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quinta-feira, junho 25, 2015

CAVALINHAS À BRETÃ


  
 
Quem me segue já viu várias receitas, e leu muito sobre a minha "paixão" por sardas ou cavalas. Um peixe que sempre adorei, desde que me conheço por "gente". :) Quando era criança, sempre ouvi o pessoal a comprar o peixe e dizer que era para o gato. Eu sempre fui curiosa, achava estranho, pois sabia que as senhoras não tinham gatos. Perguntava à minha saudosa mãe pelos gatos, ela explicava, mas eu ficava sempre a perceber o mesmo, só mais tarde percebi, é o que faz a idade. Na minha casa (pais) só eu gostava deste peixe, a minha mãe comprava o peixe para a família, mas quando tinha a sorte de apanhar sardas ou cavalas para mim sabia logo que eu ia adorar. Pensando bem, eu era uma criancita muito à frente no tempo. Naquele tempo era o peixe do pobre, passado longos anos, fez-se luz e agora o peixe foi promovido, agora já não é vergonha comer sardas ou cavalas, pois é um peixe recomendado por médicos. Ou seja com 56 anos feitos comi muito peixe com benefícios, por isso disse: que era uma criança muito à frente, pois sem saber (se calhar até sabia) já me andava a prevenir. Hoje em dia com a divulgação dos benefícios que o ácido gordo Omega tem no nosso organismos, todos os peixes "azuis" muito ricos nesta substância (cavala, sarda, sardinha, carapau, chicharro), passaram a ser vistos com outros olhos. Vamos à receita que saltou do meu livro "Doze meses de Cozinha" um livro que me acompanha desde os meus 14 anos.


"São as cebolas picadas que justificam a denominação deste prato, ligando-o assim a uma das mais ilustres famílias da gastronomia regional francesa a cozinha bretã."


Ingredientes:
-4 cavalinhas (usei 2)
-90 g de manteiga ou margarina (usei 3 c. de sopa de azeite)
-2 cebolas (usei 1)
-2 c. (de sopa) de ervas aromáticas picadas (usei salsa e funcho)
-2,5 dl de vinho branco (usei 1,5 dl)
-2,5 dl de caldo de peixe (usei 1,5 dl)
-4 c. (de sopa) de pão ralado (usei 2)
-sal (usei marinho)
-pimenta (usei pimenta-preta)



Numa taça, misturei as ervas, a cebola picada miúdo, e o azeite (se usarem manteiga é amolecida). Arranjei as cavalas(escalei-as  e retirei todas as espinhas expecto as da (parte dorsal) com uma pinça que tenho para esse fim). Temperei com sal marinho e pimenta-preta e recheei com o preparado de ervas aromáticas. A receita pede para cozer a abertura, eu preferi enrolar e fechar com fio de cozinha. Coloquei as cavalinhas num tabuleiro de barro untado com azeite. Deitei por cima o vinho branco e caldo.  Polvilhei com pão-ralado e levei ao forno pré-aquecido a 200ºC, o tempo de cozinhar e alourar o pão ralado. Servi com feijão-verde regado com o próprio molho que se formou no tabuleiro de assar o peixe. Ok, hoje sou eu e não o filho a aplicar o termo: Brutal. :)

"Todos estamos matriculados
na escola da vida,
onde o mestre é o tempo."
 
(Cora Coralina)

terça-feira, junho 23, 2015

LULAS COM MOSTARDA


 
 
Trouxe 4 lulas grandalhonas (800 g) da praça para rechear. A minha filha gosta, pensei fazer para o jantar. Entretanto, no caminho mudei de ideias. :) Cheguei a casa e apeteceu-me agarrar o meu livro "Doze meses de cozinha", um livro que me acompanha desde os meus 14 anos, uma oferta do meu saudoso pai, ainda me lembro o preço, custou 500 escudos o que até era caro para a época. Mas continuo a gostar de o consultar, além de ser muito completo, traz-me memórias e um cheiro de outra dimensão. Quem me segue sabe que tenho uma grande panca de cheirar os livros sejam novos ou usados, é o que faço logo que agarro num. Deixando de conversas, olhei para o livro e vi esta receita, agradou-me. Segue para bingo.

Vou colocar tal e qual a receita do livro, e também as minhas alterações:


Ingredientes:
-750 g lulas pequenas (800g de lulas grandes)
-2 c. (de sopa) de manteiga ou margarina (usei azeite 4 c.)
-500 g de tomate (usei maduro)
-2 cebolas médias
-2 gemas de ovo
-1 c. (de sopa) de mostarda
-1 c. (de sopa) de vinho branco
-salsa, sal (usei sal marinho) e pimenta (usei pimenta preta)


Lavei as lulas, arranjei-as e cortei em argolas. Cortei as cebolas em rodelas muito finas e levei-as a amolecer, em lume brando com o azeite. Juntei o tomate sem pele nem sementes e deixei ferver durante 15 minutos. Passei com a varinha mágica. Levei de novo o tacho ao lume e juntei as lulas ao molho e adicionei um pouco de água. Tapei o tacho e deixei cozinhar até as lulas ficarem macias. Quando as lulas estavam cozinhadas, retirei o tacho do lume, e juntei as gemas, mostarda e vinho branco. Envolvi muito bem e temperei com sal marinho (pouco) e pimenta preta moída na hora. Servi de seguida acompanhar um arroz agulha simples. Polvilhei as lulas com salsa. Na receita diz para acompanhar com batatas cozidas polvilhadas com salsa.

"Ouse conquistar a sí mesmo."

(Friedrich Nietzsche)

quarta-feira, maio 27, 2015

HAMBURGUER DE PEIXE EM BOLO DO CACO




Adoro cozinhar, uma das minhas paixões seja doce ou salgado. Mas também tenho dias que não me apetece ou o tempo é curto por alguma razão. Nesses dias digo para a minha filha:- Hoje é comida de mulheres :) e que bem que sabe estes dias diz logo ela. Como já disse várias vezes por aqui, no Jumbo há o bolo do caco, no mercado da Charneca de Caparica ao Sábado também há duas padeiras que tem (mas só ao Sábado). Vamos ver como fiz este hambúrguer de peixe.




Ingredientes:

-4 lombinhos de pescada
-1 cebola picada
-1 c. de sopa de pão ralado
-1 molho de salsa picada
-sal marinho
-pimenta-preta moída na altura
-1 ovo

Batatas-doces fritas no forno com alecrim:

-2 batatas doces médias
-1 c. de sobremesa de farinha
-1 pernada de alecrim picado (folhas)
-1 c. de sopa de azeite
-pimenta-preta moída na altura
-flor de sal


Moí os lombinhos na 1,2,3, coloquei numa tigela onde juntei os restantes ingredientes. Misturei muito bem e fiz 2 hambúrgueres.  Coloquei os hambúrgueres num tabuleiro untado com azeite e reguei com um fio de azeite (pouco). Levei o tabuleiro ao forno no grill, a meio virei o hambúrguer e deixei grelhar até estar lourinho. Coloquei os hambúrgueres no bolo do caco (previamente aquecidos numa chapa), coloquei couve-flor previamente cozida e molho bechamel coloquei a outra parte do bolo e servi com batatas doces assadas no forno com alecrim.

Descasquei as batatas e cortei em palitos. Numa tigela coloquei as batatas e restantes ingredientes excepto o sal , envolvi muito bem. Coloquei os palitos num tabuleiro e levei ao forno previamente aquecido a 180º o tempo de cozinhar (fritar) as batatas. Quando estão cozinhadas polvilhei com flor-de-sal.


"Quanto mais nos elevamos, menores parecemos aos olhos daqueles que não sabem voar."

(Friedrich Nietzsche)

quarta-feira, março 04, 2015

SALMÃO EM PAPELOTE COM COÊNTROS




Um salmão selvagem simples mas não menos delicioso. Vamos ver como fiz!

 
 
Coloquei cada lombinho de salmão selvagem numa folha de papel-vegetal, temperei com Flôr de sal, pimenta preta moída na altura, coloquei alho laminado e coentros picados na altura. Reguei com uma colher de sopa de azeite, fechei o papelote (papel-vegetal) e levei a forno pré-aquecido a 180ºC, o tempo de assar os lombinhos. (+/- 18 minutos). Servi acompanhar, ovo cozido, couve-flor romanesca e batata-doce assada com casca. Reguei com o molho que se formou nos papelotes dos lombinhos de salmão.

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"Não sobrecarregue o hoje com os arrependimentos de ontem nem o estrague com os problemas de amanhã."

(Max Lucado)

quinta-feira, janeiro 08, 2015

PARGO MULATO NO FORNO



Numa das minhas idas ao mercado vi pargo mulato, resolvi comprar para fazer assado no forno. O filho até vinha almoçar, calhou bem. :) Agora já gosta de peixe, a filha ainda continua a torcer o nariz, mas: come (que remédio) :). Vamos ver como fiz!



Modo de fazer:

Levei a cozer umas batatas com casca (previamente bem lavadas) temperadas com sal marinho . (Só um entalão). Depois cortei as batatas ao meio.

Num tabuleiro de barro coloquei uma cebola cortada às rodelas. Coloquei o peixe devidamente arranjado e limpo por cima da cebola, piquei dois dentes de alho, espremi um limão por cima do peixe, coloquei as batatas previamente cozidas à volta, louro, temperei com sal marinho e polvilhei com pimentão-doce. Reguei com azeite e borrifei com vinho branco. Coloquei umas rodelas de limão por cima do peixe. Levei o tabuleiro ao forno pré-aquecido a 180ºC, o tempo de assar o peixe o que é rápido, quando as batatas começam a aloirar, já está.

P.S. O dar um entalão às batatas, como sabem o peixe assa primeiro que as batatas, e como queria com casca. ;)

"Eu sei que não sou nada e que talvez nunca tenha tudo. Aparte isso, eu tenho em mim todos os sonhos do mundo."
(Fernando Pessoa)

segunda-feira, outubro 13, 2014

CARIL DE ALABOTE


Esta receita saltou daqui. O Jamie diz: O meu caril preferido. Ok, acredito, pois o meu filho sendo um grande apreciador de caril, achou brutal. Vamos lá à receita.


Ingredientes:
-5 c. de sopa de óleo vegetal
-2 c. de sopa de sementes de mostarda
-1 c. de chá de sementes de feno-grego
-3 malaguetas verdes frescas, sem sementes e finamente picadas
-1 mão-cheia de folhas de caril
-2 pedaços de raiz de gengibre do tamanho de um polegar grosseiramente picado
-1 c. de chá de piripiri em pó
-1 c. de chá de açafrão-da-índia
-6 tomates picados (1,2,3)
-3 cebolas picadas (1,2,3)
-1 lata de leite de coco 400 ml
-sal marinho q.b.
-*1 c. de sopa de tamarindo


Notas: Juntei filetes de alabote. Mas podem fazer com galinha, frango ou vegetariana, fica ao vosso gosto. A base é a mesma. Só se junta *tamarindo se fizerem com peixe como eu fiz ok? Se for de galinha ou legumes não juntem.

Primeiro: preparei e separei as quantidades dos ingredientes. Depois é fazer o que é rápido.

Aqueci o óleo numa frigideira (grande). Quando começa a ficar quente juntei as sementes de mostarda. Esperei até começarem a saltar (palermitas a sujarem-me o fogão e não só) :). Nessa altura juntei as sementes de feno-grego, as malaguetas frescas, as folhas de caril e gengibre. Refoguei mexendo, durante alguns minutos. Juntei a cebola picada na 1,2,3, salteei durante 5 minutos até a cebola ficar translúcida. Juntei o piripiri e o açafrão-da-índia. Juntei os tomates picados (1,2,3) e deixei cozinhar uns minutos (envolvi). Juntei o leite de coco envolvi muito bem, quando começou a ferver juntei o tamarindo e envolvi. Nessa altura coloquei os filetes do alabote cortados e deixei cozinhar que como sabem é rápido. Servi acompanhado com arroz basmati

P.S. Para a versão galinha/frango salteie as tiras de galinha e sementes de coentros até ganharem cor, depois junte ao molho de caril e deixe cozinhar durante 10 minutos. Para a versão vegetariana, acrescente todos os legumes no molho no início quando junta as cebolas. Continuando a cozinhar normalmente até todos os legumes estarem tenros.

Filetes de alabote: É um peixe do mar da Noruega. O alabote é um peixe branco, muito rico em proteínas, e contém pouca gordura. É também rico em fósforo, potássio, iodo, cálcio e vitaminas do grupo B.

"O homem comum fala, o sábio escuta, o tolo discute."
 
(Sabedoria Oriental)



segunda-feira, agosto 25, 2014

CARAPAUS ALIMADOS À ALGARVIA

 
 

Apesar de adorar peixe e carapaus, nunca tinha comido carapaus alimados, sempre tive curiosidade de fazer, mas o tempo foi passando. Quando vi a receita da minha amiga Sandra, fiquei logo de antenas no ar. :) Mesmo assim foi passando o tempo, até que um belo dia estava eu na fila do peixe (espera de senha) vi os ditos e lembrei-me da receita da Sandra, vieram logo comigo. Eu trouxe a receita e texto tal e qual a Sandra escreveu, pois achei o máximo. :) Só a quantidade que fiz foi menor que a receita. Mas cada um sabe as suas necessidades ok?



Atã mó! Lá nã tens p’xinho alimado, miga? Má q’jêt?
Traduzido do Algarvio: Então moça? Lá não tens peixinho alimado, miga? Mas que jeito?
Quando fui ao Mercado e vi os carapaus, apeteceram-me uns carapaus à Algarvia.
Em pleno mês de Outubro, ainda estamos nos 30 graus e apetece comidas frescas.
Cheguei a casa e foi logo preparar a receita, tal como me ensinou a Dona Maria José da Manta Rota.
 
 
 
Ingredientes (4 pessoas):

1 kg de carapau de tamanho médio/pequeno
10 dentes de alho (aproximadamente)
Azeite
Salsa
Orégãos

Retirar a cabeça e tripas dos carapaus e lavá-los bem.
Num recipiente alternar camadas de carapau polvilhadas com sal grosso, deixando a última camada coberta com sal.
Deixar repousar no frigorifico de um dia para o outro.

No dia seguinte, passar os carapaus por água fria, para retirar o sal.
Levar ao lume um tacho com água. Quando esta ferver, mergulhar os carapau na água e deixar ferver mais ou menos 5 minutos. Retirá-los e mergulhá-los em água fria.
Agora ‘alimam’ os carapaus, esfregando delicadamente com os dedos para retirar a pele e espinhas restantes. Os carapaus devem ficar inteiros com a espinha central.
Colocam-se numa travessa, temperam-se com os alhos cortados às rodelas, salsa, orégãos e regam-se generosamente com azeite.

Nota: Eu alterei a salsa por coentros. Já sabem que a qualidade de um excelente azeite faz toda a diferencia ok?
 
P.S. Obrigada Sandra pela deliciosa receita. A repetir. Como o meu provador oficial (filho) diria se gostasse destes petiscos: brutalíssimo...

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"Vou-lhe dizer um grande segredo. Não espere o juízo final. Ele realiza-se todos os dias."
 
(Albert Camus)

terça-feira, junho 24, 2014

FILETES DE CHAPUTA COM MIGAS DE FEIJÃO FRADE E ESPINAFRES




Peixe já tenho aqui escrito e quem me conhece desde sempre sabe que adoro. Seja que peixe ou maneira de cozinhar for. Chaputa adoro filetes, mas posso dizer que há talvez uns 7 anos que não comia. Numa das minhas idas à Makro, na peixaria tinha chaputa, e como a senhora é tão, mas tão simpática, tive/tenho coragem para pedir para pesar e fazer filetes de uma chaputa. Sim, pois eu penso que a crise, hoje em dia deu para o pessoal ter outra atenção a atender. Ok, para meio entendedor, meia palavra basta. Escusado eu ter que explicar tudinho. :) Vamos ver como fiz os filetes, aliás é como sempre fiz e faço.


Coloquei os filetes dentro dum tupperware, juntei 4 dentes de alho picados, esfarelei duas folhas de louro, temperei com sal marinho, pimenta-preta moída na altura, e reguei abundantemente com sumo de limão. Reservo no mínimo 3 horas. Depois retirei os filetes da marinada, retiro algum  bocado de alho que venha agarrado, passei por farinha de milho, e ovo batido, fritei em azeite. Escorri em papel de cozinha. Servi com umas migas de feijão frade e espinafres. Vamos ver como fiz.


Escorri uma lata grande de feijão frade. Limpei e escolhi metade de um molho de espinafres. Esfarelei o miolo de 3 fatias de broa. Numa frigideira coloquei 3 dentes de alho picados reguei com azeite e levei ao lume. Quando começou o alho a "dançar" :) juntei as folhas dos espinafres, começou a murchar juntei o feijão, a broa e temperei com sal marinho e pimenta-preta moída na hora. Foi o tempo de harmonizar sabores.

"Há olhos que me julgam, mas o coração de Deus me conhece..."

(Bárbara Coré)

terça-feira, junho 17, 2014

CALDEIRADA DE TAMBORIL


Peixe e eu, eu e peixe, adoro. Noutra encarnação com certeza fui peixito. :) Desde que me conheço por gente que sempre gostei. A minha mãe contava-me que eu em criança (estilo 2 anos) quando a minha mãe estava a fritar peixe, eu colocava-me ao pé dela na chaminé encostada (sim, naquele tempo era chaminé) tal o meu gosto por peixe, e comia tudo. Lembro-me em criança não gostar que a minha mãe tirasse as espinhas, eu mesma gostava de as tirar. Somos 3, mas o mesmo não acontecia com os meus irmãos, eles não eram muito apreciadores de peixe. Por isso digo que devo ter sido peixito, pois fomos criados da mesma maneira. Peixe, gosto de qualquer maneira, expecto cru. Não, não gosto de Sushi, o meu filho adora eu não. Grande estória para uma simples caldeirada de tamboril. :) O tempo passa e as memórias cada vez são mais. Saudades de sabores que nunca mais os vou ter. Os sabores que a minha saudosa mãe fazia os mimos que eu tinha sempre.


Esta caldeirada, coloquei por camadas até acabar os ingredientes: Cebola cortada às rodelas, pimentos verde e vermelho, limpos de sementes e cortados às tiras, tamboril, batatas cortadas às rodelas, tomates maduros sem pele cortados grosseiramente. No fim coloco salsa, coentros, 2 pernadas de orégãos, sal marinho, pimenta-preta moída na hora 1 dl de azeite e borrifo com vinho branco. Tapo o tacho e levo ao lume a cozinhar em lume brando sem destapar o tacho. Deliciei-me.

"Amamos as nossas mães quase sem o saber e só nos damos conta da profundidade das raízes desse amor no momento da derradeira separação."
(Guy Maupassant)

terça-feira, janeiro 28, 2014

PARGO NO FORNO




Tinha passado pelo Mercado e comprei um pargo ou "parvo" como o meu filho chamava quando era pequeno :). Resolvi fazer o mais simples possível, mas não menos delícioso.

Num tabuleiro de barro coloquei uma "cama" de cebola às rodelas. Coloquei o peixito devidamente arranjado, batatas descascadas e cortadas em cubos, cebola às rodelas, temperei com sal marinho, polvilhei com colorau, reguei com azeite, borrifei com vinho branco, e ups, forno com ele pré-aquecido a (180ºC). Quando as batatas estão assadas, o peixe também está! Servi com uma salada.


___________O progresso é impossível sem mudança. Aqueles que não conseguem mudar as suas mentes não conseguem mudar nada._____________

(George Bernard Shaw
)

segunda-feira, dezembro 02, 2013

SARGOS ASSADOS NO FORNO COM ERVAS DE PROVENÇA E ALHO



Comprei uns sargos para grelhar, mas no caminho até a casa resolvi assar no forno, pois fiquei sem apetites de cheiros a grelhados na casa. :) Ah pois, eu sou assim. Vamos ver como fiz estes deliciosos peixitos. Sim, deliciosos, pois são de mar, e não de viveiros...

Os sargos já vinham arranjaditos, cheguei a casa, com papel de cozinha limpei-os, dei-lhes uns golpes, e reservei-os. Numa tigela coloquei 4 dentes de alho esmagados e uma colher de sopa de ervas de Provença, envolvi muito bem até fazer uma "pasta" que introduzi, nas ranhuras do peixe. Num tabuleiro de barro fiz uma "cama" com uma cebola grande cortada às rodelas. Coloquei os sargos, salpiquei com sal marinho, e polvilhei com mais ervas. Reguei com azeite (Murça virgem Extra), borrifei com vinho branco (2 colheres de sopa). Levei o tabuleiro ao forno pré-aquecido a 180ºC, até assar o peixe. Acompanhei com batatas Primor que foram assadas num tabuleiro à parte. Descasquei as batatinhas, lavei-as, depois de devidamente secas (papel de cozinha) coloquei-as num tabuleiro de barro e polvilhei com sal marinho, ervas de Provença, 2 colheres de sopa de azeite, e 1 colher de sopa de vinho branco. Envolvi as batatas com as mãos, para ficarem com o tempero uniforme, e levei ao forno, pré-aquecido a 180ºC.

Notas: Claro que utilizei as mãos, mas quem não gosta de sujar as ditas, envolve com uma colher ok? Coloquei as batatas no forno 10 minutos antes do peixe, depois servi com uma salada verde.


_______A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos._______

(Charles Chaplin)

quinta-feira, outubro 31, 2013

SOPA DE PEIXE


Peixe, é comigo. Simplesmente adoro. Apetecia-me uma sopinha de peixe, ok, se me apetecia só tinha que fazer. Fui ao mercado da Charneca de Caparica e comprei uma posta de safio, e uma de cherne, comprei também 400g de mexilhão fresco. Pois, eu sei que não é dos meus dreams estar a limpar o mexilhão como já tenho dito. Mas, não ia de propósito à MAKRO comprar o de vácuo. Bem, vamos lá ver como fiz a minha sopinha.

Arranjei e limpei muito bem o mexilhão. Cozi em água, quando cozido retirei as cascas e reservei o mexilhão. Coei essa água num funil de algodão e reservei. Cozi o peixe em água temperada com sal marinho. Quando cozido, retirei da água e limpei de pele e espinhas. Reservei. Coei a água numa rede e reservei. Num tacho coloquei uma cebola picada, 2 dentes de alho picados e levei ao lume até a cebola ficar translúcida. Nessa altura juntei um tomate maduro sem pele e sementes cortado em quadrados, deixei o tomate largar os seus sucos sempre em lume brando. Aumentei o lume e juntei 100 ml de vinho branco, envolvi muito bem. Juntei a água de cozer o mexilhão e peixe e um ramo de coentros, e deixei ferver, nessa altura com a varinha-mágica passei a cebola, o tomate e os coentros. Juntei uma mão-cheia de massa de pevide, e deixei cozinhar, retifiquei os temperos, com sal marinho, e um pouco de pimenta cayenne (não esquecer a água de cozer o peixe que levou sal), e juntei os peixes e mexilhão, foi só o tempo de harmonizar sabores, e depois claro, eu deliciar-me.

___________Apesar dos nossos defeitos, precisamos enxergar que somos pérolas únicas no teatro da vida e entender que não existem pessoas de sucesso e pessoas fracassadas. O que existem são pessoas que lutam pelos seus sonhos ou desistem deles.________

(Augusto Cury)

segunda-feira, outubro 21, 2013

PEIXE ESPIRITUAL



A maioria das mulheres, quando têem problemas ou preocupações, ou simplesmente estão tristes, preferem ir às compras. Eu como sou muito diferente da maioria, não estou a dizer (escrever) que sou melhor ou pior, sou só eu ok? Nesses dias, onde eu resolvo tudo é no meu laboratório (cozinha). Neste dia resolvi ir para a cozinha adiantar o jantar, e pensar o que fazer. Um dia, mesmo para esquecer...

Ingredientes:

-1 Kg de filetes de pescada cozidos sem peles e espinhas
-3 boas cebolas
-7 cenouras
-2 carcaças
-leite para demolhar o pão morno
-molho bechamel caseiro
-azeite
-sal marinho e pimenta-preta moída na altura
-queijo ralado (usei uma mistura de queijos secos que ralei)usem o que vos agradar

É a única receita que pico a cebola na picadora. Coloco num tacho as cebolas picada com azeite e vou deixando cozinhar em lume baixo. Depois junto as cenouras lavadas com casca e picadas na 1.2.3. e deixo envolver na mistura anterior. Junto o peixe esfarelado. Deixo sempre em lume brando ir harmonizando os sabores. Quando acho que já está ao meu gosto junto o pão demolhado no leite e espremido e picado também na 1.2.3. Junto o molho bechamel . Envolvo bem e tempero com sal e a pimenta. Deixo sempre em lume brando harmonizar os sabores. Coloquei num tabuleiro. Espalhei o queijo por cima e levei ao forno pré-aquecido a 160ºC, até alourar. Servi com uma salada de agrião.


"Havia um homem que costumava ter em cima de sua cama uma placa escrita: ISSO TAMBÉM PASSA...então perguntaram à ele o por quê disso... ele disse que era para se lembrar que, quando estivesse passando por momentos ruins, poder se lembrar de que eles iriam embora, e que ele teria que passar por aquilo por algum motivo. Mas essa placa também era pra lembrá-lo que quando estivesse muito feliz, que não deixasse tudo pra trás, porque esses momentos também iriam passar e momentos difíceis viriam de novo...E é exatamente disso que a vida é feita: MOMENTOS! Momentos os quais temos que passar, sendo bons ou não, pro nosso próprio aprendizado. Por algum motivo... Nunca esqueça do mais importante: NADA É POR ACASO ! Absolutamente nada. Por isso temos que nos preocupar em fazer a nossa parte da melhor forma possível."

(Chico Xavier)

domingo, outubro 13, 2013

SARDINHAS...DE SURPRESA


A minha amiga Rosarinho, como sabe que eu adoro sardinhas, de qualquer maneira. Mas, em casa, só mesmo no forno. Pois assadas no carvão só mesmo fora de casa. Depois de comer, o cheiro que fica empreguenado na casa, detesto. Resolveu enviar-me esta receita com a foto da página de um seu livro de culinária antigo, podia ter escrito a receita só, mas, deu-se ao trabalho de fazer o scâner, pois ela sabe o que eu adoro histórias nos livros de receitas, e esta é hilariante. Eu coloco a foto, para vocês lerem ok? Agora vamos à excelente receita, vamos ver como fiz!


Decapitei 1 kg de sardinhas. Limpei-as de tripas e escamas, o que nem utilizei faca, as escamas saíram simplesmente com uma leve pressão dos dedos, de tão frescas que eram. Temperei as sardinhas com sal marinho, e reservei durante 1 hora. Ao fim desse tempo, sacudi o sal das sardinhas e passei-as por farinha de milho. Reservei. Numa frigideira coloquei uma cebola pequena picada, e reguei com azeite. Liguei o lume e deixei murchar a cebola, nessa altura fui fritando as sardinhas reservadas, e salpiquei as mesmas com vinho do Porto. Quando fritas, fui colocando-as num tabuleiro e acamando-as umas por cima das outras. Bati 4 gemas com um bom molho de salsa picada, e o sumo de um limão, cobri as sardinhas com esta mistura e coloquei no forno. O tempo de alourar. Simplesmente brutal, e aqui foi a minha opinião, pois o meu provador oficial (filho), não provou pois não gosta de sardinhas. Sobre a receita original, não fiz exatamente igual, pois usei o azeite, em vez de manteiga, e o vinho do Porto a substituir o Xerez, e levei ao forno em vez de fazer em cima do fogão, cada qual faz como preferirem. Mas, não esqueçam de ler a receita (história) do livro da minha amiga Rosarinho mais abaixo.


A continuação da história!👇

«passas dum pateta! Em vez de fazeres todo o meio cento das sardinhas...fizeste só 12 !!!»

________Na simplicidade aprendemos que reconhecer um erro não nos diminui, mas nos engrandece, e que as pessoas não existem para nos admirar, mas para compartilhar connosco a beleza da existência._________

(Roberto Shinyashiki)

sexta-feira, setembro 06, 2013

FILETES DE PEIXE ESPADA PRETO COM BROA NO FORNO


O meu filho adora peixe espada preto grelhado, e em filetes. Faço muito, mas quando é em filetes peço sempre para a peixeira arranjar os mesmos. Mas, neste caso não foi, tinha peixe espada para grelhar pra o jantar, mas, o filho manda uma mensagem a dizer: mãe, não vou jantar :(. Ok, até aqui tudo bem, mas as duas postas do filho, não ia congelar, resolvi eu própria fazer os filetes, e assim fiz e até deu para verificar que não é tão complicado, as espinhas que ficaram resolvi com uma pinça eliminar todinhas... Temperei com sal marinho, alho picado, louro e reguei com limão. Tapei com película aderente e foi descansar para o frigorifico. No dia seguinte retirei os filetes do tempero, coloquei os mesmos, em papel de cozinha e sequei os mesmos. Na picadora coloquei broa, 1 dente de alho, coentros, pimento vermelho, piquei até fazer uma pasta. Num tabuleiro untado com azeite, coloquei os filetes,(por cima uns dos outros, pra parecer uma posta) e cobri com a pasta da broa que tinha feito. Coloquei batatas pequenas cozidas previamente com sal e casca, que depois de cozidas lhes dei um murro (delicadamente, e com o devido pedido de desculpas), coloquei umas tirinhas de pimento vermelho, e reguei com azeite (2 colheres de sopa), levei ao forno pré-aquecido a 200ºC, até o pimento assar (é o tempo do peixe assar).

P.S. Ao estar a escrever o texto da receita relembrei uma história que a minha saudosa mãe contava muito do Bocage, ela sabia muitas histórias do mesmo, e nós (filhos) gostavamos muito de ouvir.

"O macaco e a viola"

Passou um macaco em frente de uma escola de meninas - mal estas o viram puseram-se a gritar:
olhem o macaco com o rabo muito comprido.
O macaco foi a um barbeiro e pediu que lhe cortasse o rabo. O barbeiro cortou. Voltou o macaco a passar defronte da escola e as meninas desataram a rir dizendo: Olhem o macaco de rabo curto!
Tornou o macaco a casa do barbeiro e pediu-lhe o rabo.
- Já o enterrei - respondeu o barbeiro.
- Pois levo uma navalha - disse o macaco.
Pegou na navalha e saiu, encontrando uma mulher a escamar o peixe à mão. Deu-lhe a navalha. Momentos depois voltou a pedir a navalha.
- Perdi-a - respondeu a mulher.
- Pois então levo uma sardinha. E o macaco foi com a sardinha até encontrar a mulher de um moleiro a comer pão sem conduto. Deu-lhe a sardinha. Momentos depois voltou a pedir-lhe a sardinha.
- Já a comi - respondeu a moleira.
- Levo um saco de farinha. E levou o saco de farinha. Chegou a uma escola e deu o saco à mestra. Momentos depois voltou a pedir o saco de farinha.
- As meninas já comeram a farinha em pão.
- Levo uma menina.
E levou a menina a casa de um homem que trabalhava em gaiolas.
Momentos depois voltou pela menina.
- Foi para casa do pai - respondeu o gaioleiro.
- Levo uma gaiola.
- Partiu-se.
- Pois levo uma viola.
Saiu o macaco com a viola e pôs-se a cantar e a tocar:

Do rabo fiz navalha
Da navalha fiz sardinha
Da sardinha fiz farinha
Da farinha fiz menina
Da menina fiz gaiola
Da gaiola fiz viola
Tinglintim, tinglintim
Eu já me vou embora.
Tinglintim, tinglintim
Eu já me vou embora.
(Ataíde Oliveira In Histórias Tradicionais, 1988, ME)

quarta-feira, junho 26, 2013

SALMÃO COM PRESUNTO


Tinha uns lombos de salmão selvagem, que resolvi fazer assim: Temperei os mesmos com pimenta-preta moída na altura, e enrolei-os em fatias de presunto. Untei um tabuleiro com azeite e coloquei os lombos de salmão. Levei o tabuleiro ao forno pré-aquecido a 200ºC, só mesmo o tempo do presunto ficar crocante (no meu forno levou 15 minutos). Servi acompanhado com feijão-verde e brócolos salteados.

Legumes salteados: No WOK coloquei um fio de azeite, 3 dentes de alhos picados, mal o azeite começou a aquecer, juntei o feijão-verde previamente lavado e cortado, envolvi e deixei suar o mesmo. Passado pouco tempo juntei os brócolos também previamente lavados e cortados em raminhos, deixei cozinhar e harmonizar sabores, já sabem que os legumes salteados, não se deve cozinhar muito, pois convém ficar al dente (crocante), pelo menos é assim que eu e filhos gostamos.

Nota: Não esqueci o sal. Mas, como o presunto já tem (o caso deste), para mim mais que suficiente. Mas, cada qual sabe o vosso gosto em relação ao sal. A minha ligação com o sal, é mesmo só para dar sabor à comida.

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___________Ninguém é suficientemente competente para governar outra pessoa sem o seu consentimento.____________


Abraham Lincoln

sexta-feira, março 22, 2013

PARGO ASSADO NO FORNO COM TOMILHO


Fui ao Mercado da Costa da Caparica, uma das coisas que adoro é andar dentro dos mercados. Os aromas que perfumam o ar, e me transmitem, não tem nada a ver com as grandes superfícies...até um simples molho de coentros tem outro aroma. Estava a passar no corredor do peixe, quando o coitadinho do Pargo chamou por mim, ok, mandei logo a senhora arranjar o peixito, para ele vir comigo. A filha, quando cheguei a casa e viu o peixito, disse logo:-Pronto mãe, tinhas que me estragar o dia! (Sorrisos), como sabem os filhos, bem os filhos não! Pois o filho agora até já pede peixe, mas a minha filha é escusado, continua e não muda, mas come, mesmo a refilar...o meu filho aprovou : brutalíssimo, agora a filha comeu o peixe escondido na salada, (sorrisos). Fiz como costumo fazer sempre o peixe assado, só acrescentei o tomilho, vamos então ver como fiz.

Num tabuleiro de barro cobri o fundo com cebola roxa cortada às rodelas finas. Coloquei o peixito, e no meio das postas coloquei rodelas de limão, rodelas de cebola roxa, alhos cortados às tiras e tomilho. Depois juntei as batatas e cobri de novo com cebola roxa cortada às rodelas finas alhos em tiras e temperei com sal marinho, pimenta-preta moída na altura, e polvilhei com um pouco de colorau. Reguei com azeite e borrifei com um pouco de vinho branco. Levei ao forno pré-aquecido a 180ºC.

____Atitude saudável é ter em mente que podemos ser aquilo que determinamos. Pensamentos saudáveis, positivos, geram atitudes saudáveis e melhor qualidade de vida.__________


Ane Soal