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segunda-feira, abril 04, 2016

DOCE DE ABÓBORA COM AMÊNDOA QUINTA DE JUGAIS NUMA ENTRADA :)




Cá em casa o meu pessoal adora uma entrada com doces/compotas com queijo, seja queijo fresco, seco ou requeijão. Utilizei o Doce de Abóbora com amêndoas Quinta de Jugais, numa entrada que fez sucesso. Todos adoraram! Vamos ver como fiz!


Ingredientes:
-1 tábua (ao vosso gosto) :)
-Doce de abóbora com amêndoas Quinta de Jugais
-queijos (usem o que mais gostarem)
-presunto
-azeitonas temperadas (há minha maneira)
-ovos de codorniz
-pickles
-1 malagueta picada sem sementes
-salsa picada
-pimenta preta moída
-paio york



Cozi os ovos descasquei-os e temperei com a malagueta picada, salsa picada, pimenta-preta moída na hora, e reguei com azeite extra virgem. Reservei 1 hora (mínimo). Na tábua coloquei o Doce de abóbora com amêndoas Quinta de Jugais,  e os restantes ingredientes como vêm na foto. O queijo de cabra reguei com o doce, o que no final sobrou muito pouco doce, pois foi servirem-se à vontade com o queijo e não só. Agora vocês coloquem nas vossas tábuas o que a vossa imaginação ditar, mas não deixem faltar o Doce de abóbora com amêndoas Quinta de Jugais, pois é brutal como o meu provador oficial (filho) disse.


"A humildade é a única base sólida de todas as virtudes. Não corrigir nossas faltas é o mesmo que cometer novos erros."

(Confúcio)

quarta-feira, março 30, 2016

FABADA ASTURIANA [FEIJOADA ESPANHOLA]





A fazer uma limpeza ao interior dos armários e móveis (não sei se vos acontece, a mim sim, mas as loiças (copos) que não estão a uso diariamente, ficam baços, e eu sendo uma eterna chatinha, faço limpeza mesmo ao que não se vê neste caso dentro dos móveis e armários. Depois é limpar copo por copo, o que leva umas boas horas, se não um dia, à quantidade de loiça que tenho. Foi num desses dias que vi os copos da Sidra que comprei quando fui às Astúrias ( Picos da Europa), de férias no ano 1995. Eu a partir loiça é mágico, parece que tenho buracos nas mãos, mas estes copos são tão frágeis e nem com a mudança para esta minha casa, parti algum, outros e loiça, partiram-se estes não. :) Mas ao  limpar os copos (re) lembrei a tão afamada fabada Asturiana, que comemos quando as nossas férias a tão precioso lugar. Não fiquei encantada, pois penso que a "nossa" feijoada, ganha aos pontos, o mesmo não se passou com as Astúrias que adorei. O leite, a manteiga que comia ao pequeno-almoço era de um sabor brutal. O leite e manteiga quando cheguei a Portugal, encontrei na Makro de Alfragide comecei a comprar, era/é umas garrafas de 1,5 L  mais tarde o Continente também começou a ter, o nome é Asturiana, mas quando abriu o ECI, só mesmo lá é que se encontra, como o feijão para fazer a fabada, mas não me apeteceu ir para Lisboa para satisfazer um desejo. Resolvi fazer com a "nossa" feijoca. O meu tio espanhol, explicou-me uma vez, que a fabada era tudo cozido, já a feijoada Portuguesa também os ingredientes são cozidos, mas são transformados num guisado. Vou dizer como fiz, as quantidades, cada um faça a vossa.


Ingredientes:
-feijoca
-1 tira de toucinho (entremeada)
-1 tira generosa de bacon fumado
-chouriço de carne picante (usei chouriço picante da zona de Cinfães)
-morcela (não de arroz)
-sal marinho
-açafrão em farripas
-pimenta cayenne (usem o picante ao vosso gosto, ou nem usem, fica ao vosso gosto)


Demolhei a feijoca e temperei o toucinho (entremeada) com sal marinho. Deixei de um dia para o outro. Num tacho largo, coloquei o feijão, o toucinho, o bacon, o chouriço e a morcela, e cobri dois dedos acima dos ingredientes com água. Levei ao lume a cozer, com a escumadeira fui eliminando a espuma que se forma na superfície. Ao fim de 40 minutos fui retirando os chouriços e carne que estivesse cozida, reservei e deixei o feijão continuar a cozer na água com o sabor e gordura que os enchidos e carnes largaram. Nessa altura adicionei o açafrão esfarelado e a pimenta cayenne e envolvi bem, deixei continuar a cozinhar em lume brando, para os sabores se misturarem. Quando o feijão estava cozido, adicionei as carnes cortadas em pequenos pedaços e enchidos cortados em rodelas largas e rectificar o sal. Não utilizei mais sal, pois o dos enchidos, bacon e do sal marinho da entremeada, para mim mais que suficiente, mas cada um sabe dos seus gostos. Deixar o tempo de harmonizar sabores.

P.S. Quando estivemos nas Astúrias o filho nem provou a fabada (ainda estava na idade que sem provar dizia: não gosto) :) e eu nunca fui mãe de obrigar os filhos a comerem seja o que fosse. Pensava, quando chegar o tempo vão aprender a gostar. Mais uma vez o (tempo) deu-me razão, o filho hoje é um grande apreciador de feijoadas, e esta comeu e disse: Brutal.

Eu quando digo: que nunca obriguei os meus filhos a comerem algo que não queriam ou diziam que não gostavam, não estou a dizer que sou melhor mãe ou pior mãe que as outras. Só nunca compreendi aquelas mães que obrigavam (tinha uma amiga que o fazia) os filhos a comer algo, e se não comessem ao almoço, o prato passava para o lanche, jantar, e se fosse preciso para o pequeno-almoço e assim andava um prato com a comida fria o requentada, que a mim me dava vómitos quanto mais a uma criança. Nunca fui de gostar nada que me obrigassem, então se eu não gostava, porquê obrigar os filhos a fazer algo que eu detestava. Já a minha avó dizia:" não faças aos outros aquilo que não gostas que te façam a ti".

"A Saudade"
A saudade é o que faz as coisas pararem no Tempo.

(Mario Quintana)

segunda-feira, março 07, 2016

FEIJOADA




Feijoadas, é daqueles comeres que a filha adora e o filho idem. São comidas reconfortantes. Com a "tanga" de tempo que tem estado, (volta Verão, que estás perdoado, aliás nem nunca te castiguei, pois adoro-te) :) resolvi fazer. Só que faço quase sempre com couve lombarda, mas tinha chegado cá a casa, umas couves e uns espigos, que resolvi alterar. Vou dizer como fiz as quantidades cada qual sabe as suas necessidades ok?



Ingredientes:
-carne de porco da pá
-chispe
-rabo de porco
-orelha 
-entremeada
-chouriço de porco preto (era o que tinha em casa, usem o que preferirem)
-farinheira
-feijão encarnado de lata (usem o de lata ou cozam, eu quando estou com pressa, uso de lata)
-couve e espigos
-cebola (1 grande ou 2 médias)
-1 folha de louro
-azeite
-sal marinho
-2 c. de sopa de polpa de tomate
-piripiri

Primeiro de tudo lavei muito bem o chispe, o rabo e a orelha. Fiz a depilação (não, não foi de cera e sim de gilete) mas não satisfeita ainda passo no lume, não vá ficar algum pelito. A orelha, é um Carnaval a lavar a dita, mas que fica desencardida ai isso fica. :) Depois de tudo limpinho tempero as carnes com sal marinho e deixo no mínimo 5 horas. Depois sacudo bem o sal e levo as carnes a cozer numa panela com água, junto com a carne de porco da pá. Vou retirando conforme estão cozidas e reservo. Quando cozidas, parto em bocados e reservo a água da sua cozedura. Num tacho coloco cebola picada, louro, o chouriço cortado às rodelas, azeite, e levo o tacho ao lume até a cebola murchar. Adiciono a polpa de tomate e um pouco da água das carnes reservada. Juntei a couve e espigos e deixei cozinhar, depois junto as carnes e envolvo nessa altura juntei mais um pouco da água das carnes. Adicionei um pouco de piripiri e envolvi. Numa tigela coloco a farinheira sem pele e desfeita num pouco do caldo da cozedura anterior e reservo. Adicionei o feijão às carnes e hortaliça, envolvi bem e deixei harmonizar sabores, nessa altura juntei a mistura reservada da farinheira e envolvi muito bem, deixei levantar fervura e que os sabores dançassem um chá-chá-chá. :) Rectificar o sal nessa altura, eu não utilizei mais sal, além do que a água tinha cozido as carnes salgadas, chouriço e farinheira, para mim mais que suficiente, mas cada um sabe dos seus gostos. Assim ficou uma feijoada à minha maneira brutal.

"Procure descobrir o seu caminho na vida.
Ninguém é responsável por nosso destino, a não ser nós mesmos."

(Chico Xavier)

quarta-feira, fevereiro 03, 2016

ARROZ DE PATO COM CHOURIÇO E PRESUNTO



A minha filha adora arroz de pato. Mas como ela diz: gosta de pato rechonchudinho (gordo, grande) :) gosta de comer arroz do dito, mas que encontre a carne. Há pessoal que faz o dito arroz, não interessa a quantidade de pessoas que vão sentar se à mesa é sempre um pato. O pato depois de cozido, retirar peles e afins fica em nada, por isso nunca compro um pato que tenha menos de 2,5 Kg. O meu saudoso pai adorava o meu arroz de pato, na altura quando fazia e os meus pais iam estar presentes, comprava sempre dois patos. Fazia um tabuleiro grande. Agora, resolvi fazer uma receita da minha Bíblia "O livro de Pantangruel" vamos ver com é.

Ingredientes:
-400 g de arroz (uso sempre o basmatti)
-1 pato
-250 g de presunto
-1 chouriço
-1 cebola
-6 grãos de pimenta (usei preta)
-manteiga e sal q.b.

Cozem-se o pato, o presunto e o chouriço em água temperada com sal marinho, a cebola e a pimenta. Escorre-se, reserva-se a água, corta-se o pato em pedaços o chouriço em rodelas e o presunto em tiras. Retiram-se os ossos  e peles ao pato, que se desfia grosseiramente. Coze-se o arroz no forno em meio litro de água que se escorreu e coou. Espalha-se metade de arroz num tabuleiro untado de ir ao forno e à mesa, cobre-se com bocados de pato, as rodelas de chouriço e as tiras de presunto e cobre-se completamente com o resto de arroz. Leva-se de novo ao forno para corar rapidamente, a fim de o arroz não ficar tostado.Querendo, pode borrifar-se o arroz com salpicos de água da cozedura, antes de o meter pela segunda vez no forno. Eu passei essa parte e pincelei com uma gema como fiz sempre.

Já tenho aqui e aqui o arroz de pato.

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"Lembra-te sempre: cada dia nasce de um novo amanhecer."

(Chico Xavier)


sexta-feira, novembro 27, 2015

BOLA RÁPIDA


Tinha um resto de frango assado (de compra), tinha que fazer uma bola para a filha levar para um lanche, foi dois em um. :) Tenho aqui já a receita da bola. Esta receita, retirei do meu livro «Cozinha Regional Portuguesa de Maria Odete Cortes Valente» Depois de estar a fazer, vi que no fundo ou principio a receita é igual, só muda as quantidades e maneira de misturar os ingredientes. Vamos lá então à receita.


Ingredientes:
-420 g de farinha
-1,5 dl de óleo
-4 ovos
-2 dl de leite
-2 c. de chá de fermento em pó
-sal q.b.
-350 g de presunto e 1 linguiça (utilizei restos de frango assado sem peles e ossos, queijo, Paio York)

Batem-se muito bem os ovos inteiros com o óleo e o sal. Juntam-se a farinha e o leite alternadamente. Mistura-se por fim o fermento. Unta-se uma forma com manteiga e polvilha-se com farinha. Coloca-se no fundo uma camada de massa, por cima as carnes e novamente a massa. Vai a forno pré-aquecido a 180ºC a cozer. Teste do palito

Notas: Como utilizei o resto de frango, paio e queijo, primeiro coloquei uma camada de paio até cobrir a massa, de seguida fatias de queijo,  coloquei o frango, voltei a colocar queijo e por ultimo cobri com o paio. Deitei o resto da massa por cima.

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"Não fique o dia todo pensando no que fazer, FAÇA! Porque se o mundo acabar hoje você tem que morrer orgulhoso de ter feito algo."

(Pedro Bial)

segunda-feira, agosto 31, 2015

BOLA DE CARNES



A filha precisava que lhe arranjasse uma cesta de piquenique para ir fazer um,  a cesta não é problema o interior (comida)  para mim também não era problema. :) Entre outras iguarias o que fiz, foi a bola de carnes que eu penso que vai muito bem com petiscos, aniversários ou piqueniques, o caso. Fiz a receita que tenho aqui, mas fiz em tabuleiro.


Ingredientes:
-6 ovos
-3 chávenas de farinha
-1 chávena de óleo
-1 chávena de leite
-2 c. de chá de fermento
-1 c. de chá de sal
-carnes diversas: chourição, fiambre, paio do lombo, bacon e queijo flamengo às fatias. (Utilizem o que preferirem)



Untei um tabuleiro e polvilhei com farinha. Reservei. Misturei os ingredientes e bati com a batedeira, quando estava uma massa homogenia deitei metade da mistura no tabuleiro. Cobri com fiambre depois seguiu o chourição , queijo, paio do lombo e por ultimo o bacon. Cobri com a restante massa e levei ao forno pré-aquecido a 180ºC até a massa crescer e alourar.

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"O mundo pertence aos otimistas: os pessimistas são meros espectadores."

(Dwight Eisenhower)

segunda-feira, junho 29, 2015

EMPADÃO



Empadão, adoro! Aliás desde que me conheço por gente que assim é. Então se for com "restos" da carne do cozido, ainda melhor. Quando era criança, no dia que a minha mãe fazia cozido, eu ficava logo a pensar no dia a seguir, pois sabia que uma das refeições seria empadão ou pasteis de massa tenra, o que a minha saudosa mãe fazia na perfeição. Como fiz cozido à Portuguesa no dia que o filho veio jantar, mesmo fingido, ou pouca a quantidade que façamos é uma comida que sobra sempre muito, pelo menos na minha casa, o que neste dia não foi exceção. A filha sempre adorou empadão, há um tempo para cá, deixou de lhe agradar (haja paciência). Mas a mim apetecia-me, e não fui de modas, alterei o sabor do puré (o que ela agora diz não gostar, simples pois quando é com azeitonas já gosta), bolas, mãe tem paciência até mais não. Vamos ver como fiz este, que até comeu sem eu ouvir: não quero muito.

Desfiei a carne e retirei todas as gorduras (o que eram inexistentes), mas tirei os nervos, cortei o chouriço de carne em bocados pequenos. Reservei. Num tacho coloquei uma cebola picada, 1 folha de louro e azeite. Levei o tacho ao lume a cozinhar a cebola até a mesma murchar (nunca deixo alourar) nessa altura juntei 100 ml de polpa de tomate e envolvi muito bem. Adicionei a carne e chouriço e em lume brando mexi só mesmo para envolver. Reguei com 50 ml de vinho branco, em lume brando deixei harmonizar sabores, no final retifiquei o sal (em causa a carne e chouriço já terem sal) e temperei com pimenta preta moída na hora e juntei um molho de coentros picados, envolvi já com o lume apagado. Fiz um puré normal, quando terminei o puré juntei coentros picados e envolvi.

Montagem: Num tabuleiro de barro cobri o fundo com puré, depois foi cobrir com a mistura da carne (mas não escorro totalmente o molho (grosso) gosto do empadão húmido) e voltei a cobrir com o resto do puré de batata. Bati uma gema e pincelei a superfície, com um garfo fiz uns enfeites. Levei ao forno até alourar o ovo. Servi com uma salada verde.

"Imagine uma nova história para sua vida e acredite nela."
(Paulo Coelho)

quinta-feira, fevereiro 26, 2015

CARNE GUISADA COM MASSA




Carne guisada, gostamos, seja com batatas ou massa. Resolvi fazer com um chouriço de carne picante que é brutal da zona de Cinfães. Vamos ver como fiz este guisado reconfortante.



Coloquei uma cebola picada num tacho, com uma folha de louro, 10 rodelas de chouriço de carne picante e azeite. Levei a lume brando e deixei refogar (até a cebola ficar translúcida)e o chouriço largar os seus sucos. Juntei o conteúdo de uma lata de tomate triturado das pequenas, sempre em lume brando deixei harmonizar sabores. Juntei carne de porco ao cubos (usei lombo) e juntei um pouco de água, temperei com sal marinho. Deixei a carne cozinhar sempre em lume brando. Fui juntando água conforme era preciso, (nunca deixar a carne a tomar banho de piscina). Quando a carne estava cozinhada, juntei água suficiente para cozinhar a massa e retifiquei o tempero. Quando levantou fervura juntei espirais de cores e deixei cozinhar até estar al dente, nessa altura desligo o lume e tapo o tacho (acabar de cozinhar). Adoro coentros, no final polvilhei com coentros picados, pois para mim coentros vai bem com tudo. Simples, mas delicioso.

"Só existem dois dias no ano que nada pode ser feito. Um se chama ontem e o outro se chama amanhã, portanto hoje é o dia certo para amar, acreditar, fazer e principalmente viver."

(Dalai Lama)

P.S. Um pensamento que partilho muitas vezes, além de gostar e muito de Dalai Lama, concordo em absoluto com a mensagem. :)

sexta-feira, julho 04, 2014

ALHEIRA NO FORNO EM CAMA DE MASSA FOLHADA


Alheira  numa entrada fantástica.


Ingredientes:
-1 rolo de massa folhada fresca LIDL (usem a que mais gostam, eu só gosto desta)
-1 alheira de Cinfães
-cebolinho picado
-flor de sal

Com um corta bolachas cortei rodelas que pincelei as pontas (onde não leva a alheira) com água fria. Coloquei montinhos de alheira sem pele. Coloquei em tabuleiro forrado com papel vegetal. Levei ao forno pré-aquecido a 200ºC. o tempo de folhar e alourar. Quando servi polvilhei com cebolinho picado e flor de sal.


P.S. Com a restante massa cortei umas rodelas mais pequenas que levei ao forno, também devidamente pinceladas. Foi só para dar aquele "toque". Nunca pincelo a massa folhada com ovos faço-o com água fria.

"Ás vezes perguntam-me
como é que tenho tempo para tanta coisa.

Ao que eu respondo:
É fácil teres tempo para a tua vida.
Basta não perderes tempo com a vida dos outros."


(Desconhecido)


sexta-feira, maio 02, 2014

LOMBO DE PORCO RECHEADO [MAIS UM]






Podia colocar um nome todo "pomposo" ao meu lombo :) mas é só mais um lombo recheado com a minha inspiração da altura... Então vamos tratar de chamar os bois pelos nomes como a minha avó dizia. Lombo de porco recheado, vamos ver como fiz:

Comprei um lombo de porco que pedi ao talhante para fazer o favor de o abrir pois seria para rechear.

Na 1, 2, 3 piquei ameixas pretas sem caroço, 2 cenouras cruas e 1 mão cheia de amendoins sem sal. Deitei essa mistura numa tigela. Juntei 1alheira sem pele, temperei com um pouco de sal marinho e pimenta preta moída na altura. Envolvi muito bem a mistura (foi de mãos) mas se não gostam de sujar as ditas utilizem um garfo, colher de pau, o que gostarem mais, é preciso é que a mistura fique homogenia.

Coloquei o lombo aberto na banca da cozinha ao qual cobri todo com presunto. Coloquei o recheio (mistura que tinha feito) e enrolei o lombo como se fosse uma torta. Atei com cordel de cozinha, não fosse o recheio armar-se em chico esperto e fugir :). Coloquei o lombo num tabuleiro de barro com o fundo untado de azeite. Polvilhei com pimenta preta moída na altura e reguei com 1 c. de sopa de azeite. Levei ao forno pré-aquecido a 180ºC. Fui regando com o molho que se formava (a própria gordura da carne e a gordura da alheira) daí eu não utilizar mais gordura nem líquido nenhum. Quando a carne estava assada juntei castanhas congeladas que envolvi-as muito bem no molho da carne só depois coloquei o tabuleiro de novo no forno para assar as ditas. Servi com uma salada.

P.S. Peço imensa desculpas da qualidade das fotos, mas foi naqueles dias que não estava para ali virada, também tenho desses dias :)...

"O passado é história, o futuro um misterio e o presente uma dadiva."
(Provérbio Chinês)


segunda-feira, março 24, 2014

SOPA DE FEIJÃO MANTEIGA COM COUVE PORTUGUESA



Pois, sopa não falta nunca cá em casa. Numa pressa uma (sopa) com mais qualquer coisa faz-se uma refeição. Vamos à receita.

Ingredientes:

-1/5 kg de feijão manteiga demolhado e cozido
-abóbora
-cenouras
-1 cebola
-1 couve portuguesa
-1 chouriço de carne (bom)
-1 morcela (boa)
-sal marinho
-azeite

Numa panela coloquei o feijão (reservando um pouco para juntar no fim inteiro), a abóbora, cebola descascada e cortada em quartos, o chouriço e a morcela. Levei a cozer. Quando os enchidos estavam cozidos retirei os mesmos, e com a varinha passei a sopa. Temperei com sal e levei de novo a panela ao lume até começar a ferver, nessa altura juntei as cenouras cortadas aos quadradinhos a couve esfarripada e os enchidos cortados às rodelas. Quando a couve estava cozida, temperei com um fio de azeite, deixei só levantar fervura e apaguei o lume.

Notas: ter em atenção no sal, pois temos que ter em conta o sal dos enchidos ok?


"A felicidade é um estado de espírito.
Se a sua mente ainda estiver num estado
de confusão e agitação, os bens materiais
não vão lhe proporcionar felicidade.
Felicidade significa paz de espírito

(Dalai Lama)

segunda-feira, janeiro 20, 2014

ARROZ COM CHOURIÇO DE MOIRA E COUVE LOMBARDO



Costumo ir à Feira de Coina, para comprar presunto, enchidos, alheiras etc. Vou sempre ao mesmo sitio uma "senhora" barraca "Fumeiros de Castro Daire". Vou à feira só mesmo para comprar o que escrevi mais atrás, compramos a metade do preço das grandes superfícies mas a qualidade é superior, ok? Para mim esta empresa é de confiança, pois conheço os donos já há uns anitos. ha, e compro sempre as lindas das farturas, mas, lambuzo-me logo com uma alí (açúcar por todo o lado, mas que delícia. 😋Ah pois, feira sem fartura não é feira 😎. Trago sempre o chouriço de moira que assado, adoro. Desta vez resolvi fazer um arrozito todo catita 😎 que ficou uma delícia, só não ouvi a opinião do filho. Vamos ver como fiz.


Coloquei um chouriço de moira num tacho e cobri com água, levei ao lume a cozer. Ao fim de 5 a 8 minutos de ferver deitei a água que cozeu o chouriço fora. Voltei a colocar o chouriço com água ao lume, mas agora espetei-o com um garfo (ai, coitadito, mas era para ele largar os sucos :) ). Deixei ferver durante mais dez minutos. Retirei o chouriço e reservei a água da cozedura. No tacho coloquei uma cebola picada, um dente de alho picado, uma folha de louro e reguei com azeite, levei ao lume a refogar em lume brando, o tempo da cebola ficar translúcida. Nessa altura juntei a água reservada (de cozer o chouriço) e deixei levantar fervura, juntei couve lombarda cortada grosseiramente em juliana, temperei com sal marinho, e deixei de novo levantar fervura. Juntei o arroz e envolvi muito bem, deixei cozinhar. A meio da cozedura juntei o chouriço de moira cortado às rodelas e voltei a envolver, deixei cozinhar até o arroz estar al dente. Nessa altura apago o lume dou uma "envolvidela" e tapo o tacho, para o arroz acabar de cozer e apurar.´

Nota Apesar dos chouriços serem um "pecado" de bom, ao cozer na primeira água e ao deitar a água fora, é só porque não sei que tripas usam, se fossem caseiros, como já comi muito na minha vida, aí utilizo a 1º água ok? Se vocês são dessas pessoas previligidas (os) aproveitem a 1º água, e aí concerteza "quase" que não precissam usar sal. A água é sempre o dobro do arroz.

Mudem dos 18 para os 30, mudem dos 30 para os 50, mudem, porque desconfiado a gente tem que ficar de quem não muda jamais. São tantas as informações e vivências que absorvemos durante uma única vida que é impossível que elas não nos façam refletir e alterar nossa rota. Infeliz de quem passa a vida toda sendo fiel ao que os outros pensam a seu respeito.

(Martha Medeiros)

segunda-feira, novembro 11, 2013

FEIJOADA DE CABRITO COM COUVE PORTUGUESA



Quem me segue sabe que os meus filhos não gostam de borrego, cabrito nem cordeiro. Mas o Ano passado quando o filho esteve fora, a falar com ele no Skiper, sobre as comidas que ele comia, apercebi-me que comia muito borrego, cabrito e cordeiro ok, perguntei-lhe:-Então filho, já gostas dessas carnes? Ao qual ele respondeu que com os condimentos nem sabia às carnes atrás mencionadas. Quando o filho chegou na véspera de Natal, pensei fazer um cabrito especial para o dia de Natal, para tirar as teimas de ele dizer: não gosto!Também foi uma receita com muitas especiarias, até gostou, e eu toda contente que já gostava destas carnes. (Sorrisos) só que "foi Sol de pouca dura". Chegou a casa da Isabel um cabrito caseiro vindo de Resende, e a acompanhar umas couves Portuguesas que eram uma delícia, resolvi fazer uma feijoada, com a parte do cachaço e costelas, pois para mim essas partes são do melhor para fazer as feijoadas e caldeiradas. Só que está provado, o meu filho, não gosta mesmo destas carnes... Com muitas especiarias até comeu enquanto esteve fora e cá em casa no Natal e gostou. Mas, quando o sabor predominante é das carnes em questão ele não gosta mesmo. Respeito,e que eu faça, não come mais e a filha igualmente.... Vamos ver como fiz.

Coloquei uma cebola picada num tacho regado com azeite. Juntei umas rodelas de chouriço (vindo também de Resende, o que era excelente). Deixei cozinhar em lume brando até a cebola murchar. Nessa altura juntei o cabrito cortado aos bocados, e juntei 1 colher de sopa de massa de pimentão, salpiquei com um pouco de vinho branco e sempre em lume brando fui deixando cozinhar o cabrito. Fui juntando golinhos de água sempre que era necessário. Quando cozinhado juntei uma couve Portuguesa esfarripada e préviamente lavada, temperei com sal marinho e deixei cozinhar a couve, sempre em lume brando. Quando cozinhada, juntei o feijão encarnado, temperei com pimenta Cayenne e juntei um molho de hortelã, deixei sempre em lume brando harmonizar sabores...

Nota: só acrescentei o sal na altura da couve, pois utilizei massa de pimentão, e como sabem já tem sal, mas cada qual faz como melhor lhe agradar.

__________algumas pessoas preferem ser medíocres. Outras, quando resolvem não ser, correm o risco de perder amigos.__________

(Oscar Wilde)

sexta-feira, outubro 04, 2013

FEIJÃO PRETO COM PAIO


Este feijão serviu para acompanhar um entrecosto grelhado. Simples, e delicioso. Tenho uns paios congelados, que chegaram a minha casa, da zona de Cinfães. Resolvi descongelar um para fazer este acompanhamento. Vamos ver como fiz:

Coloquei um dente de alho (grande) picado num tacho juntei um fio de azeite e levei a lume (brando) o tempo de o alho largar o sabor. Juntei meio paio sem pele cortado em cubinhos e deixei cozinhar o mesmo sempre em lume brando. Quando o mesmo largou os seus próprios sucos, juntei uma lata de feijão preto grande com o liquído, e temperei com pimenta-preta moída na altura. Sempre em lume brando, deixei harmonizar sabores.

Notas: não, não esqueci o sal, mas o sal do paio, foi mais que suficiente para o meu gosto. Mas, cada um sabe do seu. Em vez de paio, podem usar chouriço. Mas nunca esqueçam, a boa qualidade dos enchidos que usarem, ok?

_____ Saímos pelo mundo em busca de sonhos e idéias. Muitas vezes, colocamos em lugares inacessíveis o que está ao alcance das mãos. Quando descobrimos o erro, sentimos que perdemos tempo buscando longe o que já tínhamos perto. Nos culpamos pelos passos errados, pela procura inútil, pelo desgosto que causamos. Não é bem assim: embora o tesouro esteja enterrado na sua casa, você só irá descobri-lo quando se afastar... “No final você só irá entender o valor quando perder e depois recuperar.________

(Paulo Coelho)

terça-feira, setembro 03, 2013

TROUXAS DE MASSA FILO COM RECHEIO DE FARINHEIRA E AMEIXAS PRETAS


Fiz estas trouxas para uma entrada.

Coloquei ameixas pretas sem caroço numa tigela a cobri com vinho do Porto, e deixei a hidratar. Tirei a pele às farinheiras, e esmaguei o conteúdo com um garfo. Entretanto numa frigideira anti aderente coloquei o miolo da farinheiras e fui mexendo sempre em lume brando, até largar a sua própria gordura e cozinhar a mesma. Juntei as ameixas escorridas e cortadas miudinho, envolvi muito bem na mistura das farinheiras, e deixei harmonizar sabores. Quando achei que estava no ponto retirei do lume e deixei arrefecer. Entretanto tinha a massa filo já untada com manteiga, coloquei uma colher de sobremesa da mistura da farinheira com as ameixas (escorrida da gordura que se formou), fiz as trouxas e voltei a pincelar com manteiga. Coloquei as mesmas num tabuleiro, e levei ao forno  pré-aquecido a 200ºC, até alourar. Server de seguida.

Nota: não coloquei quantidades, pois cada qual sabe as suas. Mas, posso dizer que coloquei: 4 ameixas por farinheira.

quinta-feira, maio 30, 2013

FEIJOADA




Feijoada é uma das comidas mais reconfortantes no Inverno. Resolvi fazer. Como o calendário diz, que estamos quase a entrar no Verão, mas as temperaturas dizem o contrário. Fiz a minha tradicional feijoada, pois não a tinha feito desde que o filho chegou.

No tacho coloquei uma cebola picada um chouriço de carne cortado às rodelas e reguei com azeite. Levei a lume brando, até a cebola "murchar" ficar translúcida. Nessa altura juntei 2 colheres de sopa de massa de pimentão e envolvi. Junto a carne de porco cortada em cubos e deixei refogar sempre em lume brando, ao qual fui juntando golinhos de água, conforme era preciso. Temperei com sal e deixei cozinhar a carne. Quando a carne estava cozinhada, juntei um pouco mais de água (pouca) e juntei uma couve lombarda, cortada às tiras e previamente lavada. Deixei cozinhar a couve. Quando cozinhada, juntei feijão encarnado de lata (escorrido) e envolvo muito bem. No fim juntei uma farinheira (que retiro a pele, coloco numa tigela e com um pouco de líquido que cozinhou a carne e couves, deito por cima e com um garfo desfaço, onde fica um polme), envolvo muito bem na feijoada e temperei com pimenta cayenna, deixei só o tempo para harmonizar sabores.

Notas: usei feijão de lata, porque o tempo era reduzido, e não tinha deixado feijão de molho. Mas usem o que mais lhes agradar.

____Liberdade é como saborear um passeio de bicicleta sem precisar apostar corrida com ninguém. Apenas pedalar. No nosso ritmo._______


Ana Jácomo

segunda-feira, março 18, 2013

SOPA DE GRÃO COM ESPINAFRES E COTOVELOS


Quando eu era criança, dizia que não gostava de sopa. Só comia com gosto, sopa de feijão verde, caldo verde, e adorava estar doente para a minha saudosa mãe fazer-me canja. Mas claro, que comia as sopas todas que a minha mãe fazia, só que ela tinha que ouvir sempre:- Não gosto desta sopa mãe, quando não era das minhas preferidas. O que me lembro, de uma frase, que a minha mãe dizia sempre quando eu lhe perguntava que sopa era? Ela como já sabia o que eu ia dizer: não gosto, respondia sempre: «sopa de rabo de boi com rabo de vaca à mistura», ui, como eu ficava aborrecida, mas assim ela também só ouvia um, "não gosto" quando estava sentada na mesa com o prato da sopa na frente. Ao lembrar-me desta frase da minha mãe recordei de duas frases, que dizia sempre a mim e aos meus irmãos, quando sabia que a comida não era assim muito dos nossos "dreams". Apesar que a minha saudosa mãe, nunca nos obrigou a comer nada que não gostássemos. Mas, como crianças havia sempre aquela comida que adorávamos, e aquelas que gostávamos menos. Então quando perguntávamos:-Mãe, o que é o almoço? Ela respondia:-«Bordas de pescoço». Quando perguntávamos:-Mãe, o que é o jantar? Respondia:-«Bordas de alguidar», ou então só dizia:«línguas de perguntador...». Ok, e assim só sabíamos o que era, quando nos sentávamos à mesa, e ela protegia-se de estarmos a chatear até há hora da refeição. Pois, sendo três filhos com diferenças de idade de ano e meio, uns dos outros não era pera doce. Escusado será dizer que eu ouvi sempre a minha mãe a dizer estas frases quando era muito pequena. Sei que estava sempre com a minha mãe na cozinha acompanhada do meu banquinho. Daí eu ser uma mulher que liga muito a ditados, frases, e citações, pois a minha mãe e avó paterna diziam muito, em cada três fases havia sempre uma que tinha algo.

Agora vamos à receita que mais uma vez retirei do meu livro da Pantagruel, que digo: ficou mesmo fantástica. Enquanto fiz esta sopa, as recordações estiveram em alta. Pois eu ao derreter o toucinho no azeite e no fim sair os torresmos que me deliciei a comer(sei, que faz mal), mas como a minha mãe dizia:(«perdoa o mal que faz, pelo bem que sabe..»)recordei-me do sabor de uns torresmos que a minha mãe fazia era eu pequena, onde fazia a banha, que guardava, os torresmos, eu e ela enquanto não víssemos o «fundo ao tacho, não descansávamos». Adorava esses torresmos e os que ela comprava numa charcutaria perto de nossa casa (Lusa), que com o andar da carruagem essa mesma charcutaria, virou pastelaria e mais tarde tinha serviço de comidas para fora, e restaurante. Aliás ainda existe, ao pé da estação de comboios e perto da antiga casa dos meus saudosos pais, na Elias Garcia na Amadora. Mas os torresmos eram dos bons, duros que o empregado tinha que cortar com uma faca e martelo. (Sorrisos) mas para mim esses é que eram os verdadeiros torresmos, uma coisa que adoro e compro por vezes, já não com a mesma frequência, pois desde que inventaram a ASAE, deixou de haver os mesmos sabores, hoje os torresmos existem, mas ao olhar para os mesmos tão bonitos, tão brilhantes e lindinhos para a foto, aliás, até cortam na máquina. Pois, só me resta ficar com os sabores que ficaram no "tempo"...

Ingredientes:
-1/2 l de grão
-1 molhinho de espinafres (meio molho)
-1 cebola picada
-1 alho picado
-1 folha de louro
-100 g de cotovelos
-80 g de toucinho
-1 colher de sopa de azeite
-água, sal e pimenta q.b.
Coze-se o grão, demolhado de véspera, em bastante água e sal. Derrete-se o toucinho com a ajuda do azeite, retiram-se os torresmos e, na gordura, cozem-se a cebola e o alho, (juntei um bocado de chouriço de carne cortado aos cubinhos). Guarda-se uma concha de grão cozido e passa-se o restante pelo passe-vite. Junta-se tudo na panela (o grão inteiro, o puré, o refogado e a água de cozer o grão), pimenta e louro. Deixa-se ferver o tempo necessário para cozer a cebola e juntam-se os cotovelos. Quando os cotovelos estão "quase" junta-se os espinafres. Mais uma fervura está pronta uma fantástica sopa.
Notas: podem retificar o sal ao vosso gosto. Eu não adicionei mais sal, pois o de cozer o grão, e do chouriço, para mim é mais que suficiente. Mas, cada qual sabe o seu palato.

P.S. Agora sei, o porquê de a minha saudosa mãe, quando a sopa era de feijão ou com grão ela não utilizava a varinha, era só o passe-vite, a textura da sopa é muito diferente e até o sabor. Ah, e o meu passe-vite é manual, não é daqueles elétricos, sou uma mulher, mesmo do antigamente...(sorrisos)

___Sentimos saudade de certos momentos da nossa vida e de certos momentos de pessoas que passaram por ela.______________

Carlos Drummond de Andrade

(Tenho saudades dos meus pais. Amanhã dia do pai, já não o tenho para lhe dizer: Feliz dia PAI! Depois de amanhã (20) era o aniversário da minha mãe: também já não posso dizer: Parabéns MÃE! Mas onde estão, sabem que estou sempre com vocês e até aquele dia! AMO-VOS meus PAIS)

sexta-feira, fevereiro 01, 2013

SOPA DE PEDRA



 
O meu filho, gosta de sopas, e quando falávamos no Skiper, ele dizia-me que tinha saudades da sopa de pedra. Mais uma para a lista a fazer quando ele chegasse. Assim foi! Todos os Países tem a sua beleza, e a sua Gastronomia. Mas Portugal sendo um País tão pequeno em tamanho, é tão grandioso em beleza e Gastronomia. Daí o pessoal que conhece o nosso País ficar apaixonado.

Ingredientes:
-500 g de feijão encarnado
-2 boas tiras de entremeada
-1 chouriço
-1 morcela
-1 farinheira
-1 couve lombarda pequena
-3 batatas
-3 cenouras pequenas
-1 mão-cheia de massa de cotovelinhos
-1 cebola
-3 dentes de alho
-1 folha de louro
-sal marinho
-azeite

Deixei o feijão de molho de véspera. A entremeada também a salguei de véspera. No dia seguinte numa panela coloquei a entremeada sacudida do excesso sal e os enchidos e cobri com água. Foi ao lume a cozer. Separadamente também coloca o feijão a cozer em água e sal. À medida que forem cozendo, vai-se retirando as carnes sucessivamente. Logo que se retiram todas as carnes, juntam-se, cortadas em pedaços, a couve, as cenouras, a cebola, os alhos picados, o louro e, algum tempo depois, as batatas também em pedaços e os cotovelinhos. Entretanto, já tinha escorrido o feijão do qual tinha esmagado com o garfo 2 conchas. Quando os legumes e a massa está cozido, juntei os feijões inteiros e os esmagados. Temperei com azeite e rectifiquei o sal. Juntei a entremeada cortada e, logo que levantar fervura juntei os enchidos. Deixar apurar o que é "vapt-vupt". Servir de seguida. Já sabe que pode juntar coentros ou hortelã.

Notas: ter em atenção, quando rectifica o sal. Não esquecer o sal da entremeada e dos enchidos, ok?

____________O tempo não pára! Só a saudade é que faz as coisas pararem no tempo...___________

Mario Quintana

quarta-feira, janeiro 02, 2013

ROUPA VELHA/TRAPOS VELHOS [COZIDO À PORTUGUESA]



Quem me segue sabe que o filho, foi para fora do País. Mas, quando falávamos no Skipe, o filho falava sempre das saudades, da minha comida, entretanto foi fazendo uma lista das iguarias que queria que eu fizesse quando ele chegasse no dia 24 de Dezembro. Uma delas foi o Cozido à Portuguesa, o seu prato preferido. Na noite de 23 para 24, escusado será dizer que não dormi, tinha o estômago cheiinho de borboletas, a ânsia de abraçar, cheirar e beijar o filho, estava a mil. Então durante a noite fui cozendo as carnes, arranjando as couves, descascando as batatas, cenouras, nabo, e arranjando os enchidos.  deixei tudo preparado para o almoço. O avião chegava às 8 horas, mas eu quis sair de casa às 6,30 horas, todo o pessoal sabe e eu incluída que desde que não haja transito ou acidentes 15/20 minutos é mais que suficiente para chegar ao aeroporto de minha casa, mas também se sabe a incógnita que é a 2º Circular. Eu preferia esperar (como foi o caso) do que fazer o meu filho esperar. Além, que hoje já posso dizer aqui, pois o filho já sabe, não contei antes para não; preocupar, pois ele ao vir ao blog ficaria logo a saber. E...se há coisa que não gosto, é preocupar desnecessariamente os que amo. Mas, no dia 17 de Julho quando fui levar o filho, ao aeroporto, o transito estava caótico, acidentes foi mais que muitos, nem sei se era do calor ou não. Quando vinha para casa, o transito estava parado, paradito em Sete-Rios, pensei sair em Benfica e ir por caminhos conhecidos, para fugir à fila. Ok, mais valia estar quietita :). Despachar-me é verdade, passado uns 20 minutos estava já  numa fila reduzida para entrar para a Ponte sobre o Tejo. Estava parada e com o pensamento longe, quando catrapúm, só senti uma forte pancada, e eu ser projetada, para a frente, os óculos de sol que vinham a servir de bandolete, desapareceram da cabeça. Não sei, como o meu carro não bateu no da frente. Sai do carro, e pensei!" Deus é grande", ainda bem que aconteceu na vinda. O carro que bateu saiu uma jovem lá de dentro com a idade da minha filha (33 anos) vestida ainda com a farda de trabalho (IMEL). Bem, olhei para a traseira do meu carro, bolas, bolinhas, tinha a bagageira bem danificada, sendo o meu carro até um pouco grande [Renault Mégane break 1.5 dci], pois o estrondo, e a força da pancada até tive sorte. O problema era o carro nessa noite não poder ficar na rua, na minha garagem tinha, o carro do filho, mota, não tinha lugar para o meu. Mas, lá consegui um lugar até os peritos darem a autorização de deixar o carro na Renault, pois estes carros agora que falam, apitam, e sei lá mais o quê, são excelentes, é verdade, mas nestas situações são uma verdadeira tanga. Pois sendo a bagageira a danificada, o cartão do carro não deixava fechar o carro, está tudo ligado. Mas a jovem que bateu no meu carro, foi impecável, passado menos de 24 horas, já deixei o carro na Renault, e trouxe um carro de substituição. Esta história toda porquê? Pois, eu sei que sou uma grande "surtada" mas também não abuso. Fui cedo para o aeroporto, para precaver todas as situações, para mais véspera de Natal, anda tudo «doido». Como a minha avó dizia: "o seguro morreu de velho". Bem, mas resumido e concluindo, fiz o Cozido à Portuguesa para o almoço, mas como sabem, sobra sempre, como foi o caso. Resolvi separar as carnes coloquei num tupperwre, os legumes noutro e reservei no frigorífico, para fazer esta roupa-velha, pois nas pesquisas da minha Bíblia 👉"O Livro de Pantagruel" tinha lá visto esta receita, e como nunca tinha experimentado, pois roupa-velha na gastronomia, só tinha provado mesmo os restos de bacalhau com as couves do Natal. No jantar de 24 o filho elegeu o Polvo à Lagareiro, por isso só fiz mesmo passado uns dias.



Num tacho piquei duas cebolas médias 4 dentes de alho picados, e reguei com azeite. Levei a lume brando até, a cebola ficar translúcida. Juntei depois carne desfiada, chouriço de carne cortado às rodelas, as salsichas cortadas, e deixei harmonizar sabores, depois juntei as couves e legumes, cortados, envolvi e juntei o resto da farinheira cortada às rodelas, envolvi bem. Juntei 4 ovos batidos e envolvi, tudo, temperei com pimenta-preta moída na hora ao gosto. Foi só deixar o tempo de cozinhar os ovos. Servi de seguida. Não retifiquei o sal, pois para mim, estava excelente, mas se quiserem retificar estão à vontade. Ainda sobrou carne para fazer um empadão ou rancho ou pasteis de massa tenra. E cá em casa vai começar-se a usar roupa-velha dos restos de cozido, pois ficou excelente.
Nota: não utilizei o resto de chouriço de sangue.



 
Estas fotas, é de uma verdadeira Bíblia, a 1º Edição "O Livro de Pantagruel" ano de 1946 assinado pela autora Maria Manuela Limpo Caetano, cheirei, cusquei, agora vou tentar que a dona me venda. Pode ser que tenha sorte...(sorrisos)

__________Jamais haverá ano novo, se continuar a copiar os erros dos anos velhos.__________

Luís de Camões

P.S. Espero que em 2013 realizem os vossos sonhos, continuem a sonhar, pois como a minha avó dizia e António Geão :"o sonho comanda a vida". Vamos ser positivos, e pensar "que tristezas não pagam divídas", como sempre ouvi dizer a minha avó e mãe. Não deixem a situação do País deitar-vos abaixo ok?

Pedra Filosofal


Eles não sabem que o sonho
é uma constante da vida
tão concreta e definida
como outra coisa qualquer,
como esta pedra cinzenta
em que me sento e descanso,
como este ribeiro manso
em serenos sobressaltos,
como estes pinheiros altos
que em verde e oiro se agitam,
como estas aves que gritam
em bebedeiras de azul.

eles não sabem que o sonho
é vinho, é espuma, é fermento,
bichinho álacre e sedento,
de focinho pontiagudo,
que fossa através de tudo
num perpétuo movimento.

Eles não sabem que o sonho
é tela, é cor, é pincel,
base, fuste, capitel,
arco em ogiva, vitral,
pináculo de catedral,
contraponto, sinfonia,
máscara grega, magia,
que é retorta de alquimista,
mapa do mundo distante,
rosa-dos-ventos, Infante,
caravela quinhentista,
que é cabo da Boa Esperança,
ouro, canela, marfim,
florete de espadachim,
bastidor, passo de dança,
Colombina e Arlequim,
passarola voadora,
pára-raios, locomotiva,
barco de proa festiva,
alto-forno, geradora,
cisão do átomo, radar,
ultra-som, televisão,
desembarque em foguetão
na superfície lunar.

Eles não sabem, nem sonham,
que o sonho comanda a vida,
que sempre que um homem sonha
o mundo pula e avança
como bola colorida
entre as mãos de uma criança.


[In Movimento Perpétuo, 1956]