Quando chegou o borrego que o A. trouxe vinha a acompanhar a fressura do bichinho. Pois o A, não gosta. Ui, nem sabe o que perde. Eu e o meu pai gostávamos muito e a minha mãe fazia. Claro, que eu nunca fiz. Pois, o marido nem ver, quanto mais comer. Os filhos fazem-lhe companhia, claro, sobro eu! Como é só para mim nunca faço. Mas como esta me caiu de para-quedas, nunca ia deixar de fazer um arroz que para mim é um "manjar dos deuses"...Foi só fazer igual à minha mãe. Vamos mas é à receita.
Ingredientes:
-1 fressura
-alhos sem pele e picados
-louro
-sal marinho
-vinho tinto
-1 cebola
-azeite
-arroz (usei Basmatti)
Começa-se por lavar e arranjar a fressura. Esfrego muito bem os bofes com sal em várias águas até deixar de sair sangue. Espremo e corto em bocadinhos pequenos, o mesmo faço ao fígado e rins depois, de ter aberto ao meio os ditos, e retirado as películas exteriores e todas as nervuras interiores. Faço uma vinha-de-alhos com sal, alhos, louro e o vinho tinto. Deixo nesta marinada durante 24 horas. Num tacho pico uma cebola e junto azeite, quando a dita está translúcida junto a fressura com a vinha-de-alhos e deixo cozinhar sempre em lume brando. Vou juntando água aos poucos até estar tenro, o que foi rápido, pois este borrego como sabem era caseiro. Depois é juntar o arroz e mexer, rectificar o sal (não esquecer o sal da vinha-de-alhos), até estar "al dente" apagar o lume e tapar o tacho.
Notas: a água foi 2 1/2 a medida do arroz. Fantástico...Obrigada "MÃE" por me proporcionares estes sabores que tenho na memória.
P.S. Quando eu digo !"Os meus gostos são simples, gosto do melhor" (Oscar Wilde). O melhor para mim: é mesmo estes sabores que tenho na minha memória...
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