois os meus filhos apesar de nunca terem sido apreciadores de peixe, o único peixe que comiam com gosto era peixe espada grelhado. Fiz, além que era/é um peixe muito branquinho e continuamos a gostar e muito, mesmo. Não é a primeira vez que faço os filetes sem serem fritos, aliás tenho no blog no forno. Vamos lá à receita.

Primeiro: temperei os filetes com sal marinho, alho picado, louro, pimenta preta moída na altura e sumo de laranja. (Pode ser com limão, mas apeteceu-me um sabor deferente). Deixei tomar o gosto durante 2 horas.

Saltei no WOK com um fiozinho de azeite o conteúdo de um saco de mistura chinesa (congelada) e um alho francês devidamente lavado cortado às rodelas. Temperei com flor de sal e pimenta preta moída na altura.
Depois cortei folha de alumínio, e coloquei os legumes, por cima coloquei os filetes, escorridos  sem o louro e alho! Polvilhei com umas folhas de tomilho fresco e fechei muito bem os papelotes. Levei ao forno pré-aquecido a 200ºC, durante 15 minutos o tempo de cozer um talharim para acompanhar!  Não coloquei gordura, pois este peixe é um peixe gordo, com os sucos dos legumes que se misturaram com os do peixe, saiu um conjunto de sabores mais que perfeito! Comentário do meu provador oficial (filho): brutalíssimo....

"Não sei como o mundo me vê, mas eu me sinto como um garoto brincando na praia, contente em achar aqui e ali, uma pedra mais lisa ou uma concha mais bonita, mas tendo sempre diante de mim, ainda por descobrir, "O grande oceano de verdades"

[Isaac Newton]

segunda-feira, fevereiro 06, 2012

CAVALAS JOÃO SEM-MEDO




 Bem, lá vão dizer: lá vem a Isabel com mais uma história da infância! Pois, mas tem que ser, e quem não gostar, não visita o "Cozinhar com os Anjos" porque eu sempre, fui, sou e serei assim! A verdade acima de tudo! Além que nas minhas memórias de infância, tenho muitas. Se sou uma mulher tão ligada, aos sentidos, só pode! Quando eu era criança o peixe que eu gostava era carapau, chicharro,  cavalas ou sardas. Mas era só eu lá em casa (chicharro, o meu pai até gostava). Na rua onde os meus pais moravam havia uma peixaria a 100 m de casa, onde havia uma barbearia, e o senhor da barbearia morava no 3º andar do nosso prédio. Ele ia muito cedo para a loja, onde passava pela peixaria e se havia os meus peixes preferidos ele mandava logo guardar para a Belinha (eu) e depois tocava à porta de minha casa e dizia à minha mãe. Pois, e porquê? Pois sendo um peixe baratinho, o pessoal lá da rua comprava muito para os gatos ok, mas os gatos nunca os vi! Tinham vergonha de dizer que era para eles próprios. E como a minha mãe ia só às compras um pouco mais tarde, pois tinha que tratar primeiro dos filhos que sendo 3 com diferencia de um ano e meio de cada um, não era pera doce. A minha mãe quando chegava à peixeiria, claro, se não fosse a gentileza do vizinho, tinha que ouvir o meu comentário: não quero, não gosto! Pois a minha mãe comprava muito pescada e outros peixes, adoro peixe(aliás prefiro peixe à carne) mas pescada nunca gostei, e continuo a não ser apreciadora. E sendo assim a minha mãe comprava o peixe para o pessoal lá de casa e comprava o meu preferido, e que feliz que eu ficava. Eu desde criança sempre adorei estar na cozinha, a minha mãe quando vinha da peixaria colocava o peixe embrulhado em jornal(naquele tempo era jornal) e dizia: Belinha a mãe vai buscar o resto das compras e já vem! Não mexas no peixe! Ok, era só ela virar as costas e lá ia a Belinha armar-se em peixeira ou cozinheira. :) se vinha o meu chicharro, eu adorava tirar a serrilha, mas o pior é que tirava a serrilha e o peixe, pois ficava só a espinha à mostra, se era pescada, quando a minha mãe chegava, a pescada coitadinha já tinha visto melhores dias, estava mole. :) claro, depois ralhava-me: a mãe não disse para não mexeres? O dizer, até tinha dito, mas a vontade de eu ajudar, ou desajudar é que era muita. Até um dia! Um dia coloca lá o peixe embrulhado em cima da bancada e diz: não mexas Belinha!-Está bem mãe! Mas teimosa como eu sempre fui, lá vou eu logo para a cozinha. Só que nesse dia "o tiro saiu-me pela culatra". Quando eu toda feita me vou armar em peixeira e abro o embrulho de jornal e vejo as "cobrinhas"(enguias) a mexerem-se largo tudo no chão e à pernas para que te quero, fecho a porta da cozinha e coloco-me em cima do sofá da sala há espera da minha mãe. Ok, a minha mãe quando chegou riu-se , mas amigos/as foi "remédio santo" nunca mais estraguei peixe à minha mãe, pois eu sabia lá o que estava embrulhado no jornal, e para sustos, não muito obrigada, não queria mais! E quando eu conto isto não pensem que eu já era uma jovem, e sim uma criança com talvez uns cinco seis anos, pois ainda não andava na escola. No meu tempo só com 7 anos se entrava na dita! Ufa, grande história para dizer uma receitinha de cavala que fiz para mim, só! :) vamos lá à receitinha:

Esta receita retirei do "Doze meses de cozinha", foi o meu 1º livro de cozinha que pedi ao meu pai, tinha eu uns 13/14 anos e lembro-me perfeitamente quanto custou! 500$00 naquele tempo não foi barato. Pois, já o tenho na minha companhia há uns 39/40 anos ok? Agora o nome da receita, eu acho que devia alterar para "Cavalas Isabel sem-medo" ;)

"Este prato oferece a possibilidade de saborear um dos peixes economicamente mais acessíveis."

Ingredientes:(para 4 pessoas)
-4 cavalas médias
-4 tomates maduros médios
-1 cebola grande
-2 dentes de alho
-1 colher(de sopa) de manteiga
-3 colheres de sopa de azeite
-1 colher (de sopa)) de mostarda
-2 colheres (de sopa) de farinha
-1,5 dl de caldo de peixe
-sal e pimenta
Arranje as cavalas como habitualmente, lave-as e enxugue-as. Tempere com sal e pimenta. Aqueça o azeite com a manteiga numa frigideira. Passe as cavalas por farinha, introduza-as na gordura bem quente e aloure-as de ambos os lados. Reduza o calor, para permitir a cozedura do peixe sem queimar a gordura. Retire as cavalas da frigideira e coloque-as na travessa onde irão ser servidas, previamente aquecida.
 Descasque e pique a cebola . Junte-a à gordura onde as cavalas cozeram. Pele os tomates. Corte-os em bocados e junte-os à cebola e aos dentes de alho pelados e esmagados. Regue com o caldo de peixe, que deve ser muito concentrado e estar bem quente. Deixe cozer com o lume muito forte mexendo de vez em quando, até obter um puré líquido. Junte ainda sobre o lume, a mostarda e rectifique temperos.
 Deite este molho sobre as cavalas e sirva imediatamente acompanhado com batatas cozidas polvilhadas com salsa.

Notas: da provadora oficial(eu): brutalissimo...agora eu coloquei a receita como está no livro, mas claro, que as medidas para mim foram alteradas, pois fiz mesmo só para mim ok?

 "O que a memória ama, fica eterno. Te amo com a memória, imperecível."  (Amo-vos meus pais (eu)

[Adélia Prado]

quarta-feira, novembro 16, 2011

FILETES DE PEIXE ESPADA PRETO ESCONDIDO









Os filhos, peixe nem é muito dos "dreams" deles, principalmente a filha. Numa das minhas idas à MAKRO tinha lá peixe espada preto, mas daquele bem grande e grosso que há muito não vejo. Resolvi pedir para arranjar um para filetes. Pois, filetes os filhos como não têem espinhas até "marcha" muito bem(!)(Sorrisos) mas, a mãe Isabel quando chega a casa resolve fazer no forno, não me apetecia fritos, nem comer, nem o cheiro na casa.... Tinha um bocado de broa e um resto de pão alentejano, deitar fora não é comigo. Resolvi fazer uma "miscelânia" de sabores e muito boa hora o fiz. Pois não foi só o filho a dizer:brutalíssimo, até a filha disse: assim não me importo nada de comer peixe.
Ingredientes:
-filetes (os meus eram de peixe espada preto)
-batatas cozidas com casca sal e uma folha de louro
-cenouras cozidas
-um molho de espinafres cozidos com sal e escorridos
-um molho de salsa, coêntros e tomilho
-1 dente de alho grande descascado
-pimenta preta moida na altura
-broa ou outro pão (usei uns restos de broa e pão alentejano)
-azeite
Os filetes temperei com sal marinho, louro, alho picado, pimenta preta moída na altura e sumo de limão. Reservei durante 1 hora. No fim desse tempo escorri e retirei os alhos e louro. Envolvi os filetes com uma mistura de pão ralado e folhas de tomilho.
Já sabem que entretanto cozi as batatas bem lavadas e com casca, as cenouras e os espinafres. Quando cozidos reservei.
Na 1-2-3 piquei o pão e broa até ficar uma farofa. Deitei numa tigela e reservei. No meu adorado Almofariz coloquei a salsa, coêntros e esfarelei 5 pernadas de tomilho, piquei o alho e juntei uma colher de (sopa) de azeite moí tudo até fazer uma papa. Juntei essa papa na tigela da (farofa) do pão e broa, envolvi muito bem e reservei.
Montagem:
Num tabuleiro de barro cobri o fundo com rodelas de batatas com a casca, depois cobri as batatas com as cenouras cozidas e cortadas ao comprido. Depois foi cobrir as cenouras com os espinafres de seguida cubro com os filetes e por fim cubri os filetes com a farofa e reguei com azeite. Levei ao forno pré-aquecido a 180ºC, até a farofa estar loirinha e crocante.

Notas: como é uma receita que tinha em rascunho! Ainda ouvi o comentário do meu provador ofícial(filho): brutalíssimo...

Estou no Facebook aqui!

"Nós seres humanos, estamos na
natureza para auxiliar o progresso
dos animais, na mesma proporção
que os anjos estão para nos auxiliar.
Portanto quem chuta ou maltrata um
animal é alguém que não aprendeu a
amar"

[Chico Xavier]

sexta-feira, outubro 14, 2011

TRUTA ASSADA COM TOMILHO









Para não variar uma receita do "meu" Jamie Oliver, que continua a deslumbrar-me.

Acho que a truta é uma comida muito agradável, principalmente inteira. Lembro-me de ir à pesca com o meu avô quando tinha sete anos. Costumávamos apanhar trutas, levá-las para casa e cozinhá-las logo. Não há nada como truta cozinhada de forma simples, mas truta com tomilho é uma combinação subtil e refrescante. Da última vez que cozinhei truta, usei tomilho da minha floreira e estava fantástico- o tomilho complementa o sabor da truta, que, no que diz respeito a peixe, tem um sabor de caça.
Geralmente, nos supermercados só se pode comprar truta de viveiro, que não é má e nada cara. Mas estão a começar a aparecer coisas melhores, como trutas criadas no mar, em gaiolas, onde se podem alimentar de modo natural e nadar contra a corrente. Acho que isto melhora um pouco o sabor. Os supermercados também vendem bons filetes de truta, sem espinhas, fáceis e rápidos de preparar. O melhor local para comprar peixe deve ser sempre na peixaria local, onde deve conseguir arranjar truta selvagem. Também pode ir pescar e apanhar a sua própria truta.



Notas: ó Jamie, achas que a Isabel ia pescar? Ok, segui o conselho e fui à MAKRO que encontro sempre lá peixe selvagem o caso desta truta. Agora em relação ao que o "meu" Jamie escreveu aqui neste texto anterior a Isabel subscreve na totalidade. Pois esta truta ficou de outra dimensão, ou como o meu filho disse: brutalíssima...

Ingredientes:
-1 truta grande
-2 mancheias de tomilho fresco, escolhido
-sal marinho e pimenta acabada de moer
-3 colheres de sopa de azeite
-2 limões
-4 folhas de louro, fresco se possível (claro, que é possível Jamie, o meu é fresco)
Pré-aqueça o forno na temperatura máxima. Lave a truta por dentro e por fora e seque com papel de cozinha. Num almofariz, triture o tomilho, uma colher de chá de sal marinho o azeite. Tempere com a pimenta. Esfregue a truta com esta mistura. Espalhe o sabor na cavidade da barriga e na pele.
Corte os limões ao meio e retire as pontas para ficarem planos. Com a ponta da faca. faça uma incisão no interior de cada metade do limão e introduza uma folha de louro. Coloque a truta e os limões num tabuleiro para assar e meta no forno durante cerca de 10 minutos. Para verificar se a truta está bem cozinhada, experimente separar o peixe da espinha na parte mais espessa da truta. Se o conseguir fazer facilmente, está cozinhada, se não, volte a colocá-la no forno durante mais uns minutos. Quando a truta estiver cozinhada, a pele deve estar estaladiça. Os limões assados devem estar doces. É uma óptima forma de cozinhar os limões, pois o louro também infunde o seu sabor característico.

Servi com umas batatas salteadas e uma salada verde(!)
Batatas salteadas com tomilho:
Lavei muito bem umas batatas com a casca e levei a cozer com sal marinho e uma pernada de tomilho. Quando cozidas cortei-as em quartos com casca. Deitei numa frigideira de fundo espesso 2 colheres de (sopa) de azeite, quando quente juntei as batatas tomilho esfarelado e pimenta preta acabada de moer, e fui salteando as batatas até começarem a ficar loiritas...Fantásticas esta intrudução do tomilho nas batatas salteadas, eu quando sobra batatas cozidas com casca ou não, nunca deito fora, faço sempre as ditas salteadas em azeite, mas apeteceu-me experimentar com o tomilho, pois era um dos sabores do peixe.

Estou no facebook aqui!

"Elegância é a arte de não se fazer notar, aliada ao cuidado subtil de se deixar distinguir."

[Paul Valéry]

quarta-feira, outubro 05, 2011

SARDINHAS RECHEADAS, ENROLADAS E ASSADAS COM PINHÕES E ERVAS FRESCAS


"Mais uma receita do "meu" Jamie Oliver como muito bem ele diz: com classe (!)"

"SARDINHAS FRESCAS"
As sardinhas frescas são muito especiais. Têm um excelente sabor, são económicas e muito nutritivas. São subestimadas. As sardinhas inteiras grelhadas ou assadas são lindas, mas vou dar-lhes uma receita algo diferente e com classe, sendo que o recheio é parecido com panzanella. Quando comprar, opte sempre por sardinhas brilhantes, com olhos vidrados e cheiro agradável.


"PREPARAÇÃO"
Raspe as escamas do peixe com uma faca (tente não cortar a pele). Corte-lhes as cabeças, abra-lhes a barriga e retire as entranhas sob água fria corrente. Abra as sardinhas como um livro, pressione e espalme os lados com os polegares. Retire a espinha da cabeça até ao rabo.

Ingredientes:
-4 tomates chucha
-12 sardinhas grandes, preparadas
-raspa e sumo de limão
-sal e pimenta-preta acabada de moer
-1 cebola média, descascada e picada finamente
-4 colheres de (sopa) de azeite
-1 dente de alho
-1 bolbo de funcho, aparado e picado finamente, guardando a rama (não usei)
-1 pimentão-vermelho pequeno, triturado
-1 mancheia de manjericão fresco, picado finamente
-1 mancheia de salsa fresca, picada finamente
-3 mancheias de pão esfarelado finamente (equivalente a 6 fatias de pão)(usei a 1-2-3)
-1 mancheia de pinhões
-azeite virgem extra para regar

Golpei os tomates e escalde-os em água a ferver. Retire a pele, as sementes e pique finamente. Coloque as sardinhas num prato e polvilhe com raspa de limão fina, depois esprema o sumo de limão por cima. Tempere levemente com sal e pimenta-preta moída na hora. Aqueça lentamente a cebola em azeite com uma pitada de sal numa frigideira de fundo espesso. Passados cerca de 3 minutos, junte o alho e cozinhe sem deixar ganhar cor durante noutro minuto. Junte o funcho (não usei) e cozinhe durante mais um minuto, para amolecer o funcho, depois transfira os conteúdos da frigideira para uma tigela e deixe arrefecer. Junte os tomates, os pimentões, as ervas aromáticas e o pão esfarelado e mexa.

Deite um pouco da mistura no fundo de um prato de barro untado com azeite onde colocará os filetes enrolados, e, depois, deite um pouco mais da mistura em cada filete e enrole. Coloque no prato, polvilhe com a restante mistura de ervas aromáticas, os pinhões e regue com azeite e asse em forno quente (temperatura máxima) durante 8 a 10 minutos. Ideal para o almoço, jantar e/ou como petisco.

Nota: o "meu" Jamie Oliver, sabe, quando diz que são umas sardinhas «chiques» até os meus filhos comeram, e eles não gostam mesmo de sardinhas. Comentário do meu provador oficial (filho): brutalíssimo... Agora o meu comentário, uma eterna "apaixonada" por sardinhas sejam elas feitas de que maneira forem: super brutalíssimo....

P.S. Na receita achei estranho o reservar a cebola, mas no fim de executar a receita, vi que fez todo o sentido. Apesar do Jamie ter-se esquecido quando se devia juntar a dita à receita, eu com a minha experiência: juntei no fim e foi mesmo só a envolver. Servi numa telha, eu ao ler a receita pensei: o retirar as espinhas a sardinha vai sair "amassada", ok, mentira fiz o trabalho na perfeição e não custa nada fazer o dito(!) além que adoro arranjar o peixe, mas quem não goste, pode pedir à peixeira para o fazer, mas deixar sempre os rabos para quando enrolar deixar o dito para cima o que dá aquele (estilo)...

Estou no Facebook aqui!

"Fico triste quando alguém me ofende, mas, concerteza, eu ficaria mais triste se fosse eu o ofensor... Magoar alguém é terrível!"

[Chico Xavier]

quarta-feira, setembro 14, 2011

RAIA DE ALHADA



Quem me segue sabe, que eu simplesmente adoro raia. raia ...Mas como só eu é que gosto: nunca faço! Numa das minhas idas à MAKRO passo pelo peixe fresco, o que eu vi? Pois, raia fresquinha e muito "viscosa" como se pretende. Resolvi trazer uma raia e fazer uma receita da Maria Odete Cortes Valente, que quando li a receita, fiquei curiosa. Vamos à receita.


Ingredientes:
-raia (fiz com uma devidamente arranjada e raspada, para retirar toda a viscosidade, depois lavei)
-8 dentes de alho com casca e esmurrados
-azeite virgem extra
-couve lombarda
-batatas
-sal marinho
-orégãos frescos e secos "facultativo"(eu compro aqueles molhinhos, que aquelas pessoas de idade estão a vender perto do meu Mercado, não gosto de todo, dos saquinhos ou frascos que se vendem dos ditos)
Coloquei um tacho ao lume com água e sal marinho, com a couve lombarda previamente cortada e lavada. Quando começa a ferver a dita ao fim de pouco Tempo junto as batatas descascadas e cortadas ao meio. Quando coloquei o tacho ao lume com a (couve) coloquei outro tacho com os alhos e azeite. Coloquei a raia e polvilhei com sal marinho. Tapei e levei ao lume. Quando o azeite começou a ferver, baixei o lume para o mínimo e deixei cozinhar. Durante a cozedura fui virando as postas com cuidado para cozinharem de ambos os lados e não se desfazerem. Quando pronto empratei, coloquei batatas, couve lombarda e uma posta de raia, reguei com o azeite da cozedura da mesma e polvilhei com os orégãos. Comentário do meu provador oficial (filho):- uhmmm, não me agrada mãe, mas comeu tudo. Mas não me posso esquecer que não é apreciador do peixito...(Sorrisos) agora o comentário da Isabel: brutalíssimo...

Estou no Facebook aqui!

"Disse a flor para o pequeno príncipe: é preciso que eu suporte duas ou três larvas se quiser conhecer as borboletas."

[Antoine de Saint-Exupéry]